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MEC corta 570 vagas em nove cursos de medicina

by Lucas Gomes

O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (7)
que cortou 570 vagas de medicina em nove cursos de SP, RJ, DF e RO. A medida
foi publicada no Diário Oficial da União.

Em sete deles, cujo processo administrativo foi instaurado hoje pelo ministério,
as instituições terão 15 dias para apresentar defesa. Em
estágio distinto desse tipo de processo, a Faculdade São Lucas,
em Rondônia, terá 30 dias para recorrer após a decisão
por medida cautelar. No caso das Faculdades Integradas Aparício Carvalho,
tratou-se de decisão final. Mesmo assim, a instituição
poderá recorrer à Justiça, informa o ministério.

A Universidade Iguaçu (RJ) foi proibida de abrir novos processos seletivos
para o curso no campus Nova Iguaçu e, com isso, perdeu 200 vagas. Há
também cursos que não podiam receber estudantes, mas melhoraram
e foram novamente autorizados a fazer processos seletivos com vagas reduzidas.
Entre elas, a Universidade de Marília (SP) (corte de 50) e a Universidade
Severino Sombra (RJ) (80), que tiveram corte de 50%. O campus de Itaperuna da
Universidade Iguaçu ficou sem 140 das 200 vagas.

Outras três instituições – o Centro Universitário
de Volta Redonda (RJ), a Faculdade de Medicina do Planalto Central (DF) e a
Universidade de Ribeirão Preto (SP) – também deverão
reduzir vagas, mas o MEC não divulgou quantas.

Enade

Essas medidas são resultado do processo de avaliação iniciado
com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2007. As instituições
que estão sofrendo as sanções tiveram baixo conceito na
avaliação.

Em Rondônia, sofreram redução as Faculdades Integradas
Aparício Carvalho, em 50% (de 80 para 40), e a Faculdade São Lucas,
que perdeu 60 das 100 vagas até que o processo de reconhecimento da instituição
esteja concluído. Neste último caso, a redução aconteceu
por não haver estágios práticos em quantidade suficiente
na região.

Segundo o ministro Fernando Haddad, cerca 90% dos alunos que entram em medicina
concluem o curso e, aproximadamente 80% exercem a profissão. “Às
vezes, a economia de uma cidade gira em torno de um curso de medicina”,
disse.

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