Home Vestibular Parte dissertativa da prova pode ser respondida a lápis

Parte dissertativa da prova pode ser respondida a lápis

by Lucas Gomes

No próximo domingo (16), 49.287 vestibulandos de todo o Brasil devem ir
às 13h fazer o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A principal novidade deste ano é que as questões poderão
ser resolvidas a lápis, embora os organizadores do processo seletivo
recomendem o uso da caneta. “Com caneta, o candidato fica seguro de que
ninguém manipulou a sua prova”, afirma Leandro Tessler, coordenador-executivo
do vestibular. Mas, atenção: apenas a parte relativa às
questões pode ser respondida a lápis; a redação
continua sendo obrigatoriamente a caneta.

Outra novidade é que a prova não virá mais dividida em
dois cadernos -um com as questões e outro para as respostas. A Comvest,
comissão que organiza o vestibular da Unicamp, resolveu unificar os dois
blocos. Cada enunciado virá com espaço abaixo para resposta.

“Buscamos fazer uma prova mais próxima daquelas que os vestibulandos
costumam ter no ensino médio”, afirma Tessler. De acordo com ele,
a mudança abre possibilidades para a elaboração das questões.
Tessler diz que pode haver questões a que o candidato tenha que responder
diretamente no gráfico do enunciado, por exemplo, desenhando uma parábola
sobre a imagem.

A prova da primeira fase tem 12 questões dissertativas e uma redação,
que pode ser feita como dissertação, narrativa ou carta. Cada
parte vale 48 pontos, somando 96.

Só são corrigidas as redações dos candidatos que
tiverem as pontuações mais altas nas questões gerais, num
total de oito a 12 vezes o número de vagas por carreira. O candidato
que tirar nota zero na redação é desclassificado.

Paciência

“A prova da Unicamp é sempre temática”, diz o coordenador
do cursinho Etapa, Edmilson Motta. “Mas o tema é algo de atualidades,
então, não deve ser surpresa para ninguém.” Motta
diz que uma candidata forte ao tema da prova é a questão do biodiesel
e que a crise financeira do mercado norte-americano tem menos chance de cair,
“por ser mais recente”.

Ele aconselha que os vestibulandos refaçam provas anteriores (disponíveis
no site www.comvest.unicamp.br). “O estudante deve chegar preparado, porque
é uma prova em que tem que ter paciência”, diz Motta. “Muita
paciência para ler os textos e os gráficos com muito cuidado.”

Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do cursinho Anglo, também
recomenda que os candidatos continuem estudando nesta semana, “mas no ritmo
de sempre”. “E sábado não é dia de estudar. Tem
que dar uma descansada.”

A vestibulanda Davyllen Fernandes, 19, está estudando desde o início
do ano. Além da Unicamp, ela vai prestar Unesp e USP, mas quer mesmo
estudar em Campinas. “Fiquei um ano [2007] sem estudar, mas agora estou
me esforçando e acho que vai dar”, diz ela.

Victor Ricciardi, 18, também quer Unicamp. Ele nasceu em Campinas e
está em São Paulo porque seus pais vieram para a capital, mas
diz ter boas lembranças da instituição campineira. “Eu
jogava basquete lá quando era menor”, lembra ele, que estuda no
Etapa desde março para conseguir entrar em engenharia mecânica
na sua cidade natal.

Unicamp em números

49.287 é o número de inscritos no vestibular

3.434 é o total de vagas

66 é o número de cursos oferecidos pela Unicamp; a Famerp oferece
dois cursos

12.930 inscritos são de São Paulo, cidade que teve o maior número
de candidatos

202 inscritos são de Curitiba, município que teve o menor número
de inscritos

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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