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Instituição adota cotas para estudantes de escolas públicas

by Lucas Gomes

A Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou a adoção
do sistema de cotas para alunos oriundos de escolas públicas e para negros
que também sejam estudantes da rede pública de ensino. O sistema
já vale para o próximo vestibular, cujas inscrições
começam em setembro. Das quase 4,5 mil vagas oferecidas já no
próximo processo seletivo, 10% serão destinadas à cota
racial e outros 10% à cota social. Cada curso também disponibilizará
uma vaga a mais para quilombolas (descendentes de escravos que fugiram no século
19 para quilombos) ou índios, caso haja demanda.

A aprovação do sistema de cotas foi na sexta-feira, após
intensos debates, e ainda hoje repercute nos corredores da instituição.
Foram 33 votos favoráveis, três contras e três abstenções.
O projeto faz parte do Programa UFG Inclui, que prevê outras novidades,
como a criação de 1,1 mil vagas e 19 cursos. No próximo
vestibular, não serão mais 3.370 vagas oferecidas e sim 4,5 mil.
A relação dos novos cursos será divulgada com a publicação
do edital do processo seletivo, prevista para 20 de agosto.

O vestibular da UFG é dividido em duas fases. Na primeira, o percentual
de aprovados pelas cotas será de 20%, para que haja mais concorrentes
negros ou oriundos de escolas públicas na segunda fase. É uma
garantia também de que as vagas das cotas sejam preenchidas. Inicialmente,
o sistema de cotas terá validade de 10 anos, sendo avaliado a cada 12
meses para possíveis ajustes.

O critério para o caso de candidatos negros é o da autodeclaração.
A UFG informa que vai utilizar do mesmo critério do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), que considera negro todos os pretos
e pardos. No ato da inscrição para o vestibular, o candidato deve
fazer a opção pelo sistema universal ou pelo Programa UFG Inclui.

As provas do vestibular também passarão por mudanças.
Agora 20% das questões serão interdisciplinares. O objetivo, segundo
a UFG, é integrar as várias áreas do conhecimento.

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