Dois meses após ter provas vazadas, marcada inicialmente para outubro,
o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado neste
fim-de-semana.
Neste sábado, das 13h00 às 17h30, serão aplicadas provas
de Ciências da Natureza e Ciências Humanas. No domingo, com início
às 13h00 e o término às 18h30, é a vez de Linguagens,
Códigos, Matemática e Redação. No total, serão
180 questões objetivas.
Nos dois dias, os portões abrem ao meio-dia, horário em que os
inscritos são recomendados a chegar. Não será permitida
entrada depois das 13h.
Após o adiamento em outubro, o Ministério da Educação
ainda não confirmou data para a divulgação do resultado
do Enem. A liberação dos resultados deve ocorrer gradualmente,
até o dia 5 de fevereiro de 2010, de acordo a necessidades
das universidades que decidiram manter o seu uso. A Unifesp, por exemplo, fechou
acordo para obter os resultados até 20 de janeiro.
Os custos envolvidos com desenvolvimento, distribuição e segurança,
além dos extras provocados pelo extravio da prova e de sua consequente
reformulação, batem na casa dos R$ 130 milhões.
Histórico
O Enem foi criado em 1998, durante a gestão do ministro da Educação
Paulo Renato Souza. Desde então, até o ano passado, era composto
por 63 questões objetivas, aplicadas num dia, com o objetivo principal
de avaliar a qualidade do ensino médio das escolas brasileiras. Na sua
primeira edição, o Enem foi realizado por 157.221 alunos.
Neste ano, no penúltimo ano da gestão do ministro Fernando Haddad,
o Enem entra em nova fase. Ele segue como instrumento de aferição
da qualidade do ensino, mas também servirá como meio de unificação
na entrada para o ensino superior.
Em 2009, segundo dados do Ministério da Educação, 541
das 2252 Instituições de Educação Superior (IES)
utilizarão a prova, seja como nota total ou parcial. No total, são
4.147.527 inscritos que realizarão a prova em 1.829 municípios
brasileiros.
Segundo o MEC, a reformulação do Enem representa uma medida que
democratiza o acesso às universidades, faculdades e institutos superior
e incentiva a mobilidade acadêmica. Já alguns, como o ex-ministro
Paulo Renato de Souza, apontam que a nova estruturação didática
do exame não prioriza o raciocínio por parte do aluno.
Para 2010, estão previstas novas alterações, como por
exemplo a aplicação de testes de língua estrangeira.