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Átila

by Lucas Gomes

Átila
era filho de Mundzuc, um dos líderes dos Hunos, povo do leste europeu,
após a morte de seu pai, foi criado com o seu irmão Bleda, por
seu tio Roas. Passou para a História como o Flagelo de Deus.

Com a morte do tio em 433, Bleda, como primogênito, seria o herdeiro
do trono, mas Átila, alegando que o irmão teria envenenado seu
tio, se tornou rei após matar o irmão em um duelo, no ano de 445.
Átila tornou-se assim comandante único do exército mais
temível da época.

Após assassinar seu irmão tornou-se o único rei dos hunos
e iniciou uma nova campanha contra o império romano (447-449), devastando
grande parte da região balcânica e recebendo um novo tributo pago
por Constantinopla. Reivindicou a mão da irmã do imperador Valentiano
III, Honória, como sua esposa (450) e exigiu como dote a metade da região
ocidental. Para acelerar a decisão invadiu a Gália (451), porém
essa decisão intempestiva principiou sua primeira derrota militar. As
forças imperiais comandadas por Flávio Aécio, com o auxílio
dos visigodos, alanos e de outros povos, detiveram os hunos em Orleans, forçando-o
a se retirar após a derrota decisiva na Batalha de Châlonssu-Marme
nos Campos Catalúnicos (451).

Desejoso de vingar a derrota, a primeira e única de sua vida, Átila
invadiu a península itálica um ano mais tarde e saqueou Pádua,
Verona e outras cidades; mas, antes de chegar a Roma, retrocedeu, por causa
da epidemia de peste que se abatia sobre a Itália. Segundo a lenda, foram
o papa Leão I e os emissários imperiais que o convenceram a desistir
do ataque à capital do império do Ocidente.

Depois de voltar para seu acampamento da Panônia, em 453, Átila
casou-se com Idílico (provavelmente de origem visigoda) e morreu na noite
da boda, com uma hemorragia estomacal, o que fez com que também fosse
levantada a hipótese de que teria sido envenenado. Seus coveiros foram
assassinados, para que nunca revelassem onde tinham sido sepultados seu corpo
e seus tesouros.

Após a sua morte, o seu reino foi dividido entre os filhos, que foram
incapazes de manter a sua enorme expansão territorial. Depois de os Hunos
recuarem até ao mar de Azov, foram derrotados pelos Ávaros em
561.

O nome do cavalo era Othar e dele Átila dizia “A erva não
volta a crescer onde pisa meu cavalo.” Na realidade este cavalo simboliza
duas características. Por um lado, reflete o ardor guerreiro, a suposta
crueldade e a imbatibilidade do seu amo, o rei dos Hunos. Por outro lado, o
cavalo simboliza a importância bélica e o poderio da raça
equina asiática, da qual todos os povos bárbaros nômades
se serviam.

Créditos parciais: Carlos Fernandes, professor da Universidade
Federal de Campina Grande

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