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Como são formados os cometas?

by Lucas Gomes

Vida e Origem dos Cometas

A
vida média dos cometas não ultrapassa 10 milhões de anos.
Acredita-se que os núcleos dos cometas estão vagando pelo espaço
fora do sistema solar. Devido ao movimento do Sol ao redor do núcleo
galático, esses objetos são capturados pelo campo gravitacional
do Sol e se transformam em cometas. Foi susposto na década de 50, por
Jan Hendrik Oort (1900), a existência de uma nuvem de cometas (Nuvem de
Oort) próxima do Sol (em relação às distâncias
galáticas), a cerca de 100.000 U.A.. Essa nuvem estaria distribuída
de forma esférica ao redor do Sol. Sua origem poderia ser os próprios
restos do sistema solar, que se solidificaram nessa região. Algumas anomalias
gravitacionais provocadas pelas estrelas próximas, poderiam tirar alguns
corpos de suas posições e esses serem atraídos pelo Sol.
Ao entrarem em direção ao sistema solar, esses corpos poderiam
adquirir três tipos de órbita:

Parabólica e Hiperbólica – Que se aproximam
uma única vez do Sol e retornam ao espaço inter-estelar. São
os cometas não-periódicos.

Elíptica – São os cometas periódicos.
Esse tipo de órbita é geralmente é provocada pela influência
gravitacional dos planetas, pricipalmente Júpiter e Saturno, que têm
a tendência de prenderem os cometas ao sistema solar.

Os cometas são os objetos celestes que mais deram origem a temores e
superstições no passado e hoje despertam enorme curiosidade. Podem
ser periódicos, como o cometa Halley e outros, que percorrem uma órbita
regular ao redor do Sol. E os não-periódicos que entram no sistema
solar e voltam ao espaço interestelar.

Da análise da estrutura física dos cometas, quando estes estão
no periélio, são divididos em três partes principais a saber:

NÚCLEO – Constatou-se que todos os fenômenos
que ocorrem no cometa, tem a sua origem a partir de seus núcleos sólidos
e com poucos quilômetros de diâmetro. O núcleo, ao aproximar-se
do Sol, dá origem à cabeleira e à cauda. Por serem corpos
pequenos (baixa atração gravitacional) e movimentando-se muito
rápido nas proximidades do Sol, a cada passagem pelo mesmo, ocorre um
aumento muito grande da cauda, que implica em perdas de matéria. A matéria
que compõem a formação dos núcleos corresponde a
uma espécie de gêlo sujo com massa variando de 1,0kg a algumas
dezenas de toneladas.

CABELEIRA – Aparece sob a forma de nebulosidade sobre o núcleo,
como uma espécie de atmosfera que pode ter seu volume muito maior que
a Terra. É mais brilhante do que a cauda a qual dá origem. A presença
predominante de componentes simples, à base de hidrogênio e de
oxigênio, revela que o cometa se constitui de água em dois estados,
sólido e gasoso, sendo o estado líquido inexistente.

CAUDA – A cauda é provocada pela ação
dos ventos solares, por isso nas proximidades do Sol a cauda aumenta, pois a
densidade dos ventos solares é maior. Acredita-se que a cada passagem
pelo Sol o diâmetro do núcleo do cometa diminua em alguns metros.
Os cometas possuem dois tipos de caudas: uma constituída de poeira neutra
e a outra de plasma, isto é, elétrons e gases ionizados. A primeira,
de cor amarelada, reflete a luz solar e a segunda, em tom azulado, produzida
principalmente pelo CO. A cauda é formada pela pressão eletromagnética
(exercida pela luz), e pelo vento solar. É oposta à atração
gravitacional, ou seja, aponta sempre na direção radial contrária
a do Sol.

Veja a estrutura de um cometa:

Edmund Halley era grande amigo do físico Isaac Newton, na Inglaterra,
há quase 400 anos. Newton havia publicado, em 1686, seu livro “Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural”, todo em latim, como era costume
na época. E no “Principia” – como ficou mais conhecido – explicou
de forma detalhada como os planetas giram em órbitas elípticas,
quase circulares, em torno do Sol, sob a influência da força gravitacional.

Halley resolveu comprovar o que Newton afirmara. Juntou todas suas anotações
sobre cometas. Pesquisou e descobriu que um cometa visto por ele em 1682, tinha
características e trajetória muito semelhantes a outros dois,
cuja passagem estava documentada em 1607 e 1531. Concluiu que se tratava do
mesmo corpo celeste que se aproximava da Terra a cada 76 anos. Ele estava certo:
o cometa voltou, em 1758 e foi batizado com o nome do astrônomo.

Depois disso, o Halley voltou a cruzar a órbita terrestre em 1835, 1910
e 1985. Em 1986, cinco espaçonaves, da Rússia, do Japão
e da Comunidade Européia aproximaram-se do Halley. Foi quando a nave
Giotto, da Agência Espacial Européia, fotografou pela primeira
vez o núcleo de um cometa. Calcula-se que sua próxima passagem
pelo Sistema Solar será em 2061.

Alguns cometas avistados

COMETA KOHOUTEK

Esta fotografia colorida do cometa Kohoutek foi tomada por membros da
equipe fotográfica do laboratório lunar e planetário
da Universidade do Arizona. Eles fotografaram o cometa do observatório
de Catalina, com uma máquina fotográfica de 35mm, em 11
de janeiro de 1974. (Cortesia NASA)

COMETA HYAKUTAKE

As imagens (Telescópio Hubble) foram tomadas em 25/03/96, quando
o cometa passou a uma distância de 9,3 milhões de milhas
da Terra. É enfocado o núcleo glacial, sólido; e
fornece uma visão excepcionalmente clara da região próxima
ao núcleo do mesmo. (Cortesia NASA)

COMETA 1993A MUELLER

Esta é uma imagem CCD do cometa 1993a Mueller, tomada em 6 de
outubro de 1993 com um telescópio de 288mm f/5.2 Schmidt-Cassegrain.
O cometa tem coma com diâmetro de 3′ e uma cauda aberta, de até
7′. (Cortesia Erich Meyer e Herbert Raab, Áustria)

COMETA WEST (1975)

Esta fotografia foi tomada pelo astrônomo amador John Loborde,
em 9 de março de 1976. Este foto mostra duas caudas distintas.
A cauda fina de plasma azul é composta de gases, e a cauda branca
larga é composta de partículas de pó microscópicas.
(Cortesia John Laborde)

COMETA HALE-BOPP

Uma formação em “catavento”.O acúmulo
de luz ao longo da espiral pode ser um pedaço de crosta gelada
lançada ao espaço, desintegrada em uma nuvem luminosa de
partículas. (Cortesia: NASA)

COMETA DE HALLEY

Sequência de fotos da aproximação da sonda Giotto
ao cometa Halley. (Cortesia: Royal Astronomical Observatory)

Fonte: UFRGS

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