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A inflação no Brasil e no mundo

by Lucas Gomes

No Brasil, para quem viveu o período de redemocratização política, principalmente a partir do ano de 1985, lembra da hiperinflação que galopava diariamente na vida do brasileiro por meio das remarcações constantes de preço, ausência de crédito de longo prazo e a existência de investimentos paralelos ao do serviço bancário.

A partir do ano de 1994, com a implementação do Plano Real, no primeiro mandato do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o país iniciou um novo período de estabilidade e controle da inflação, ainda sob as rédeas e altos empréstimos concedido pelo FMI, dívida externa que só seria paga integralmente nos primeiros anos de mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010).

A inflação é o principal fator de acréscimo nos valores dos produtos e serviços consumidos e, consequentemente, no custo de vida das pessoas. Em 2008, depois da crise imobiliária nos EUA, o mundo entrou numa nova crise econômica que se desenrolou nos anos de 2009 e 2010, limitando mercados na América do Norte, Europa e Ásia. Somente países emergentes como o Brasil, Índia e China se mantiveram equilibrados e saíram mais rápido das limitações.

Mas apesar da volta do crescimento econômico brasileiro, o reaquecimento na produção e no consumo interno no país verificado a partir de 2007, trouxe a sombra da inflação de volta, pois a aumento da procura forçou a aumento dos preços de alguns gêneros e a demanda por determinados insumos para a produção. O desafio do Brasil é crescer economicamente, se desenvolver, construir estruturação social, mas sem gerar perdas ou alta no custo de vida.

Em 2011, a China revelou que o país está passando pelo mesmo desafio, Wen Jiabao, anunciou que o país terá que trabalhar para evitar o aumento exageradamente rápido dos preços, pois o grande objetivo do governo é manter a estabilidade da economia.

Na China, em dezembro de 2010, o índice de preços ao consumidor subiu 4,6%, percentual menor em comparação com o mês de novembro, que registrou 5,1%. No mesmo período, no Brasil, o mercado financeiro, segundo documento do Banco Central, ajustou a estimativa relativa ao Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) para 5,90% em 2010 e 5,31%, para 2011. A estimativa anterior para 2011, era de 5,29%.

No inicio do governo Dilma, em janeiro de 2011, a grande promessa do governo foi o corte de gastos, além da elevação da cotação do dólar e elevação das taxas de juros para conter a inflação. Desde o ano de 2009, período final do governo Lula, as metas fiscais não foram cumpridas e não foram atingidas em 2010, um dos motivos para o acréscimo na taxa da inflação no fim do governo Lula.

Confira o histórico no Brasil

  • Década de 1930 = média anual de 6%;
  • Década de 1940 = média anual de 12%;
  • Década de 1950 = 19%;
  • Décadas de 1960 e 1970 = 40%;
  • Década de 1980 = 330%;
  • Entre 1990 a 1995 = média anual de 764%;
  • Entre 1995 a 2000 = média anual de 8,6%;

Histórico no Brasil de 1998 a 2010

  • 1998 = 1,65%
  • 1999 = 8,94%
  • 2000 = 5,97%
  • 2001 = 7,67%
  • 2002 = 12,53%
  • 2003 = 9,3%
  • 2004 = 7,6%
  • 2005 = 5,69%
  • 2006 = 3,14
  • 2007 = 4,46%
  • 2008 = 5,90%
  • 2009 = 4,31%
  • 2010 = 5,91%

Confira o gráfico com o histórico da média anual de inflação no Brasil:

Para o ano de 2010, a meta de inflação era de 4,5%, mas a inflação real teve uma alta e atingiu 5,91%. Segundo especialistas, o Banco Central cumpriu o seu compromisso , mas afrouxou no final do ano, propiciando o aumento do preço da carne e do pão para o consumidor final brasileiro. Em 2010, o IPCA na alimentação cresceu 10,39%. Segundo especialistas, o índice de inflação brasileira não deve ficar restrita aos alimentos, o setor de serviços, por exemplo, está aquecido pela queda do desemprego e aumento da renda do brasileiro. A inflação no Brasil é estimada pelo Sistema de Metas de Inflação, criado em 1999, e é uma das instituições que influenciam na calibragem da taxa de juros.

Referências:

http://resumododia.com/inflacao-2010.html

http://blig.ig.com.br/blogdojoaodarocha/2008/12/02/historico-da-inflacao-no-brasil/comment-page-1/

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/868807-sem-corte-dilma-nao-reduz-ceticismo-sobre-a-inflacao.shtml

http://cadaminuto.com.br/noticia/2010/12/27/mercado-volta-a-elevar-projecao-para-inflacao-em-2010-e-2011

http://www.amattos.eng.br/Public/Curso_MF/Teoria/CAD-4/cad4-4.htm

http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/bc-cumpriu-a-meta-de-inflacao-sem-louvor

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* Fernando Rebouças é formado em Propaganda e Marketing e Pós-graduando em Produção Editorial pela Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro.

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