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Ao menos 25 das 55 federais devem adotar o novo Enem

by Lucas Gomes

Ao menos 25 das 55 universidades federais deverão usar o novo Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio), previsto para outubro, como forma de seleção
de seus alunos. Dessas, 14 tendem a utilizar somente o Enem para selecionar
os estudantes. É o que mostra levantamento do jornal Folha de S.Paulo.

Essa é uma das quatro alternativas para o novo Enem estabelecidas pelo
MEC. As outras são: usar o exame como primeira fase da seleção
(escolha feita por três universidades); usar a nota na prova para atribuir
um percentual na avaliação final dos candidatos (opção
de cinco delas); e usá-lo para preencher vagas remanescentes (escolha
da UFSM, no RS).

Outras duas optaram por um misto das alternativas. A Unifesp usará o
Enem para todos os cursos, mas alguns poderão fazer segunda fase. E a
UFBA fará vestibular para alguns cursos e só Enem para outros.
Nas 25 universidades, serão disputadas ao menos 80 mil vagas.

O prazo final para adesão ao novo Enem é 8 de maio. Um encontro
do MEC com reitores das federais, em Brasília, discute o sistema unificado
de seleção. O evento termina hoje.

O novo Enem terá 200 questões, sobre quatro áreas de conhecimento
(linguagens e códigos, ciências humanas, ciências da natureza
e matemática). A prova será em dois dias.

As decisões de aderir ou não ao novo Enem deverão ser
tomadas pelas universidades após o encontro. O levantamento da Folha
mostra que a proposta do MEC teve boa aceitação, afirma Reynaldo
Fernandes, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira).

Preocupações

As reitorias estão realizando reuniões conjuntas para discutir
os impactos da proposta. Em Minas Gerais, onde há 11 federais, por exemplo,
o Fórum das Comissões de Processos Seletivos se preocupa com uma
“fuga de cérebros” para universidades com mais prestígio.

Há preocupação ainda com um fenômeno inverso – a
migração de estudantes de grande centros para regiões mais
pobres. Assim, haveria menos vagas para os alunos locais nos cursos mais concorridos.
“Provavelmente estes jovens retornarão, após graduarem-se,
aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico
e social das regiões mais carentes”, afirma o reitor da UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.

O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades.
Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências.
Quem colocar um curso como primeira opção terá prioridade,
mesmo com nota menor, sobre outro que escolha o mesmo curso como segunda opção
e não seja aprovado na primeira escolha.

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