Home EstudosSala de AulaHistoria Movimentos Políticos-Culturais: 2. O Despotismo esclarecido

Movimentos Políticos-Culturais: 2. O Despotismo esclarecido

by Lucas Gomes

Alguns governantes absolutistas europeus adotaram princípios iluministas e
promoveram reformas importantes em seus países, com o objetivo de modernizá-los.
Entre eles estava: Sebastião José de Carvalho e Melo (o marquês de Pombal que
governou Portugal). Essa combinação entre absolutismo e iluminismo ficou conhecida
como Despotismo esclarecido, que significava: “Despotismo”, que se referiam
a um governo sem limites, e “Esclarecido”, referido como algo sábio.

O Despotismo Esclarecido pode ser considerado uma política reformista inaugurada
pela adoção de princípios iluministas nos reinos absolutistas. o Iluminismo
acabou sendo utilizadocomo um instrumento ideológico da burguesia na luta contra
o Antigo Regime.

Principais déspostas esclarecidos

Todos os déspotas usaram as idéias dos filósofos que fossem compatíveis com
seus interesses de monarcas absolutos e de seus Estados:

Na Prússia, Frederico II (1740 – 1786),
rei filósofo e discípulo de Voltaire, indiferente à religião, deu liberdade
de culto. Estimulou o ensino básico, tendo ele mesmo baixado o princípio
de instrução primária obrigatória para todos. Apesar da expulsão dos jesuítas
de quase todos os países da Europa, pelas suas ligações com o papado, atraiu-os
para a Prússia por causa de suas qualidades como educadores. A tortura foi
abolida e um novo código de justiça foi organizado. Exigia obediência total
às ordens, mas permitia liberdade de expressão e de culto. Procurou estimular
a economia da Prússia, adotando medidas protecionistas, contrárias, aliás,
às idéias iluministas. No entanto, preservou a ordem social existente. A
Prússia permaneceu um Estado feudal, com servos sujeitos à classe dominante
dos proprietários, chamados junkers.
O Estado no qual mais se fez propaganda das idéias novas,
e onde menos foram executadas, foi a Rússia. Catarina II
(1762 – 1796) atraiu os filósofos franceses à sua corte e mantinha com eles
correspondência regular. Estes lhe serviram de instrumento, pois muito prometeu
e pouco realizou de prático. Anunciou grandes reformas que jamais realizou.
É verdade que deu liberdade religiosa e preocupou-se em desenvolver a educação
das altas classes sociais. Mas o essencial permaneceu como era, ou melhor,
foi agravado. Trata-se da situação dos servos. A servidão não foi abolida
e os direitos dos proprietários sobre os servos da terra foram aumentados,
inclusive o de condenar à morte. Melhorou a administração e estimulou a
colonização da Rússia Meridional, na Ucrânia e no Volga. Talvez o resultado
único de sua política seja a polidez da alta sociedade russa, completamente
afrancesada nos usos e costumes.
José II (1780 – 1790), da Áustria, foi o
tipo mais acabado de déspota esclarecido. Fez numerosas reformas ditadas
pela razão. Aboliu a escravidão. Deu igualdade a todos perante a lei e os
impostos. Uniformizou a administração em todo o Império. Deu liberdade de
culto e direito de emprego aos católicos. Houve reações às suas reformas
na hungria e um levante dos belgas nso Países Baixos.
Na Espanha, o ministro Aranda pôs em execução
uma série de reformas. O comércio foi liberado internamente. A indústria
de luxo e tecidos de algodão foi estimulada. A administração foi dinamizada,
com a criação de intendentes que fortaleceram o poder do rei Carlos III.
Em Portugal, o Marquês de Pombal, ministro
de D. José I, fez numerosas reformas, que o colocaram entre os principais
déspotas esclarecidos. A indústria cresceu: vinho, peixces, diamantes, seda
e chapéus. O comércio começou a ser controlado por companhias que detinham
o monopólio nas regiões coloniais. Estimulou-se a agricultura da cana e
da videira. A nobreza e o clero foram perseguidos, com o objetivo de fortalecer
o poder real.

O LIBERALISMO ECONÔMICO


Adam Smith

• O Iluminismo influenciou também o pensamento econômico, dominado na
época pelos mercantilistas.
• As atividades comerciais eram consideradas as principais fontes de riqueza
e dependiam da proteção do estado para a sua pela realização.
• Com o fortalecimento da produção fabril, começaram a ganhar força teorias
que pregavam a liberdade econômica e a formação do livre mercado. Os teóricos
afirmavam q a intervenção do estado limitava o desenvolvimento das atividades
econômicas.
• Os primeiros economistas e defender essa idéia foram os fisiocratas.
Seu principal representante na França, foi François Quesnay, e outro Vicent
de Gournay que consagrou o lema Laissez faire, laissez passer (deixe fazer,
deixe passar), que se transformaria num dos princípios fundamentais do liberalismo
econômico.
Adam Smith: Fundador do liberalismo econômico que publicou
o livro Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.
Nessa obra, ele defende a liberdade de mercado e o trabalho como base de toda
a riqueza, em oposição aos mercantilistas e fisiocratas. Smith ainda era a favor
do trabalho livre assalariado e contrario ao protecionismo, ao sistema colonial
e á intervenção do estado na economia.

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