Home Vestibular Educação – O caminho rumo às melhores universidades do planeta

Educação – O caminho rumo às melhores universidades do planeta

by Lucas Gomes

Entenda
as regras de seleção de alunos das principais instituições
norte-americanas e britânicas. E confira depoimentos de estudantes que
estão lá.

Cerca de 24.000 brasileiros estudavam em universidades estrangeiras em 2009,
boa parte deles em cursos de graduação, segundo dados da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em
países centrais, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, a presença
brasileira é crescente. A procura por instituições de ensino
superior nessas nações subiu 15% neste ano, segundo o Departamento
de Estado norte-americano e o British Council, órgão britânico
de promoção de educação e cultura. Parte desses
brasileiros procura instituições de ponta. Algumas delas figuram
nas primeiras posições do ranking de melhores universidades do
mundo organizado pela publicação britânica Times Higher
Education. É o caso de Harvard (número 1 da lista), Stanford (4ª),
MIT, o Massachusetts Institute of Technology (3º), e Oxford (6º).

Conversando
com alguns brasileiros que esmeram seus conhecimentos nesses centros de excelência
intelectual, soubemos como eles conseguiram a senha de acesso para driblar a
concorrência e ingressar nas mais prestigiadas instituições
do planeta. Foram reunidas também informações acerca do
processo formal de seleção para a admissão, que mostra
quais são as exigências dessas escolas. Enfim, são dicas
para quem quer chegar lá.

Em resumo, pode-se dizer que o processo de seleção das universidades
estrangeiras é rigoroso, muito rigoroso. Acostumadas a promover o conhecimento
em alto nível, essas instituições procuram os melhores
cérebros do planeta para perpetuar sua fama. E até pagam para
que eles estejam lá. Consequentemente, a disputa por uma vaga é
acirradíssima. Por isso, é claro, o candidato deve se preparar
para conquistar o seu lugar. Somar notas altíssimas durante os três
anos do ensino médio e apresentar médias elevadas nos exames de
proficiência são fundamentais. Mas isso não é tudo.

Além
de exigente, o processo de seleção não avalia apenas o
desempenho acadêmico do candidato. Conseguem se destacar dos demais, os
estudantes que possuem qualidades para além do currículo escolar.
Pode-se dizer que as universidades de ponta procuram gente que tem algo a acrescentar
ao mundo. Daí, os candidatos serem instados a apresentar redações
em que expõem sua visão do mundo – e, por vezes, seu projeto para
atuar nele. É algo inesperado para os estudantes brasileiros, acostumados
a responder questões de vestibular. O caráter de tal processo
de seleção provoca um comentário curioso por parte da brasileira
Susan Gabrielle, aluna de ciências políticas do MIT: “As melhores
instituições estrangeiras de ensino superior não têm
necessariamente as mentes mais brilhantes, mas as mais apaixonadas”, diz.

Entre tantos exames e documentos, o processo de admissão pode ser extenuante
para um estudante brasileiro familiarizado com o tradicional vestibular. Mas
o esforço vale a pena. E os brasileiros já perceberam isso. “Não
são apenas as estatísticas que mostram que cresce o interesse
do brasileiro pelas universidades estrangeiras de ponta. Nosso contato com esses
estudantes em feiras realizadas em todo o país nos diz a mesma coisa”,
afirma Rodrigo Gaspar, gerente de marketing e comunicação do British
Council.

Algumas
razões ajudam a explicar o interesse crescente dos candidatos locais.
“A principal delas é a aliança entre evolução
da economia e a percepção de que a educação é
a ferramenta decisiva para o desenvolvimento profissional”, afirma Gustavo
Ioschpe, economista, especialistas em educação e colunista da
Revista VEJA. Gaspar, do British Council, adiciona: “Existe uma
percepção cada vez maior de que é preciso se diferenciar
no mercado de trabalho. E um curso no exterior proporciona isso.”

Os avanços tecnológicos também participam desse processo.
“As informações circulam mais facilmente no mundo globalizado.
As pessoas estão tendo conhecimento mais cedo das oportunidades”,
diz Andreza Martins, coordenadora nacional do EucationUSA, órgão
do governo norte-americano que se dedica a aproximar candidatos e universidades
americanas. “Com telefone e internet à mão, os pais já
não se sentem tão apreensivos com os filhos tão distantes.”
Aos estudantes que ousam, portanto, mãos à obra.

Fonte: Revista VEJA

Posts Relacionados