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Governo quer 1 milhão de estudantes nas universidades federais até 2012

by Lucas Gomes

Os 53 reitores das universidades federais assinaram nesta última quinta-feira,
13, o termo de adesão ao Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação
e Expansão das Universidades Federais) que pretende quase dobrar o número
de estudantes matriculados nas instituições até 2012. Para
tanto, o governo vai aplicar R$ 2,5 bilhões. No entanto, somente as instituições
que cumprirem o plano de metas terão direito aos investimentos.
A principal meta é que as universidades federais tenham 1 milhão
estudantes de graduação. Hoje, são cerca de 723 mil. Ou
seja, em cinco anos, as universidades federais terão 358 mil vagas a
mais.

Os objetivos incluem também a expansão no ensino noturno, ampliando
de 725 cursos para 1.299, em 2012. No total, as vagas devem aumentar dos atuais
38 mil para 79 mil, dentro de quatro anos.

Outra meta a ser cumprida pelas universidades é a redução
da evasão escolar, que é bastante alta. O Reuni busca elevar para
90% a taxa de estudantes que vão conseguir concluir os cursos de graduação
e aumentar para 18 o número de alunos nas universidades por professor
– hoje a relação é de 12 alunos por professor.

No entanto, para ser executado por completo, o programa vai precisar de apoio
no Congresso. O ministro Haddad apelou para que os parlamentares aprovem os
projetos de lei que autorizam a ampliação de vagas de professores
e técnicos em todo país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Congresso um projeto
de lei que propõe a criação de 45 mil cargos de professores
e técnicos administrativos para expansão das universidades e escolas
técnicas federais.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que 82 cidades
que não tem faculdades passarão a ter cursos superiores graças
a expansão do ensino universitário e técnico. Ele pediu
pressa ao Congresso para aprovar a criação dos cargos antes de
15 de abril para que as universidades possam realizar os primeiros concursos
ainda neste ano. O ministro disse que o Reuni ajudará a mudar a atual
proporção de 70% dos universitários matriculados em faculdades
privadas.

– Isso só se resolve com a expansão da universidade pública.
Enquanto houver espaço para o setor privado avançar, vai avançar
porque existe garantia constitucional para que exerça uma função
que o Estado não está exercendo. São ações
como Reuni que mudam a feição do sistema federal de ensino – disse
Haddad

Os reitores assinaram o termo de adesão e a previsão é
que recebam R$ 2,4 bilhões até 2011.

UFF receberá R$ 86 milhões e abrirá 55 cursos. Nas quatro
universidades federais do Rio, serão criados 131 cursos. Na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior federal do país, o salto será
de 6.625 para 9.965 calouros por ano, com a criação de 36 cursos
e investimento de R$ 195 milhões. A UFRJ enfrentou resistências
de estudantes e professores contrários à adesão ao programa.

A Universidade Federal Fluminense (UFF) vai receber R$ 86 milhões, com
a criação de 55 cursos a mais. A Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRRJ) ganhará R$ 32,3 milhões para criar 28 cursos.
Já a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) terá
R$ 37,5 milhões a mais para oferecer 12 novos cursos.

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