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Federais terão quatro maneiras de usar novo Enem como vestibular

by Lucas Gomes

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que as universidades
federais terão quatro formas de utilizar o novo Enem (Exame Nacional
do Ensino Médio) como vestibular.

O MEC (Ministério da Educação) pretende defender a implantação
da nova prova como fase única de seleção para as universidades.
“Mas qualquer forma de participação é melhor do que
nenhuma”, disse Haddad em entrevista coletiva em Brasília.

O comitê que discute e elabora as diretrizes do novo Enem definiu que
as quatro formas de participação das universidades serão
as seguintes:

1- usar o Enem como prova única para a seleção
de ingresso;
2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional.
Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem
que será utilizado na média definitiva;
4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas
ociosas da universidade.

“Universidades que entendem que podem dar um passo mais ousado, darão.
Por que vedar a participação por outra metodologia daquelas que
não se sentem seguras para adotar o Enem como fase única? Seria
autoritário e arbitrário da parte do MEC só aceitar participação
na modalidade de fase única”, disse Haddad.

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Segundo o ministro, as instituições de ensino terão liberdade
para escolher qual forma adotar e para sugerir outras aplicações
do novo Enem no ingresso e na seleção de vestibulandos.

As universidades poderão, inclusive, utilizar mais de uma modalidade,
dependendo do curso. Ou seja, será possível, por exemplo, adotar
o novo Enem como fase única para cursos menos concorridos, e como primeira
fase para graduações mais disputadas – que é o caso de
medicina.

Haddad afirma que há reitores que temem que adotar o Enem no lugar do
vestibular pode prejudicar a inclusão social. “O novo Enem é
compatível com ações afirmativas”, assegurou. Outros
dirigentes de federais temem pelo rompimento da tradição do vestibular,
acrescentou o ministro.

Haddad esteve reunido por mais de duas horas no comitê que organiza o
novo Enem. Estiveram presentes reitores de federais, como Amaro Henrique Pessoa
Lins, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior).

O comitê definiu nessa sexta que o Consed (Conselho Nacional de Secretários
de Educação) deverá participar da elaboração
da nova prova – pois é responsável pela oferta do ensino médio
no país. Sociedades científicas também serão convidadas
a participar das discussões sobre o novo modelo de Enem.

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