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A Comédia dos Erros, de William Shakespeare

by Lucas Gomes

A Comédia dos Erros

, a mais curta das peças de William
Shakespeare, é inspirada no comediógrafo romano Plauto e gira em torno das confusões
causadas por dois pares de gêmeos. É considerada pelos pesquisadores
como a primeira peça de Shakespeare, com sua estréia nos palcos tendo ocorrido
provavelmente em 1594.

Os erros a que se
refere o título são enganos provocados pelas pessoas que conversam
alternadamente com um gêmeo e o outro, sendo um residente de Éfeso, onde se
passa a ação, e o outro, estrangeiro. Os gêmeos são idênticos e têm ambos o
mesmo nome: Antífolo. As confusões multiplicam-se, assim como a comicidade da
trama, porque há mais um par de gêmeos idênticos em cena, os irmãos que atende
pelo nome de Drômio.

Entretanto, A
Comédia dos Erros
não deve ser confundida com uma comédia leve. Muito ao
gosto de Shakespeare, ainda que em sua estréia como dramaturgo, os diálogos
introduzem considerações sobre a condição feminina e sobre a condição servil; há
credores e devedores e a honra de cada um; discute-se o lugar do ciúme no
casamento; existe uma autoridade política que procura administrar justiça com
compaixão; mais importante ainda, há a moderna busca pela identidade própria.

Tudo acontece quando dois irmãos gêmeos são seprados na infância e por ironia
passam a ter o mesmo nome: Menecmo.

A ação se passa anos mais tarde, em Epidamno, cidade da Ilíria (hoje Albânia),
aonde chega um dos Menecmos à procura de seu irmão, o outro Menecmo, que mora na
cidade. Enquanto um, que acaba de chegar, é sucessivamente confundido pela
amante do outro (que o explora), por Vassourinha, um vagabundo, que o delata a
esposa do outro e ao sogro. Mas quem sucessivamente sofre punições pelo o que
não fez é o outro Menecmo.

E assim, de engano em engano, a peça caminha para o seu final feliz, quando os
irmãos se encontram e se reconhecem.

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