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A Exploração Espacial

by Lucas Gomes


Capitão Kirk (sentado) e seus comandados na

ponte da USS Enterprise

“O espaço, a fronteira final…”, foi o que disse o famoso capitão Kirk. E ele estava certo, pois o homem
sempre tentou descobrir o que há abaixo do horizonte.

Ao descobrir cada parte do nosso mundo, fixamos nosso olhar nas estrelas. Mas foi apenas há cinqüenta anos
que a tecnologia contribuiu para transformar este sonho em realidade.

Estudar o espaço não é apenas tentar descobrir se existem homenzinhos verdes em outros planetas! Nós
podemos aprender de onde viemos, como a vida surgiu no nosso planeta e o que acontecerá no futuro.

Pioneiros


Cosmonauta Yuri Gagarin tripulando a Vostok 1

Após as primeiras tentativas de vôos com satélites não tripulados, russos e americanos decidem enviar
primeiro cachorros e primatas ao espaço, para investigar o efeito da ausência de peso nos seres vivos.

O cosmonauta russo Iuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem a chegar ao espaço, dando uma volta à
Terra a bordo do Wostok 1, em 12 de Abril de 1961. Ele esteve no espaço por 1 hora e 48 minutos, alcançando
o apogeu de 327 km/h e um perigeu de 180 km. Iuri pousou são e salvo na Sibéria. Nos dois anos seguintes,
foram realizados mais cinco vôos da Wostok.


Alan Shepard – Freedon 7

Os americanos continuaram com o programa Mercury. Em 5 de maio de 1961, Alan B. Shepard foi o primeiro
americano a chegar ao espaço. A aeronave do programa Mercury foi a Freedom 7, que voou numa trajetória
balística e completou um vôo suborbitário em 15 minutos. Em 20 de fevereiro de 1962, o primeiro astronauta
americano, John H. Glenn Jr., realizou três órbitas ao redor da Terra.

O programa russo Sojus foi o equivalente ao programa americano Gemini, e ambos desenvolveram a tecnologia
necessária para chegar à Lua. Os vôos do Gemini aconteceram entre 1965 e 1966.


Lançamento da Apolo 11, em 1969

A nave Apollo foi lançada em 16 de julho de 1969. Após entrar na órbita da Lua, Edwin E. Aldrin e Neil A.
Arsmtrong subiram a uma cápsula lunar. Michael Collins permaneceu na órbita lunar. Em 20 de julho, a
cápsula lunar voou à superfície da Lua e pousou na borda do Mar da Tranqüilidade. Poucas horas depois, em
21 de julho, às 3h56, hora de Greenwich, Armstrong pisou na Lua e disse as famosas palavras: “Esse é um
pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade”.

As missões à Lua planejadas pelos Estados Unidos foram concluídas com o vôo do Apollo 17, em dezembro de
1972. Os astronautas Cernan e Harrison H. Schmitt passaram 22 horas na Lua e pilotaram 35 km em seu veículo
lunar.


Um dos astronautas da Apolo 11 pisando na Lua

Mas todo esse sucesso teve um preço: 21 astronautas morreram desde o início dos vôos tripulados por humanos
ao espaço, em 12 de abril de 1961. Onze deles foram mortos durante vôos. Mas o desenvolvimento humano ou
científico nunca foi conseguido sem sacrifícios e obstáculos.

Ônibus espaciais

Enterprise – O protótipo
O
nome do protótipo do ônibus espacial é em homenagem à famosa nave Starship Enterprise,
do seriado de TV “Jornada nas Estrelas”. Em 1977, dois pilotos fizeram o primeiro
de quatro testes de vôos de 7.000 m. Em 1979, a Enterprise estava unida a um tanque
de combustível e propulsores no Centro Espacial Kennedy. Mas a nave nunca conseguiu
decolar, pois os trabalhos no Columbia já tinham terminado. Seu primeiro vôo aconteceu
em 12 de abril de 1981.

Columbia – O ônibus espacial mais antigo
O
Columbia (que pesava 71.798 kg e foi modificado e melhorado cerca de 150 vezes)
foi inspecionado entre o outono de 1999 e a primavera de 2000 e relançado em 1o
de março de 2002. Em 1o de fevereiro de 2003, se desintegrou numa descida sobre
o estado do Texas. Explodiu numa altura de 62.000 m. Provavelmente, o desastre
foi causado por uma falha no escudo térmico.

Challenger – O segundo ônibus espacial
O
segundo ônibus espacial a entrar em operação completou o primeiro vôo em 1983.
Durante as suas dez missões, o ônibus esteve no espaço por 69 dias e girou em
torno da Terra 987 vezes. Em uma das missões, o astronauta Bruce McCandless saiu
do ônibus e realizou um passeio espacial de 30 m – foi o primeiro a fazê-lo. Em
28 de fevereiro de 1986, o Challenger explodiu 73 segundos depois de decolar e
todos os setes tripulantes morreram.

Discovery – O terceiro ônibus espacial
Apesar
do Discovery ter sido construído como o Challenger, podendo carregar a última
parte do foguete Centaur no depósito de carga útil, ele pesava 3.116 kg a menos
do que o Columbia. Mas o lançamento do foguete Centaur nunca foi realizado. Depois
do acidente com o Challenger, ponderou-se que isto seria muito arriscado.

Atlantis – O quarto ônibus espacial
A
nave espacial Atlantis vazia pesava 68.635 kg, e com os motores principais colocados
chegava a pesar 77.564 kg. Ela realizou missões como a do explorador planetário
Galileu em 1989 e a colocação no espaço do observatório Arthur Holley Compton
Gamma Ray, em 1991.

Endeavour – O ônibus espacial mais recente
As
crianças em idade escolar participaram ativamente na procura de um nome para o
novo ônibus espacial. Endeavour foi o nome vencedor. A primeira missão do Endeavour
foi em maio de 1992. A missão envolvia uma espetacular operação de resgate de
um satélite de comunicações que tinha saído fora de controle. Surpreendentemente,
o Endeavour pôde ficar no espaço por 28 dias.

Lançadores

Os lançadores são enormes foguetes capazes de colocar a nave em órbita.

Existem dois tipos de sistemas de lançamento. Os veículos lançadores descartáveis (cuja sigla em inglês é
ELV), desenvolvidos a partir de 1950, são usados apenas uma vez. Tanques de combustível e foguetes são
descartados após o lançamento, num processo chamado de “estágios”, o que significa que a nave espacial não
usa energia preciosa carregando partes de que não necessita.

Todos os satélites e sondas usam o lançador descartável. A única nave que usa veículos lançadores
reutilizáveis é o ônibus espacial. Ele dispensa os seus tanques de combustível após o lançamento, mas seus
foguetes permanecem no corpo da nave e podem ser reutilizados após uma ampla restauração.

Estação Internacional Espacial – ISS

A
Estação Internacional Espacial (foto ao lado), que se encontra em órbita ao redor
da Terra, proporciona um ambiente científico capaz de conduzir experimentos que
não são possíveis no nosso planeta. A bordo da ISS, os efeitos da gravidade são
eliminados com eficácia. Essa “microgravidade” tem grandes efeitos em tudo, desde
o comportamento dos líquidos às dinâmicas da combustão. Existem pesquisas sobre
estas questões.

O ambiente de microgravidade da Estação Espacial tem contribuído para os avanços nas pesquisas biomédicas –
que podem trazer grandes resultados no combate a doenças por envelhecimento, como a osteoporose – e para o
aperfeiçoamento nas técnicas médicas contra a difusão de vírus como o HIV. A 321 km de distância da Terra,
a ISS também provê uma plataforma para observar padrões do tempo no nosso próprio planeta e vistoriar o
Universo. A ISS pode ser no futuro o destino comercial de viajantes espaciais ricos.

Desde que o desastre do Columbia pôs o programa do ônibus espacial em espera, a única união entre o ISS e a
Terra tem sido através das cápsulas soviéticas Soyus. Embora 16 países tenham patrocinado a construção da
estação espacial, os oficiais russos dizem ter assumido a maior parte da responsabilidade da sua manutenção,
além de serem responsáveis pelo abastecimento.

A primeira missão tripulada à Estação Internacional Espacial, após o acidente do Columbia, foi lançada em
26 de abril de 2003: a Expedição Sete. O cosmonauta russo Yuri Malenchenko e o astronauta americano Ed Lu
assumiram o comando da equipe de três homens que, devido ao desastre do ônibus espacial, tinham sido
forçados a ficar mais dois meses na Estação Espacial desde que chegaram, em novembro de 2002. De fato, em
agosto de 2003, Malenchenko tornou-se o primeiro homem a se casar no espaço. Yuri e sua namorada se casaram
com ajuda de uma conexão de vídeo estabelecida entre a Estação Espacial e o centro de controle espacial da
Nasa na cidade de Houston, no Texas!

Os Estados Unidos no espaço

A
Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA – sigla
em inglês de National Aeronautics and Space Administration) – foto ao lado – é
a maior e mais conhecida agência espacial do mundo.

Atualmente, possui a “Visão da exploração do espaço”, cujos planos incluem uma série de missões com homens
e robôs para alcançar novas metas na exploração espacial. Isto implicará também uma missão à Lua com robôs,
antes de 2008, que desenhará as bases para futuras pesquisas sobre Marte.

Em novembro de 2004, a nave espacial Swift decolou de Cabo Canaveral. É o primeiro observatório multiondas
desenhado para estudar a ciência das explosões dos raios gama. A sonda Deep Impact deve ser lançado em
dezembro de 2004 e viajará 133 milhões de quilômetros até encontrar-se com o cometa Temple1. Disparará uma
enorme “bala” de cobre dentro do cometa a 45.061 km/h. O impacto será observado da Terra e espera-se poder
examinar de perto o início da formação dos cometas e as implicações de uma colisão de um deles com o nosso
planeta.

O Reino Unido no espaço

O
Reino Unido investe na exploração do espaço através do Centro Espacial Nacional
Britânico (BNSC, sigla em inglês de British National Space Centre) – foto ao lado,
que coordena a atividade espacial civil do Reino Unido.

O BNSC possui um orçamento ao redor de 97 milhões de dólares por ano – 60% é gasto através da Agência
Espacial Européia (ESA) – e emprega mais de 6.000 pessoas.

Ele colabora com a NASA e a Agência Espacial Européia (ESA) para enviar satélites e sondas ao espaço, como
o Cassini-Huygens, lançado em outubro de 1997. Em janeiro de 2005, será a primeira sonda a pousar na
superfície de Titã, a maior lua de Saturno, para recolher dados que possam ajudar a entender as origens da
vida na Terra. Será o objeto mais distante já estudado pelo homem.

Os astronautas britânicos são treinados pela ESA. Em 1991, Helen Sharman se transformou na primeira
britânica no espaço a fazer parte da missão russa Soyuz TM-12. Os britânicos de nascimento Piers Sellers e
Michael Foale possuem dupla nacionalidade (do Reino Unido e dos Estados Unidos) e voaram pela NASA.

China no espaço

Em
outubro de 2003, a China se tornou o terceiro país a colocar em órbita uma nave
tripulada por humanos.

O Shenzhou V (foto ao lado) foi lançado do centro de lançamento de satélites Jiuquan,
na província de Gansu, ao noroeste da China, com um único astronauta a bordo,
Yang Liwei. O astronauta deu 14 voltas em torno da Terra em pouco menos de 21
horas, antes de pousar com segurança no norte da China, onde foi proclamado “herói
espacial”.

Com o sucesso dessa missão, a China planeja outra missão espacial pilotada por um homem no início de 2005.
Dessa vez, serão dois astronautas a bordo, e a missão, a Shenzhou IV, está planejada para durar cinco dias.

A Administração Espacial Nacional da China também disse que planeja enviar uma missão sem tripulação para a
Lua em 2007.

Até pouco tempo, a China estava afastada do resto das agências do mundo, mas em novembro de 2004, um
representante chinês fez parte, pela primeira vez, de um curso de iniciativas espaciais patrocinada pela
NASA.

A França no espaço

Em
outubro de 2001, a astronauta francesa Claudie Haigneré se tornou a primeira mulher
da Europa a bordo da Estação Espacial Internacional. Ela passou oito dias na estação
para fazer parte da missão Andrômeda, que foi uma aventura realizada entre a Agência
Espacial Francesa (CNES) e a Russa.

O sistema de lançamentos de foguete francês Arianne 5 foi usado para lançar, com
sucesso, a sonda Rosetta (foto ao lado), em março de 2004. A Rosetta está agora
em sua via, recolhendo informação sobre os cometas no interior do sistema solar.

Em novembro de 2004, a França assinou um convênio com a Índia para cooperar no lançamento de um avançado s
atélite climático no prazo de quatro anos. Espera-se que a informação coletada ofereça maior compreensão
dos sistemas de climas tropicais e possa prever ciclones e monções com maior precisão.

Para comemorar o 50° aniversário do lançamento do primeiro satélite construído pelo homem, a companhia
francesa Arianespace lançará um grupo de 50 nanosatélites para a Federação Internacional Astronáutica, em
2007.

A Rússia no espaço

A
Agência Espacial Russa (RKA, sigla em inglês de Russian Space Agency), foto ao
lado, foi formada depois do rompimento da antiga União Soviética e da dissolução
do programa espacial soviético. A RKA usa os locais de lançamento e a tecnologia
que pertenceram à União de Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Nos últimos anos, a Rússia tem colaborado com a NASA, enviando até cosmonautas para trabalhar a bordo da
Estação Espacial Internacional. A Rússia também faz o lançamento de naves de carga em órbita que levam
suprimentos às tripulações da estação espacial.

Em setembro de 2004, o país lançou uma nova geração de satélites espiões, desenhados para fazer seguimento
a atividades militares no mar e possivelmente no ar, por meio de interceptação de sinais eletrônicos,
também conhecidos como ELINT.

O programa espacial russo está localizado em Star City, fora de Moscou, onde os cosmonautas e astronautas
europeus são treinados para as missões espaciais. Eles treinam a caminhada no espaço num enorme
“hidrolaboratório”, e duas enormes máquinas centrífugas imitam a força G que acontece durante as
decolagens.

O prêmio X

No
início do século XX, foram oferecidos prêmios aos prósperos aviadores para encorajá-los
a desenvolver vôos poderosos. A meta do prêmio Ansari X é fazer o mesmo com vôos
espaciais no século XXI, na esperança de que eles se transformem em viagens espaciais
comerciais.

O prêmio Ansari ofereceu 10 milhões de dólares para a primeira equipe que, de forma privada, patrocinasse,
construísse e lançasse uma nave espacial que conseguisse levar pessoas a 100 km (62,5 milhas) de distância
da Terra e voltasse com segurança. Para conquistar o prêmio, a equipe teria de fazer isto duas vezes num
prazo de duas semanas.

Vinte e seis equipes de 7 países fizeram parte da competição durante vários anos. O prêmio foi concedido em
novembro de 2004 para a companhia Mojave Aerospace Ventures, da Califórnia, Estados Unidos.

A nave da equipe liderada por Burt Rutan voou ao espaço com sucesso. A SpaceShipOne
(foto acima) voltou do espaço em 29 de setembro e em 4 de outubro de 2004.

Fonte parcial: Discovery Channel

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