Home Vestibular Dicas – No ano da renúncia, provas devem lembrar Fidel

Dicas – No ano da renúncia, provas devem lembrar Fidel

by Lucas Gomes

Em
3 de dezembro de 1976, Fidel Castro consolidou formalmente a condição
de chefe de Estado e de governo de Cuba. Mas é o período em que
atuou como primeiro-ministro, desde a Revolução Cubana, em 1959,
que costuma chamar a atenção nas provas de vestibular. Cuba pode
aparecer fácil nas provas pela importância geopolítica que
teve, especialmente em uma época de Guerra Fria.

É importante lembrar que o movimento de Fidel não era comunista,
mas tencionava reduzir as intensas desigualdades sociais da ilha. Foi com a
pressão norte-americana, que retaliava a estatização de
empresas e a reforma agrária, que Cuba aproximou-se da União Soviética.

Foi no episódio da invasão da Baía dos Porcos, em 1961,
quando 2 mil comandos armados pelos Estados Unidos tentaram derrubar o regime
revolucionário, que Fidel decidiu declarar o país socialista.
Mas Cuba não era um mero instrumento soviético encravado na América
Latina. Apesar de depender da URSS, que trocava açúcar por petróleo,
por exemplo, para combater o embargo norte-americano, os cubanos não
eram comandados militarmente pelos russos, como outros países da Cortina
de Ferro. Inclusive, Cuba integrou, nos anos 70, o movimento dos países
não-alinhados, como o Egito, Iugoslávia e Indonésia.

Com a renúncia de Fidel, em fevereiro de 2008, e a ascensão de
seu irmão, Raúl Castro, ao poder, voltava a dúvida sobre
quanto o regime socialista poderia durar em Cuba.

> Saiba
mais sobre a trajetória do líder cubano e sua renúncia

As gerações de cubanos da época da revolução
seguem legitimando o governo de Fidel por conta da redução das
desigualdades e do investimento em educação e saúde básicos.
Mas também por um respeito às figuras que retiraram o país
de uma seqüência de ditadores apoiados pelos Estados Unidos – dentre
as quais, a mais emblemática, a de Che Guevara.

Che virou um ícone mundial pela sua coerência, por lutar pelos
seus ideais onde quer que fosse. O próprio Fidel estatizou primeiro as
terras de sua família. Enquanto o povo daquela época estiver vivo,
sempre haverá respaldo a Fidel. Evidentemente, as décadas vividas
sob um regime de partido único e com restrições à
liberdade de expressão também deixam marcas. A nova geração
sonha, com toda a razão, com novas conquistas em um mundo bem diferente.

Assim, vale a pena olhar mais de perto o caso cubano antes dos vestibulares
deste verão – até porque, em janeiro, a revolução
de Fidel completa 50 anos.

Posts Relacionados