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Canção do Exílio, de Gonçalves Dias

by Lucas Gomes

1. (PUC-RS)

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que eu desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’in da aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.

I. Através do texto, o poeta realiza uma viagem introspectiva a sua terra natal – idéia reforçada pelo emprego do verbo “cismar”.
II. A exaltação à pátria perdida se dá pela referência a elementos culturais.
III. “Cá” e “lá” expressam o local do exílio e o Brasil, respectivamente.
IV. O pessimismo do poeta, característica determinante do Romantismo, expressa-se pela saudade da sua terra.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas:

(A) a I e a II, apenas;
(B) a I e a III, apenas;
(C) a II e a IV, apenas;
(D) a III e a IV, apenas;
(E) a I, a II, a III e a IV.

2. (UNIFESP) Canção do Exílio

(…)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros Cantos)

A Canção do exílio é um dos textos mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. Os versos

Teus risonhos lindos campos têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.

que remetem, de modo flagrante, ao poema de Gonçalves Dias, ocorrem:

(A) na Nova canção do exílio, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em A rosa do povo.
(B) na letra de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque.
(C) no poema Canto de regresso à pátria, do modernista Oswald de Andrade.
(D) em Ainda irei a Portugal, de Cassiano Ricardo, um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
(E) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada em 1922.

3. (UNIFESP) Canção do Exílio

(…)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros Cantos)

Os versos da Canção do exílio são construídos nos moldes da redondilha maior, com predominância dos acentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabas métricas. Um verso que não segue esse padrão de tonicidade é:

(A) Minha terra tem palmeiras;
(B) As aves, que aqui gorjeiam,
(C) Nosso céu tem mais estrelas.
(D) Em cismar, sozinho, à noite.
(E) Onde canta o Sabiá.

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