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Saiba como aproveitar melhor a nota do ENEM

by Lucas Gomes

Eficiente, justo e democrático. Treze anos após ser criado no
Brasil, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o Exame Nacional de
Cursos (Enem) virou peça importante para aumentar o acesso de estudantes
mais pobres a cursos de nível superior. “Se o Enem deixar de existir,
volta todo mundo à estaca zero, tamanha a importância que o exame
tem hoje”, diz o assessor pedagógico da Universidade Luterana do
Brasil (Ulbra) Airton Pozzo.

O resultado do Enem hoje é usado para compor a nota em centenas de vestibulares
e o exame tem a participação maciça (mesmo não sendo
obrigatória) de estudantes que concluem o ensino médio. Ano passado,
conforme o Ministério da Educação, foram mais três
milhões de brasileiros. “Um grande número de escolas, aliás,
já prepara seus alunos durante a formação”, diz.

Além disso, somente quem fez o teste pode ser inscrever no Programa
Universidade Para Todos (ProUni) e concorrer às bolsas de estudos parciais
ou integrais para estudantes de baixa renda. E esse é o objetivo da maioria
dos inscritos. Em 2007, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), a meta de 72,23% dos participantes do Enem era ingressar
em um curso superior, seguido de testar conhecimentos e capacidade de raciocínio
(16,72%) e conseguir um bom emprego ou saber se está preparado para o
futuro profissional (10,61%).

A principal vantagem do exame é que a nota só será usada
se for para beneficiar o candidato, sendo somada ao desempenho no vestibular.
Caso o resultado do Enem seja baixo, ele é descartado. Não há
uma regra específica para que as faculdades aproveitem a nota do exame.
Algumas reservam vagas para aluno com média maior ou igual a determinada
nota, enquanto que em outras o resultado Enem é somado à primeira
ou à segunda fase do vestibular. Por isso, os professores recomendam
sempre que os candidatos se informem sobre as faculdades que utilizam o exame.

Embora, a grosso modo, o exame possa ser considerado um vestibular, a formatação
das questões é peculiar. Além de não constar língua
estrangeira, a prova não é dividida por disciplinas como nos concursos
comuns. “São questões interdisciplinares, avaliando competências
e habilidades do candidato”, explica o professor Alberto Francisco do Nascimento,
coordenador de vestibulares do curso Anglo.

Assim como os pré-vestibulares, existem hoje cursos preparatórios
para o Enem. Entretanto, o professor Nascimento explica que o melhor para o
candidato é se preparar durante os anos de Ensino Médio, desenvolvendo
o domínio da linguagem e a argumentação. “Fazer as
provas anteriores é uma ótima forma de se preparar”, destaca.

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