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Os chineses: 2. O período Zhou

by Lucas Gomes

A época Zhou é conhecida por uma terminologia variada: ela já foi chamada de
Idade dos Principados, Época Feudal Chinesa e Primeiro Grande Império.

O termo “Idade dos Principados” remete-se à política da casa de Zhou de distribuição de terras e títulos
nobiliárquicos para os aliados e servidores fiéis. Desta forma, era possível dentro do “Império Zhou” a
existência de reinos quase autônomos, que guerreavam entre si sob o arbítrio da casa imperial. Esta
denominação parece ser adequada, portanto, ao contexto da época final dos Zhou, mas não sabemos se vale
para os períodos iniciais, onde não existiria uma fragmentação política tão grande.



Mapa na Dinastia Zhou


o termo “Feudalismo Chinês” é uma sobreposição do equivalente lingüístico ocidental
ao sistema político e econômico implementado pelos Zhou, que incluía relações
de vassalagem e uma hierarquia social baseada em títulos e funções sociais. No
entanto, este termo também é criticado pela sua especificidade, que não parece
ser plenamente aplicável ao caso chinês, tendo em vista as diferenças que caracterizam
as instituições constituintes do poder no modelo Zhou.

A idéia de Primeiro Grande Império é uma sobrevivência das interpretações clássicas confucionistas sobre a
História Antiga. Vemos que os chineses tinham a tendência de articular os períodos passados numa única
linha cronológica e espacial, sem observar suas variações étnicas e materiais. No entanto, a preocupação
dos mesmos era explicar os momentos contemporâneos de suas vidas, para os quais as alterações nas
estruturas históricas passadas nada significavam, portanto, se fossem desprovidas de um sentido simbólico.
Assim, o fato dos Zhou representarem uma casa monárquica que intermediava a ação política dentro da China
Antiga e que haviam inaugurado o Mandato do Céu como instituição, por si só bastava aos classicistas para
denominá-lo como Império.

A História dos Zhou, segundo uma tradição ainda aceita (de acordo como o Shu Jing e com o Shi Ji) começa
com a derrocada dos Shang em torno dos séculos XI-X a.C. Os grupos étnicos que comporiam os Zhou teriam uma
ascendência próxima dos Shang-Yin (manifesta pelos estilos artísticos e pela escrita), mas habitavam fora
do território “imperial”, e viviam em contato direto com os “bárbaros”. De tradição militarista (embora
seus costumes sociais e fúnebres fossem muito menos cruéis que os dos Shang), os Zhou promoveram uma
invasão do território conduzidos por um rei chamado Wen, que tinha por objetivo findar com a sucessão de
terríveis déspotas Yin que afligiam a sociedade. Após uma grande batalha, os Zhou derrubaram os antigos
soberanos e assumem o poder. Depois disso, o rei Wen é sucedido por Wu, cujas realizações consolidam a
posição da nova dinastia. No entanto, ainda ocorreriam rebeliões e conflitos que só seriam resolvidos, após
algum tempo, pelo Duque Zhou (Zhougong).

Os reis Wen e Wu, tanto quanto o Duque Zhou, eram considerados modelos de virtude e sabedoria dentro do
pensamento chinês. A eles foi atribuída, por Confúcio, a primeira redação do I Jing. Se a existência
verídica destes personagens procede, isso parece já não ser tão importante, tendo em vista o que foi
realizado em nome dos mesmos.

Partindo do século XI-X, o tempo dos Zhou é dividido em períodos distintos: o primeiro, que iria de
1027 – 700 a.C. seria os dos Zhou anteriores, também chamados de ocidentais ou primitivos. Esta divisão é
marcada pela transferência da capital para a cidade de Chengzhou e pela modificação de alguns parâmetros
culturais e artísticos. A data aproximada de 770 a.C. marcaria o auge desta dinastia, que depois iria
declinar em função da desestruturação interna e dos conflitos com os bárbaros.

O segundo período, dos Zhou posteriores, ou ainda orientais e recentes, é marcado pela decadência política,
mas se constitui numa época fértil para o pensamento e para ciência chinesa. Ele estaria datado de 771 a
221 a.C., quando da vitória dos Qin e a unificação chinesa. Está subdividido em duas partes: a primeira,
que vai de 771-481 a.C. é chamada, como já citado anteriormente, de Primaveras e Outonos (presentes nas
narrativas do Chun Qiu e do Zhuo Quan), quando se inicia o período dos Estados Combatentes (Zhang Guo), que
vai até 481-221 a.C. Os chineses opunham os dois períodos demonstrando claramente a perspectiva de conflito
e corrupção do poder e da sociedade que se estabeleceram a partir dos séculos VII-VI a.C. No VI-V a.C. é
interpolado o período denominado Época das Cem Escolas, que marca o alvorecer dos sistemas clássicos de
pensamento chinês (Chan, 1979).

Há uma linha ainda que prefere definir a cronologia Zhou pelos seus estilos artísticos, separando-a em
três: Zhou Inicial (1027-900), Zhou Médio (900-650) e Zhou Final (650-221). O primeiro período corresponde
ao de assimilação das antigas formas Shang; o segundo, de fusão artística entre os dois estilos e o
terceiro, de multiplicidade, ligado à separação dos reinos. É, no entanto, um modelo artificialmente
criado, e apenas metodologicamente funcional.

A análise histórica e arqueológica demonstra que houve uma expansão territorial e econômica das atividades
Zhou no primeiro período. É o período de construção de uma nova cultura, conjugando elementos próprios com
os dos antigos Shang – Yin. A organização política se desdobra, nalguns aspectos, em torno das antigas
relações arcaicas dos Shang: os soberanos são responsáveis não só pela administração pública quanto pelo
espiritual e militar na comunidade. Há uma inovação, porém, fundamental para a nova estrutura monárquica: a
divisão em reinos e feudos do território, ligados por relações de vassalagem à casa de Zhou. Decorrente
disso há também a formação de um corpo regular de assistentes burocráticos e funcionários no qual se
confundem cidadãos livres e escravos. No entanto, se a autoridade moral é a base do novo poder monárquico,
o que se veria seria uma degradação da capacidade de influência dos governantes em relação aos principados.
A situação foi estável até o recrudescimento das invasões bárbaras no norte (VII a.C.), que puseram em
dúvida, diante da sociedade, o mandato celeste em mãos dos Zhou.

As escolas e suas idéias

A percepção de um conflito eminente foi atentada pelo surgimento de inúmeras escolas filosóficas que
compõem o período das Cem Escolas. Surgidas basicamente no século VI a.C., o conteúdo destas escolas
baseava-se na proposta de uma série de pensadores sobre os meios de recuperação da antiga dignidade Zhou,
ou ainda, de reformulação social. A ordenação e a separação destes grupos de pensamento foi feita de forma
didática no período dos Han, mas é provável que nos séculos VI-IV elas ainda se vissem mais vinculadas aos
seus mestres do que propriamente a uma idéia de “escola”. A organização clássica dessas escolas é a
seguinte: Ru jia, ou escola dos letrados, mais especificamente os confucionistas, seguidores da linha de
Confúcio, Mêncio e Xunzi; moístas, de Mozi; taoístas, da linha de Laozi, Liezi e Zhuangzi, escolas dos
nomes, de Huizi; a escola das leis, de ShangYang, Han Fei e Lisi; e ainda, a escola dos políticos, dos
ecléticos, do Yin-Yang, dos Cinco elementos e da Agricultura. Estas teriam sido as mais importantes do
período, havendo outras de caráter secundário. Um ligeiro quadro fornece-nos idéias básicas sobre as
propostas morais destas escolas:

Taoístas: movidos pelos escritos de um suposto sábio chamado Laozi, construíram uma
doutrina filosófica que defendia a compreensão do Tao como a única forma dos homens viverem em harmonia e
retornarem a natureza primordial. Tao aí entende-se por um conceito abrangente cujas traduções aproximadas
podem significar de “caminho” até “natureza”, ou mesmo “cosmos”. As diversas especulações sobre a não-ação,
sobre a realidade do homem em relação ao meio e sua consciência sobre a vida inauguraram uma nova
perspectiva de discussão filosófica na China. Mas os dois taoístas que popularizaram a doutrina foram
Zhuangzi e Liezi, que transformaram em histórias e contos a teoria obscura do Tao escrita no Daodejing. O
taoísmo desde cedo, porém, se aglutinou com as práticas mágicas, alquímicas e xamânicas, perdendo grande
parte do seu conteúdo filosófico e transformando-se numa religião. De certa forma identificamos esse
processo com a tendência latente de ritualização presente na cultura chinesa.

Confucionismo: diferente dos taoístas, Kongzi (Confúcio) preocupou-se
desde o inicio em empreender uma volta ao passado imperial Zhou, e não propriamente
com uma perspectiva naturalista como a taoísta. Ele acreditava no poder da educação
para retificar a conduta do homem, e sua proposta extremamente pragmática indicava
um caminho acessível à todos para o reerguimento social. Kongzi não deixava por
isso de trabalhar também com valores metafísicos, mas seu entendimento sobre a
realidade humana mostrava uma lucidez incrível, e por estes motivos suas proposições
não podiam deixar de considerar a dificuldade em realizar o trabalho de instruir
a sociedade. Assim sendo, a escola confucionista estimulava seus discípulos a
participarem da vida pública e da burocracia para que estes pudessem efetivar
mudanças sociais salutares. A data clássica de vida de Kongzi foi de 551-479 a.C.,
e os dois grandes confucionistas posteriores foram Mengzi (Mencius) e Xunzi. que
teriam vivido aproximadamente no século IV-III a.C. Estes desenvolveram uma grande
discussão acerca da natureza do homem e do papel da educação e do governo. O confucionismo
se transformou, na época Han, na doutrina oficial do estado imperial, mas com
algumas modificações e influências das outras escolas.

Legismo: a escola da Lei (Fa jia) representa a ascensão de uma razão de governo
pragmática, dura e violenta. Ela não se dispõe à retornar ao passado ideal, mas a criar um governo forte e
centralizador em torno dos príncipes. Semelhante ao que ocorreu na Índia com o Artashastra e na Europa com
Maquiavel, os legistas apresentavam uma proposta alternativamente despótica de poder e governo, e foram
muitas vezes absorvidos na máquina administrativa, como no caso da dinastia Qin. Seu maior autor teria sido
Han fei, que viveu no século III a.C., e organizou o conteúdo dessa escola que separava a política da
moral, aliava a prática à uma teoria muito bem planejada e baseava-se em princípios completamente severos e
racionais, desprovidos de qualquer sentimentalismo.

Moísmo: algumas décadas depois de Confúcio, um grupo surgiu sobre a égide de Mozi, um
retórico religioso que pregava a paz, a igualdade e desprezava a dita “proposta educativa” dos
confucionistas, por achar que ela naturalmente excluía os menos providos. Curiosamente, os moístas eram
materialistas, utilitaristas e dominavam inúmeras técnicas militares, que utilizavam para defender aqueles
que acreditavam ser os “mais fracos”.

Nominalistas: os ditos “sofistas” chineses surgiram mais ou menos na mesma época destas
outras escolas, e destacaram-se pelo uso da retórica na discussão de assuntos políticos e jurídicos.
Tiveram pouco expoentes no século IV-III a.C., mas alguns dos fragmentos que sobraram revelam um grupo
altamente intelectualizado, capaz de elaborar paradoxos complexos, como o que seria escrito na Grécia por
Zenão de Eleia, num período próximo, sobre a flecha partida.

Escola dos cinco Elementos: a doutrina dos cinco elementos foi um desdobramento da antiga
ciência chinesa, contida em livros como o Neijing e o Ijing. Ela se preocupou em entender as problemáticas
científicas como decorrentes de um ciclo natural que envolvia as correntes Yin e Yang e o domínios dos
cinco elementos (água, fogo, metal, terra e madeira). Estes ensinamentos encontraram um sucesso enorme na
época dos Han, principalmente no campo tecnológico, mas também foram aproveitadas para explicar eventos
históricos e sociais.

Essas escolas são a base da estrutura do pensamento chinês, embora devam ser analisadas com cuidado diante
das inúmeras alterações que sofreram em suas propostas ou mesmo em seu discurso. No entanto, elas nos
fornecem os elementos necessários para compreender a lógica dessa civilização, mesmo em seus períodos mais
antigos.

O Império Zhou

A época Zhou denota a formação de uma classe nobre importante dentro da sociedade, interligada ao
funcionamento da política, da força militar e da economia. Ela manipulava o funcionamento das práticas
administrativas, sociais e religiosas através deste corpo burocrático, criado para executar o poder na
extensão do território. Como afirma Aymard, “Tem-se a impressão de que, na época dos Zhou ocidentais, a
sociedade ainda não foi submetida a uma hierarquia complicada, como será o caso, à medida que se
desenvolver a tendência para a unidade política e a centralização do poder. A sociedade estava dividida em
duas grandes classes: embaixo, a plebe camponesa; em cima, a classe patrícia (nobres hereditários). Pouco a
pouco, ramificar-se-ão e classificar-se-ão os elementos médios, começando no grau mais baixo com os
escravos e trabalhadores rurais, elevando-se progressivamente pelos artesãos e mercadores, letrados e
funcionários, ministros e altos funcionários, nobres e príncipes, até o imperador, que domina a pirâmide
hierárquica”. Foi, porém, um momento de refinamento e desenvolvimento para a cultura: os Zhou eram
apreciadores da música, da literatura e das belas artes. Mantiveram, sem grandes modificações, a
organização econômica Shang, implementado a cobrança dos impostos sobre a utilização do território. Novos
tipos de produção agrícola foram introduzidos, bem como o artesanato e a manufatura foram estimulados, pela primeira vez, num sentido de exportação: “A invenção tecnológica foi, uma vez mais, tão útil à agricultura quanto era na guerra. Nessa época; foi inventado o arnês de peitoral, ou coelheira, que aumentava a eficiência, seguindo-lhe pouco depois, já no século V d. C., um novo tipo de coelheira rígida. Esses dois tipos de arreios permitiram a um único cavalo fazer o que dois ou até quatro faziam antes, quando o arnês de pescoço ameaçava estrangular o animal se tivesse de deslocar um peso excessivo no tiro. O maior avanço técnico de todos foi a introdução dos processos de fusão e fundição do ferro, mencionados pela primeira vez em 513 a.C. O ferro fundido é encontrado em objetos que datam de 400 a. C., época em que o uso desse minério já entrara em uso bastante generalizado. Um dos primeiros usos conhecidos do ferro na China era como revestimento das bordas cortantes de pás Ade madeira, e para outros implementos agrícolas como enxadas, facões e foices.

A intelectualidade deveu muito às primeiras épocas Zhou, sobre as quais sabemos pouco, porém. Existem
indícios sobre como seriam os primeiros sistemas de pensamento desenvolvidos na época. No entanto, estes
foram filtrados e modificados na época das Cem Escolas. No campo religioso, vemos sumir no meio das classes
abastadas o politeísmo folclórico, que dá lugar a uma concepção mais abstrata de metafísica, baseada em
princípios ecológicos das noções de Céu e Terra, ligadas ao Ser humano. Nos discursos taoístas e
confucionistas observamos claramente que os Deuses não aparecem: o Céu, esta entidade sem forma, é que
governa os destinos da civilização. Era ele quem gerava o Mandato Celeste, atributo de uma dinastia para
realizar a conexão entre o mesmo Céu, a Terra e a Humanidade, gerando a Harmonia universal.

O Advento dos Estados Combatentes

O início dos Estados Combatentes é marcado pelo fim da capacidade de arbítrio dos Zhou sobre os problemas
internos e a concentração de força em apenas sete principados: Qi, Qin, Chu, Zhao, Han, Yen e Wei. Cada
qual, com sua força militar e seu próprio corpo de funcionários, encetou um processo de guerra ininterrupta
que culminou com a vitória do melhor organizado (e cruel) Estado Qin, em 221 a.C. O novo soberano decide,
após a vitória sobre os Zhou, assumir o título de Primeiro Grande Imperador Amarelo, ou Qin Shi Huang Di,
marcando, para a historiografia moderna, a fase do Imperium real na China; o início do declínio do
feudalismo, bem como o movimento no sentido da unidade, é visível no período da Primavera e Outono
(770-481 a. C.), nome que recebeu de anais assim chamados. É nesta altura que se verifica o primeiro
enfraquecimento do princípio da hereditariedade, sendo a própria casa real dos Zhou a vítima mais visível
dessa mudança. O Livro da História dá-nos uma visão clara das circunstâncias de extrema carência em que
ficou o Filho do Céu depois de, em 771 a. C., os nobres se terem aliado contra os invasores bárbaros.
Apesar de todos os grandes senhores terem declarado a sua lealdade ao trono, o novo rei não pôde deixar
de reconhecer a dependência em que ficara da “benevolência de todos, sem a qual a Terra não goza de paz”.
As ofertas de arcos e flechas que fez aos mais destacados membros da nobreza são sinal duma flagrante
falta de força, na medida em que representam o reconhecimento do direito a punir quem desobedecesse a
ordens reais. A pouco e pouco, esta devolução de autoridade deixou os reis Zhou com uma função apenas
religiosa e um reino empobrecido a rodear Luoyang. Com efeito, os achados arqueológicos mostram o
crescimento de centros de poder independentes nas grandes quantidades de bronzes descobertos em diversos
pontos da cidade fortificada e nos túmulos sumptuosos, cujas inscrições não se referem já ao monarca Zhou,
mas proclamam os nomes dos nobres para os quais foram feitos. Com o declínio das obrigações feudais e a
erosão do poder central, os chefes dos estados emergentes lutavam entre si pela conquista de território e
competiam para atrair artífices e agricultores. A oeste, os primitivos Qin incentivavam a imigração de
estados rivais oferecendo casas e isenção do serviço militar. Um estado de guerra permanente, ora entre os
próprios Chineses, ora com os Bárbaros invasores vindos das estepes do Norte, provocou uma redução
substancial no número de estados. Segundo o Livro dos Ritos (Liji), existia durante o período da Primeira
Dinastia dos Zhou (1027-771 a. C.) um total de 1763 feudos. No princípio do século vii a. C. já só havia
200 territórios feudais; por volta de 500 a. C., esse número tinha caído para menos de 20. Durante o
período dos Reinos Combatentes (481-221 a. C.), as lutas intestinas tornaram-se tão ferozes e intensas que
só sete estados feudais conseguiam reunir recursos suficientes para fazer a guerra. Impotente, o monarca
Zhou, via duas grandes potências, Qin e Chu, ainda incompletamente sinizadas, conquistarem território
tirando partidoA das lutas entre os estados feudais mais antigos. Em 221 a. C., a força de Qin foi
suficiente para destruir todos os seus rivais e unificar toda a antiga China num só império. Em 256 a. C.,
o último rei Zhou foi brutalmente expulso do trono pelas tropas de Qin.

O arcabouço gerado pelos Zhou foi a base sobre o qual os Qin pensaram uma nova estrutura de governo.
Influenciados pela escola legista e, temerosos de criarem um sistema político falho, os Qin promoveram uma
proposta centralizadora e unificante, pautada numa lei rígida, que eficazmente colocou este principado na
ponta pela corrida do poder. Souberam aproveitar as experiências negativas da intelectualidade Zhou em
resgatar o passado e elaboraram um projeto novo de governo, naquela época contestado por suas
características novas e desvirtuado das antigas tradições. No entanto, o pragmatismo dessas propostas de
criação de um novo império vingou, gerando uma estrutura política na China que seria milenar.

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