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Estudante brasileiro ganha estágio na equipe Renault de Fórmula 1

by Lucas Gomes

Aos
24 anos, Gustavo Brambilla vai realizar o sonho de muitos engenheiros automobilísticos.
Aluno do último ano do Centro Universitário da FEI, em São
Bernardo do Campo (SP), ele se prepara para um estágio remunerado de
seis meses na equipe Renault de Fórmula 1 e embarca em setembro para
Enstone, na Inglaterra.

Para fazer parte da escudaria bi-campeã do mundo, Gustavo venceu seis
concorrentes – todos europeus -, em um concurso mundial promovido pela Altran
Engineering Academy.

“Foi uma disputa muito difícil, todos apresentaram projetos muito
bem elaborados”, destaca o estudante, eufórico com a vitória.
“A Fórmula 1 trabalha com a mais alta tecnologia, e poder participar
de uma experiência dessas, ajudando no desenvolvimento de um carro de
corrida, é a realização de um sonho”, diz Gustavo,
que espera poder conhecer os pilotos da Renault, o espanhol Fernando Alonso
e o brasileiro Nelson Ângelo Piquet.

Durante a apresentação, Gustavo convenceu os jurados ao propor
o desenvolvimento de um sistema hidráulico e mecânico que refina
a variação de cambagem da suspensão dianteira para carros
de Fórmula 1. Um dos benefícios do projeto é a melhoria
da performance em curvas e frenagem com melhor aproveitamento da capacidade
de força lateral dos pneus.

Mecânicos da Renault e o carro do piloto Fernando Alonso
(Foto: Stephen
Hird/Reuters)

Esta é a terceira vez que um brasileiro se classifica para o estágio
da Renault. Raul Wolf Pedroso, aluno da Universidade Federal do Paraná,
em 2006, e Gabriel de Paula Eduardo, que faz doutorado na USP, em 2007, ficaram
em segundo lugar no concurso e também puderam participar do estágio.
Gustavo Brambilla, no entanto, é o primeiro brasileiro a ganhar a competição.

Atualmente, Gustavo faz estágio na fábrica da Volkswagen no ABC
paulista. O estágio na fábrica da escuderia Renault vai lhe ampliar
os conhecimentos técnicos de engenharia mecânica. “As montadoras
trabalham no desenvolvimento de um veículo que seja bom para o consumidor,
já a Fórmula 1 desenvolve o carro para ter a mais alta performance.”

A paixão pelos carros vem desde pequeno. O avô de Gustavo tinha
uma oficina mecânica e o pai dele, como hobby, trabalhava na adaptação
de veículos off-road. Até o sobrenome – Brambilla – remete à
Formula 1. “Todo mundo me pergunta se eu sou parente do Vittorio Brambilla,
um piloto italiano que disputou corridas na década de 70. Mas é
só coincidência.”

Fonte: G1

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