Países, corporações e grupos de ataques estão utilizando a Guerra Cibernética (War Cyber) para desestabilizar concorrentes e governos. Essa modalidade de guerra é executada no meio virtual e tem como base o conhecimento da informática.
A Guerra Cibernética consiste na elaboração e disseminação de arquivos infectados, roubo de informações, enfraquecimento da estrutura do site alvo, e desestabilização de redes. Se a distribuição de água potável numa determinada cidade é controlada por sistemas informatizados, por exemplo, ao desestabilizar a rede de registros e distribuição por meio de uma invasão à intranet da empresa distribuidora água, um “ciber guerrilheiro” consegue atingir a cidade inteira.
Julian Assange, fundador do Wikileaks.
Espen Moe
Segundo institutos internacionais de pesquisas tecnológicas, várias nações e empresas do mundo estão usando as técnicas de guerra cibernética para desestabilizar a rede de terceiros. Em 2010, quando o fundador do Wikileaks, Julian Assange, foi preso, hackers e ciber ativistas favoráveis ao site realizaram uma corrente internacional para atingir sites de corporações e governos que apoiavam a prisão do editor.
A Ciber Guerra exige maior vigilância contínua para a proteção de sistemas críticos de computadores. A Ciber Guerra também oferece táticas e caminhos para a espionagem na área das comunicações e no controle das expressões pessoais e profissionais na Internet.
A partir dos anos 2000, o termo Ciber Guerra passou a ser mais popular, principalmente com o crescimento do acesso à Internet em todo o mundo. Segundo a empresa de informática McAfee, esse tipo de guerra deixou de ser ficção para se tornar realidade. Na década de 90, o cinema já tentava expressar a ideia desse conflito por meio do filme “A Rede” (“The Net”), protagonizado pela atriz Sandra Bullock e lançado em 1995.
No mundo, os principais focos de conflitos virtuais estão situados nas redes de países como China, Inglaterra (Reino Unido), França, Coreia do Sul e Alemanha, notadamente, países onde o uso da Internet é bastante avançado em nível de qualidade e de acessibilidade em setores como compras, serviços e dados governamentais.
A partir da segunda Guerra do Iraque, começou a especulação pela existência de uma lista de regras à Guerra Cibernética elaborada pelos EUA, para policiar as regiões iraquianas durante os combates e reconstruções pós-guerra. Há afirmações que o governo de Washington reuniu hackers que trabalharam em conjunto com as operações militares em terra para tentar antever e registrar conflitos.
Podemos concluir que, no presente e no futuro próximo, a Guerra Cibernética, além de pertencer a um grupo individualizado e conjunto de conflitos virtuais, se apresenta como uma tática paralela a uma guerra física, mas mantendo-se presente no dia a dia das pessoas.
Referências:
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/na-guerra-cibernetica-os-bits-viram-misseis
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* Fernando Rebouças é formado em Propaganda e Marketing e Pós-graduando em Produção Editorial pela Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro.