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Bento Teixeira

by Lucas Gomes

Bento Teixeira nasceu entre 1561, no Porto, Portugal. A data de sua morte é incerta.
Veio para o Brasil, com sua família, em 1567. Fez seus primeiros estudos no colégio
dos jesuítas, no Espírito Santo; em 1576 mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, onde
estudou com os padres da Companhia de Jesus. Terminou seus estudos com os jesuítas
em 1579, em Salvador BA.

Entre 1584 e 1588 manteve uma escola em Olinda PE, subsidiada pela Câmara Municipal,
na qual lecionava juntamente com sua esposa. Foi acusado, no período de 1588
a 1599, de prática religiosa judaica, na época proibida pelo Tribunal da Santa
Inquisição. Foi absolvido do auto-de-fé em 1785, sob acusação de blasfêmia,
pelo Ouvidor da Vara Eclesiástica Diogo do Couto. Após tentativa de fuga, em
1785, foi mandado para Portugal e preso em Estaus. Lá negou a crença e a prática
judaica, vindo a confessá-las depois. Abjurou do judaísmo e recebeu a doutrinação
católica em um auto-de-fé, obtendo então liberdade condicional.

Bento Teixeira fez
uma acidentada viagem por mar, a bordo da nau “Santo Antônio”, em companhia do
mesmo Jorge de Albuquerque. A seqüência de alguns dos episódios dessa viagem vem
narrada na História Trágico-Marítima do escritor português Bernardo Gomes de
Brito.

Prosopopéia,
poemeto encomiástico a Jorge de Albuquerque Coelho, 3º donatário da capitania
de Pernambuco, marca o início do movimento Barroco no Brasil e pode ser considerado
um primeiro exemplo de estilo rebuscado no Brasil-Colônia. Escrito em oitavas
heróicas, reflete forte influência dos Lusíadas pela sintaxe, máximas camonianas
e lugares-comuns mitológicos. Revela, também, atitude nativista luso-brasileira,
ao louvar a terra, enquanto Colônia e os feitos do herói. Foi publicado em Lisboa
em 1601.

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