Nelson Rolihlahla Mandela foi um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema do Apartheid no país.
Nasceu em 18 de Julho de 1918 , Mvzo, Cabo Oriental , União Sul-Africana e morreu em 05 de dezembro de 2013, Joanesburgo, Gauteng, África do Sul. Formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999.
O termo Apartheid significa “vida separada”, era o regime de segregação racial existente, na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder enquanto os negros eram privados de vários direitos políticos econômicos e sociais.
Ainda Estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do Apartheid no ano de 1942, quando entrou efetivamente para oposição ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o Apartheid).
Em 1944, participou da Fundação junto, com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.
Mandela defendia a luta pacífica contra o Apartheid.
Em 21 de Março de 1960, um dia conhecido como “O Massacre de Scharpeville”, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas, o que fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como “Lança da Nação”. Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta.
Em 1962, porém, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a revés e viagem no exterior sem autorização.
Em 1964 foi julgado e novamente condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas. Permaneceu preso de 1964 a 1990, período em que tornou-se o símbolo da luta anti-Apartheid na África do Sul.
Dentro da prisão, enviava cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Recebeu o apoio do governo e de vários segmentos sociais do mundo todo.
Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano).
Em 1993, Nelson Mandela e o Presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo Noruega; pelos esforços em acabar com a segregação racial na áfrica do Sul.
Triunfalmente eleito na primeira eleição democrática do dia 27 de abril de 1994, Nelson Mandela, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, ocasião em que deixa um de seus exemplos marcantes em seu discurso de posse a missão que guiaria a sua presidência.
“Nós construiremos uma aliança comprometida com a construção de uma sociedade em que todos os sul-africanos, negros e brancos, poderão andar de cabeça erguida, sem medo, tendo garantido o seu direito inalienável à dignidade humana: uma nação arco-íris céu em paz com si mesmo e o mundo …
… Que cada um de nós saiba que o seu corpo, a sua mente e a sua alma foram libertados para realizarem, nunca, nunca, nunca mais voltará esta maravilhosa terra a experimentar a opressão de uns sobre os outros e nem sofrer a indignidade de ser a escória do mundo.
O sol nunca se porá sobre um tão glorioso feito humano.
Que reine a liberdade.
Que Deus abençoe África!
Obrigado.”
Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se as causas de várias organizações sociais em prol dos direitos humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.
Desde 2010, no dia 18 de julho de cada ano, se comemora o Dia Internacional de Nelson Mandela.