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A energia que vem dos alimentos

by Lucas Gomes

Os seres vivos, sem exceção, necessitam da absorção de energia para poder sobreviver. É por esta razão que nos alimentamos, pois são os alimentos que, através da digestão e das transformações químicas que ela possibilita, nos fornecem a energia necessária para realizarmos as funções vitais de nosso organismo: crescimento, locomoção, reprodução, entre outras. Portanto, a energia que vem da nossa alimentação é responsável pelo funcionamento do cérebro, pela atividade muscular, pelos batimentos cardíacos, até pelo crescimento dos cabelos e das unhas.

Em outras palavras, ENERGIA é a capacidade que temos de executar uma ação, e para que isso aconteça nossas células têm que possuir a quantidade de energia suficiente para que possamos “funcionar”.

Entre os alimentos, a maior fonte de energia são aqueles ricos em lipídios (ácido graxo e glicerol), pois possuem o conteúdo energético mais alto que o de alimentos relativamente isentos de gordura. Os lipídios são a nossa reserva de energia e podem ser encontrados nas gorduras em geral, como o óleo, o azeite, a manteiga, a margarina, o amendoim, as castanhas, o coco e o abacate.

Mas apesar das gorduras serem a maior fonte de fornecimento de energia, a nossa primeira e principal fonte são os carboidratos.

Os carboidratos são compostos orgânicos constituídos de carbono, hidrogênio e oxigênio ([C(H2O)]n) e são encontrados nos cereais, arroz, milho, farinha, macarrão, pão e em vegetais que contêm fécula como batata, mandioca ou inhame. O carboidrato mais importante na biologia é a glicose (C6H12O6), e é dela que primariamente o nosso corpo se utiliza como fonte de energia. É um dos principais produtos da fotossíntese e inicia a respiração celular em procariontes e eucariontes.

Lembrando que as células procariontes são aquelas que não possuem a carioteca (membrana que separa o citoplasma do núcleo) e também não possuem as organelas membranosas como Complexo de Golgi, Retículo Endoplasmático, Lisossomos, Mitocôndrias e Cloroplastos. Seu material genético, o DNA, está “solto” no citoplasma. Esta célula está presente apenas nos organismos  do reino MONERA (bactérias e Cianofíceas).

Já as células eucariontes são aquelas que possuem a carioteca e divididas em membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Apresentam as organelas membranosas. Seu material DNA está presente no núcleo. Estas células são encontradas das quais são constituída a maioria dos seres vivos (incluindo o homem).

Como o organismo extrai a energia dos alimentos?

A extração de energia dos alimentos é feita por um processo denominado oxidação biológica, que é um processo brando e feito em etapas sucessivas, basicamente em três estágios:

Estágio 1: Digestão e absorção de alimentos

Estágio 2: Oxidação biológica dos nutrientes

Estágio 3: Oxidação seguida da obtenção de ATP por óxido-redução

Portanto, o desprendimento de energia contida nas ligações químicas dos elementos das moléculas combustíveis é capturado num composto chamado de Adenosina Tri Fosfato, ou ATP. A energia do ATP é gasta nos diversos processos endergônicos (gastam energia) da célula. A energia obtida é constantemente utilizada, o que obriga o organismo humano a rebalancear as suas reservas, com o consumo de mais alimento.

Como se mede a quantidade de energia contida nos alimentos?

Falar da quantidade de calorias em um determinado alimento é o mesmo que falar sobre a quantia de energia armazenada nas ligações químicas dos alimentos. A energia química é liberada no organismo através do metabolismo dos nutrientes absorvidos pelo sistema digestório, e a quantidade de energia contida em um alimento é medida através da energia obtida pela sua queima e é conhecida por valor calórico. A quilocaloria (kcal) é a unidade de medida mais usada para definir a quantidade de energia que cada alimento nos fornece e 1 kcal corresponde a 1000 calorias.

Observação importante: Uma das principais características dos alimentos energéticos (lipídios e carboidratos, sendo que as proteínas têm um papel pequeno neste caso), é a de que o excesso deles não pode ser eliminado pelo organismo, como acontece com o excesso de vitaminas, sais minerais e fibras. Todo o excedente ingerido, não utilizado nas funções metabólicas, acaba sendo armazenado na forma de gordura, causando obesidade. Portanto, quando ingerimos em excesso os alimentos de alto valor calórico ou então quando seguimos um plano alimentar sem equilíbrio nutricional, nosso corpo armazenará a energia que não usamos sob a forma de gordura, o que irá ainda contribuirá para o desenvolvimento de doenças como a hipertensão, a diabetes e as doenças do coração).

Fonte: www.eduquim.ufpr.br

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