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Guerra Fria: 1. A Corrida Armamentista

by Lucas Gomes

O surgimento da bomba atômica teve sérias implicações históricas, políticas e culturais. Durante o período da Guerra Fria, o pesadelo da chamada “hecatombe nuclear” rondou a vida dos habitantes do planeta. Acreditava-se que o ataque de um dos lados, num momento qualquer, desencadearia uma guerra que poria fim à vida humana na Terra.Nós vamos ver de que modo a bomba atômica surgiu e se transformou num dos elementos principais do jogo de poder entre Estados Unidos e União Soviética. Um jogo macabro conhecido como “o equilíbrio do terror”.

Einstein e a bomba atômica


O físico Albert Einstein e a Bomba atômica

O início da corrida armamentista nuclear foi marcado por um apelo de Albert Einstein ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, numa carta enviada em 1939. O físico alemão mostrava-se preocupado com a possibilidade de Hitler ter acesso à tecnologia nuclear antes dos americanos. Roosevelt decidiu ampliar os investimentos em pesquisas e determinou, em 1942, o início do Projeto Manhattan, voltado ao desenvolvimento da bomba atômica.

Três anos depois, em julho de 45, a equipe de Robert Oppenheimer fez o primeiro teste bem sucedido de explosão nuclear no deserto de Alamogordo, no estado americano do Novo México.Na mesma ocasião, realizou-se na Alemanha a Conferência de Potsdam. O presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, negociou com Josef Stalin, da União Soviética, e Winston Churchill, da Grã-Bretanha, a nova divisão do mundo após a Segunda Guerra. Informado do sucesso dos testes no Novo México, Truman endureceu sua posição na conferência e tentou limitar a influência soviética na Europa.
Para muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do mundo.

O propósito dos Estados Unidos, para esses historiadores, foi de intimidar Moscou e conter o avanço do comunismo.Em fevereiro de 47, Truman fez no Congresso americano um discurso que mais tarde ficaria conhecido como “Doutrina Truman”. O presidente prometia acabar com a chamada “ameaça comunista” em qualquer parte do mundo onde ela surgisse. Era apenas o início de uma longa temporada de tensões internacionais que caracterizariam a Guerra Fria.

A Europa se divide


Bandeira da OTAN

Em abril de 1949, diversos países ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, criaram a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. A aliança consagrava, no aspecto militar, a divisão da Europa em dois blocos antagônicos. Os primeiros países a integrar a OTAN foram Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Canadá, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. Em 52, entraram a Grécia e a Turquia. Em 55, a Alemanha, e em 82, a Espanha.A situação esquentaria ainda mais em agosto de 49, quando a União Soviética faria seu primeiro teste nuclear bem sucedido.O antagonismo na Europa ficou mais evidenciado com a divisão da Alemanha em dois países, ainda em 49. A área ocupada pelo Exército soviético tornou-se a República Democrática da Alemanha e passou a integrar o bloco socialista. Sua capital era a parte oriental da cidade de Berlim, também dividida em duas.

Comunismo chinês: a Guerra Fria na Ásia

O ano de 1949 foi conturbado também no continente asiático. Em outubro, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tse-tung, tomou o poder e proclamou o nascimento de mais um país socialista, a República Popular da China. Um gigante continental com uma população, na época, de mais de 500 milhões de habitantes.Os americanos, com a Doutrina Truman, não estavam alheios ao avanço da esquerda na Ásia e reforçaram a presença militar na bacia do Pacífico, procurando preservar sua influência no sudeste asiático. Dessa forma, a revolução chinesa levou para a Ásia as fronteiras da Guerra Fria. Havia o receio de que o Japão, pela proximidade com a União Soviética e a China, fosse engolido pelo bloco socialista.

Uma das primeiras conseqüências dos acontecimentos na China foi a invasão da Coréia do Sul pelos vizinhos norte-coreanos, de governo pró-soviético. Eles queriam reunificar o país sob a bandeira do socialismo. A ofensiva, em junho de 1950, desencadeou uma ação enérgica dos Estados Unidos, que aprovaram na ONU uma ajuda multinacional à Coréia do Sul. Era tudo o que os americanos queriam. Em algumas semanas, sua indústria bélica produzia uma quantidade expressiva de armamentos para uso na Guerra da Coréia. Além disso, Washington estimulou a participação do Japão no chamado “esforço de guerra”. A indústria japonesa passou a produzir o material de apoio aos soldados no front, como roupas, remédios e alimentos sintéticos. Com isso, o Japão tentou resolver o problema do desemprego por meio de compromissos econômicos com o bloco capitalista. No final do conflito, em 53, a rígida divisão entre capitalistas e socialistas na bacia do Pacífico estava cristalizada.

Essa batalha estratégica pelo controle do sudeste asiático teria desdobramentos dramáticos nos anos 60, com o envolvimento direto dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

A bomba soviética e o armamentismo das superpotências

Nos dias atuais, com uma perspectiva histórica, podemos imaginar a repercussão política e psicológica provocada pelo surgimento da bomba atômica soviética, em 1949. Dali em diante, duas potências antagônicas dominavam a tecnologia de destruição em massa.

Com todo o clima de confronto, americanos e soviéticos lançaram-se à corrida tecnológica e ao aperfeiçoamento permanente dos armamentos nucleares, como se poucos deles já não pudessem pôr fim à vida humana na Terra. A corrida armamentista implicava também uma estratégia de dominação, em que as alianças regionais e a instalação de bases militares eram de extrema importância. Para fazer frente à OTAN, surgiu, em 1955, o Pacto de Varsóvia

Os países liderados por Moscou criaram o Pacto em 14 de maio de 55, uma semana depois da adesão da Alemanha Ocidental à OTAN. No início, integravam o pacto a União Soviética, a Albânia, a Alemanha Oriental, a Bulgária, a Tchecoslováquia, a Romênia, a Polônia e a Hungria. A Albânia, tradicional aliada da China, sairia do Pacto em 1968, por causa do estremecimento de relações entre Moscou e Pequim.

As bases militares montadas nos países da OTAN e do Pacto de Varsóvia receberam, no primeiro momento, mísseis americanos e soviéticos convencionais. Eram foguetes equipados com bombas potentes, não nucleares, do tipo das famosas “V-2” criadas pelo físico alemão Werner Von Braun e utilizadas por Hitler no bombardeio de Londres, em 44.

O avanço da tecnologia nuclear logo permitiria a redução do tamanho da bomba atômica: em 1954 a bomba já podia, em tese, ser transportada na ogiva de um foguete. Ganhavam importância, nessa fase, aspectos como o alcance e o nível de segurança dos foguetes.

Sputnik-1: a URSS lidera a corrida


Moscou exibe seus mísseis táticos

Em 1957, coube à União Soviética inaugurar a era dos mísseis de longo alcance e precisão. Em outubro, os soviéticos lançaram um foguete que colocou em órbita o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik-1. Tratava-se de um artefato simples, uma esfera de alumínio de 58 centímetros de diâmetro e 84 quilos, equipado com um termômetro e um transmissor de rádio. Em novembro de 57, foi lançado o Sputnik-2. Dessa vez, um satélite de meia tonelada com uma célebre passageira a bordo: a cachorra da raça laika, que permaneceu dez dias no espaço ligada a instrumentos de medição da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e de outras reações neurofisiológicas.

O sucesso do projeto Sputnik causou um grande impacto, porque pôs em evidência a vantagem dos russos na corrida armamentista. Na lógica militar, um foguete que coloca um satélite em órbita da Terra é capaz também de transportar ogivas nucleares. Ainda em novembro de 57, a inquietação no Ocidente aumentou com a exibição, em Moscou, de mísseis nucleares de curto alcance, os chamados “mísseis táticos”, durante as comemorações do quadragésimo aniversário da Revolução Russa. A tecnologia disponível no final da década de 50 tornou cada vez mais próxima a realidade dos mísseis balísticos intercontinentais, chamados de ICBM, a mais temível arma inventada pelo homem. Por trás de todo aquele avanço bélico e tecnológico estava Nikita Khruschev, sucessor de Stalin no comando da União Soviética. Dono de uma personalidade carismática, ele tratou de aproveitar as conquistas soviéticas para fazer propaganda do regime. E gostava de lançar dúvidas sobre a capacidade dos Estados Unidos de conter o avanço do socialismo.

EUA criam a Nasa

Os americanos, em resposta, aceleraram ao máximo o seu programa armamentista. Era a lógica da Guerra Fria. Com a evolução da tecnologia nuclear, o tempo de destruição passou a ser contado em segundos. Rapidez, precisão e potência passaram a ser uma obstinação dos responsáveis pela indústria de armamentos dos dois países. Em janeiro de 1958, os Estados Unidos lançaram o satélite Explorer. Em outubro, anunciaram a criação da Nasa – National Aeronautics and Space Administration -, órgão encarregado de coordenar as pesquisas para o desenvolvimento de foguetes e artefatos espaciais. Os projetos soviéticos e norte-americanos seguiam duas vertentes paralelas e complementares. Uma delas era a pesquisa nuclear, com a fabricação de bombas cada vez menores e mais potentes. A outra vertente era a construção de foguetes cada vez mais velozes e precisos.

Europa: cenário de uma guerra improvável

Moscou e Washington desenvolveram bases subterrâneas e plataformas móveis, incluindo submarinos, para o lançamento de mísseis. Criaram também os mísseis antibalísticos, capazes de detectar e detonar foguetes inimigos antes de eles atingirem o alvo. Esse armamento, em especial, inquietava os países europeus, que poderiam servir de cenário involuntário de uma guerra em que os territórios das superpotências estariam protegidos.

A crise dos mísseis em Cuba

O primeiro momento de grande tensão aconteceu em outubro de 62. Aviões de espionagem dos Estados Unidos detectaram movimentos que indicavam a disposição soviética de instalar mísseis em Cuba. O território norte-americano ficaria vulnerável a um hipotético ataque deflagrado a menos de 200 quilômetros de distância. O mundo viveu duas semanas de tensão.

O presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, advertiu Khruschev de que seu país não teria dúvidas em usar armas nucleares contra a iniciativa russa. O dirigente soviético recuou, mas a opinião pública conscientizou-se da possiblidade real de confrontação armada entre os dois países. Essa preocupação tinha razão de ser. No início dos anos 60, a tecnologia nuclear não estava mais limitada às duas superpotências: a Grã-Bretanha e a França também já possuíam a bomba atômica.

Àquela altura, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por essa razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Grã-Bretanha assinaram, em 1963, um acordo proibindo testes nucleares. No ano seguinte, os três países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objetivo dos acordos era tentar conter a corrida armamentista dentro de certos limites. Apesar disso, a China realizou, naquele mesmo ano de 64, seus primeiros testes atômicos.

Anos 60: onda pacifista


Paz e amor: protestos influentes

No decorrer da década de 60, os movimentos pacifistas cresceram rapidamente nos Estados Unidos e na Europa, tornando-se uma fonte permanente de pressão sobre os governos. Entre os americanos o movimento ganhou força com as manifestações de protesto contra a Guerra do Vietnã. Na Europa, a opinião pública tomava consciência de que ocontinente seria devastado na hipótese de um confronto nuclear.
Esse movimentos pacifistas cresceriam muito nos anos 80, articulados com grupos de defesa do meio ambiente. Agrupados em partidos políticos, como o Partido Verde, teriam influência até para alterar resultados eleitorais. Mas foi um longo caminho. No início da luta pela paz, na década de 60, os pacifistas organizaram muitas passeatas até alcançar as primeiras vitórias.

A primeira iniciativa mais concreta de contenção da escalada armamentista aconteceu em 1968, quando 47 países assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, com duração de 25 anos. Em 72, o presidente norte-americano, Richard Nixon, e o dirigente soviético, Leonid Brejnev, assinaram em Moscou o Acordo Para Limitação de Armas Estratégicas, conhecido como Salt-1 (em inglês, Strategic Arms Limitation Talks). Pelo acordo, as superpotências podiam proteger um número limitado de alvos essenciais, como as capitais Washington e Moscou. Assim, no caso de uma guerra, os dois países sofreriam tantas perdas que o confronto tornava-se inviável. Era essa a lógica do equilíbrio do terror. O Salt-1 também congelou, por 5 anos, a construção de plataformas fixas ou submarinas de mísseis balísticos intercontinentais. Em 1979, as superpotências assinaram o Salt-2, que em linhas gerais ratificava o Salt-1.

No fim dos anos 70, no entanto, o clima era tenso entre Estados Unidos e União Soviética, como resultado de uma complicada situação internacional. Diversos fatos politicamente relevantes se sucederam na mesma época, como a invasão soviética no Afeganistão, a revolução sandinista na Nicarágua e a revolução dos aiatolás no Irã. Numa demonstração de desconfiança, o senado norte-americano decidiu não endossar o Salt-2, que apesar de tudo foi respeitado pelas superpotências.

Em 1982, teve início uma nova rodada de negociações, chamada de Start (em inglês, Strategic Arms Reduction Talks), para a redução dos sistemas de armas estratégicas. O objetivo era reduzir em 50 por cento os arsenais de mísseis balísticos intercontinentais. Apesar das conversações, foram mantidas, nos dois lados, as pesquisas para a produção de armas cada vez mais mortíferas. Surgiram as “armas inteligentes”, foguetes equipados com computadores que asseguravam a eficiência do ataque e da defesa.

Reagan e a Guerra nas Estrelas

O delírio tecnológico veio logo a seguir. O presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, anunciou em 83 um projeto denominado “Iniciativa de Defesa Estratégica”. A idéia era criar um fantástico escudo espacial contra mísseis lançados de qualquer ponto do planeta ou mesmo por extraterrestres. Reagan alegava que o projeto, conhecido como “Guerra nas Estrelas”, tornaria inúteis os mísseis nucleares, pondo um fim definitivo à corrida armamentista.

Para enfatizar suas intenções, propôs uma parceria à União Soviética, que recusou o convite. Com o tempo, o projeto seria abandonado por ser caro e inviável.

À margem das negociações entre as superpotências, diversos governos continuaram engajados em projetos nucleares. Nos anos 80, cinco países (Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China) possuíam declaradamente a bomba atômica, enquanto outros países (Índia, Paquistão, Israel, Brasil, Argentina, Irã, Iraque e África do Sul) destinavam verbas a programas de energia nuclear. O Brasil fazia parte deste grupo desde 1975.

Além do perigo nuclear, a corrida armamentista trouxe outra conseqüência direta: uma mentalidade militarista nas relações internacionais, que criou uma predisposição pouco amistosa no momento de duas partes negociarem um conflito. Os focos de tensão regionais se multiplicavam, e os governos passaram a estocar enormes arsenais de armas convencionais. Mesmo ditaduras miseráveis, como algumas do continente africano, adquiriam as armas não nucleares mais sofisticadas do mercado. O Brasil era um dos beneficiários desse mercado, um dos mais prósperos do mundo.

A moratória de Gorbachev e a pacificação leste-oeste


Mikhail Gorbachev

Em 1985, o novo dirigente soviético, Mikhail Gorbachev, declarou a moratória nuclear unilateral, uma iniciativa surpreendente que favoreceu as negociações para a redução dos arsenais atômicos.

Em 87, as superpotências concluíram em Washington um acordo para a eliminação dos mísseis baseados em terra com alcance de até 5.500 quilômetros. Em 91, em Moscou, assinaram o Start, Tratado de Redução de Armas Nucleares Estratégicas.

Com o fim da União Soviética, em dezembro de 91, os Estados Unidos tornaram-se a maior potência política e militar em todo o mundo. A Rússia, por seu lado, tinha urgência em reduzir os gastos militares para fazer frente aos problemas econômicos e sociais surgidos na transição para o sistema de mercado. Em janeiro de 93, os presidentes da Rússia, Bóris Yeltsin, e dos Estados Unidos, George Bush, assinaram um novo acordo, o Start-2, para eliminar, em dez anos, dois terços de seus arsenais de mísseis intercontinentais e todas as bases de lançamento de mísseis de ogivas múltiplas.

Muitos observadores fazem críticas a Mikhail Gorbachev, dizendo que o ex-dirigente soviético fez muitas concessões aos Estados Unidos, num curto espaço de tempo. Uma postura mais firme do líder e a preservação do poderio militar do país, segundo esses críticos, poderiam ter evitado a desintegração da União Soviética.

É necessário observarmos outros aspectos da situação do país naquele período. Ao assumir o poder, em 85, Gorbachev encontrou a economia soviética à beira do colapso. Alguns historiadores indicam que o país destinava ao setor de defesa mais de 20% de seu PIB, Produto Interno Bruto. Os americanos, em 1987, destinavam ao setor 7%, e a Grã-Bretanha, 5% do PIB. Mesmo gastando proporcionalmente menos, o Ocidente também sentiu o peso econômico da corrida armamentista. A crise foi atenuada com a transferência de tecnologia para os demais setores produtivos da economia.

Os americanos sempre trataram de aplicar as conquistas da tecnologia bélica na indústria de bens de consumo. Isso propiciou o desenvolvimento da microinformática, das utilidades domésticas e dos automóveis velozes e econômicos. Mesmo com essa política industrial, os Estados Unidos figuram, nos anos 90, entre os países mais endividados do mundo, em parte por causa dos gastos com a defesa. Os reflexos da crise são notados no corte de verbas para a educação, saúde e serviços públicos.

Em maio de 95, foi prorrogado por prazo indeterminado o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, com a assinatura de 178 países. Infelizmente, isso não quer dizer que o pesadelo nuclear tenha terminado. Sempre há grupos dispostos a pagar o preço necessário pela bomba atômica. Além disso, países da ex-União Soviética, como a Ucrânia, a Bielo-Rússia e o Casaquistão, mantêm intactos os seus arsenais nucleares.

O mundo respira aliviado

No Ocidente, a França e a China levaram adiante as pesquisas nucleares nos anos 90, a despeito da opinião pública mundial. Em setembro de 96, no entanto, finalmente as cinco potências do clube atômico assinaram na ONU o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares. O acordo traz uma perspectiva mais otimista de um novo século livre da sombra da bomba atômica. Com a conscientização da opinião pública, é possível que o bom senso prevaleça.
A energia nuclear, uma conquista científica importante, precisa ser utilizada para melhorar a qualidade de vida da Humanidade, e não para destruí-la.

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