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Doidinho, de José Lins do Rego

by Lucas Gomes

Doidinho

, romance
autobiográfico de José Lins do Rego, foi  publicado em 1933, e é o segundo
livro do “Ciclo da Cana-de-Açúcar”.

A
técnica de narração usada nesta obra por José Lins para denunciar os problemas
sociais da época segue, de certa forma, o caminho inverso de Menino de
engenho
. Em Doidinho, o próprio narrador encontra-se inserido dentro
de um sistema injusto e opressor, sentindo na pele as suas conseqüências. Já na
primeira obra, ele é apenas um denunciador das injustiças sociais vividas pelos
pobres do engenho. O colégio como um todo, o diretor, os alunos e funcionários
são a representação de uma sociedade injusta e repressiva contra a qual o
protagonista se opõe. O título do livro é apelido que Carlos Melo adquirira e
narra suas experiências da personagem quando internado em um colégio severo.
Carlos é enviado para um internato e lá encontra um universo regido pela
palmatória e pela injustiça, num romance que lembra O ateneu, de Raul
Pompéia.

Apesar
da maior parte do enredo se passar fora do engenho, o autor sempre o retoma,
reafirmando assim as más condições sociais dos pobres que ali habitavam.

Enredo

O grande sonho de Doidinho é voltar ao Engenho Santa Rosa, do avô José Paulino.
Enquanto alimenta o desejo de voltar, tem oportunidade de ampliar as relações e
o conhecimento das pessoas do colégio: há os intrigantes, os maus, os protegidos
e os pequenos pederastas. Conhece a amizade leal com o Coruja e o amor na figura
de Maria Luísa. 
Doidinho foge do colégio e retorna ao engenho.

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