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Argentina: 03. Economia

by Lucas Gomes

Moeda
e Câmbio

– A moeda argentina é o peso ($), dividido em
100 centavos. As cédulas em circulação são de 2,
5, 10, 20, 50 e 100 pesos e as moedas são de 1 peso, 1, 5, 10, 25 e 50
centavos. Desde a desvalorização produzida em janeiro de 2002,
o tipo de câmbio adotado é o de flutuação suja. Depois
de uma forte subida da divisa nos primeiros meses, a taxa permanece mais ou
menos estável ao redor de $ 3 por dólar.

Mercado de Trabalho – A Argentina sempre foi um país
caracterizado pelo baixo nível de desemprego, daí sua condição
de receptor de imigração. No entanto, a partir de meados da década
de 80 a falta de trabalho começa a ser um fator crescente de preocupação,
como conseqüência das sucessivas crises econômicas. O pico
de desemprego foi em 2002, quando chegou a medir 20,8 %. Recentemente a exclusão
no mercado de trabalho conseguiu perfurar o piso de dois dígitos, com
uma taxa oficial de desemprego de 9,8% e uma subocupação de 9,3%
(maio 2007). Entre os que trabalham, a remuneração média
do primeiro semestre de 2005 foi de aproximadamente 740 pesos ou o equivalente
a 250 dólares.

Inflação – Nos anos 90, o Plano de Conversibilidade
pôs fim ao período hiperinflacionário e manteve os preços
controlados. No entanto, devido à desvalorização do peso
em janeiro de 2002, a inflação acumulada durante esse ano chegou
a 40% (é importante notar a grande sensibilidade que a economia argentina
apresenta frente a variações do tipo de câmbio devido, principalmente,
ao fato de ser um grande exportador de commodities alimentícias). A inflação
registrada em 2006 foi de 9,8%.

Setores econômicos

Agricultura – Com um dos solos mais férteis do mundo
(o Pampa), a agricultura argentina apresenta uma das mais altas produtividades
do mundo, com destaque para o trigo, seu principal produto. Outros bens relevantes
são: soja, milho, amendoim, erva-mate, aveia, cevada, sorgo, cana-de-açúcar,
girassol, algodão, batata e frutas. A Argentina sempre foi um grande
exportador de cereais. A produção anual de trigo é da ordem
de 15 milhões de toneladas, a de milho, 19 milhões de toneladas
e a de soja, 18 milhões de toneladas.

Pecuária
A
pecuária é muito importante para a economia argentina, sendo o
país grande produtor e exportador de produtos derivados desse setor.
A carne de vaca e a lã produzidas no país situam-se entre as melhores
do mundo, cabendo menção às técnicas de refrigeração
e processamento de carnes e seus subprodutos. A produção anual
de carne é de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas. O rebanho
argentino conta com cerca de 50,5 milhões de bovinos e 14 milhões
de ovinos. A produção anual de lã é estimada em
56 mil toneladas.

Pesca – A produção anual pesqueira argentina
é de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas, destacando-se a
pesca de merluzas e lulas.

Indústria – As principais indústrias são:
alimentícia, química e petroquímica, veículos motorizados,
bens de consumo duráveis, têxtil, metalúrgica e aço.
Nos anos 90, alguns segmentos industriais, a exemplo de automóveis, cimento,
agroquímicos, siderúrgicos, pneus e têxteis, mostraram expansão,
em parte como consequência do fortalecimento do comércio com o
Mercosul. A tendência predominante no final dos anos 90 foi de queda na
produção industrial, mas a partir de 2002 a indústria vem
crescendo em forma ininterrupta, com uma média trimestral de 8%.

Energia – A produção anual de energia é
estimada em 92.000 GWh (2004). Os recursos energéticos encontram-se afastados
dos centros industriais (jazidas de gás em Salta e Neuquén; hidrelétricas
em Neuquén e Corrientes); no entanto, isto não representa uma
limitação. O Sistema Interconectado Nacional (SIN) é constituído
por 58 centrais geradoras, sendo 62 de origem termo-elétricas (gás
ou combustível) com uma capacidade instalada de 7.132 MW (46% do total);
30 centrais hidrelétricas com 7.309 MW (47% do total) e 2 centrais nucleares,
com 1.005 MW (7% do total). A transmissão é feita por linhas aéreas
de 500, 230 e 132 KV. A partir das privatizações dos serviços,
a nova estrutura dividiu o setor conforme as funções de geração,
transporte, distribuição, grandes usuários e consumidores.

Fontes: OMC, INDEC, Clarín, Embaixada do Brasil em Buenos Aires, ClubMacro

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