A temporada de vestibulares das universidades paulistas públicas terá início no próximo domingo, dia 18,
com a primeira fase da Unicamp.
Os 49.461 candidatos inscritos deverão enfrentar um processo seletivo mais concorrido por causa do formato
mais enxuto adotado pela instituição.
A prova continua com 12 perguntas dissertativas, mas o número de itens por questão, que antes variava,
será fixo – dois. O prazo para a resolução permanecerá o mesmo: quatro horas. Dessa maneira, o candidato
terá mais tempo para desenvolver as respostas.
Houve mudanças também na pontuação. A redação valerá 48 pontos, metade da nota total, em vez dos antigos
60.
A parte das 12 questões totalizará os outros 48 pontos, sendo que cada pergunta valerá quatro pontos – dois
pontos para cada item.
O objetivo não é tornar a prova mais fácil, mas possibilitar que mais candidatos atinjam a nota de corte e,
assim, selecionar melhor na segunda fase, segundo a Comvest (comissão que organiza o vestibular).
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) continuará valendo até 20% da nota da primeira fase, mas, a partir
deste ano, somente será considerada a pontuação dos estudantes que não zeraram na redação do exame. Será
utilizada apenas a nota da parte das questões de conhecimentos gerais. O Enem do ano passado poderá ser
usado, mesmo se a pessoa tiver zerado na redação.
De acordo com Leandro Tessler, coordenador-executivo da Comvest, a intenção é estimular os estudantes a
participarem efetivamente do Enem.
Neste vestibular, estão em disputa 2.954 vagas distribuídas em 58 cursos da Unicamp e dois da Famerp
(Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto). A prova será aplicada em 25 cidades brasileiras.
Concorrência
A carreira mais concorrida é medicina, com 79,5 candidatos por vaga na Unicamp, seguido da Famerp
(47,2 c/v).
Em seguida, estão os cursos de arquitetura e urbanismo (45,5 c/v) e ciências biológicas (42 c/v). A tabela
completa com a relação candidato/vaga pode ser consultada no site www.comvest.unicamp.br.
Annie Poroca Herweg, 23, engrossa a lista dos concorrentes a uma vaga em medicina. Formada em fisioterapia,
ela decidiu mudar de carreira após fazer uma especialização no ano passado. “Estou um pouco apreensiva
para fazer a prova da Unicamp por ser dissertativa, mas, ao mesmo tempo, temos mais chance de mostrar o
que sabemos”, afirma.