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2ª Guerra Mundial: 1. A batalha de Iwo Jima

by Lucas Gomes

Pearl Harbor, kamikazes, Hiroshima e Nagasaki. Em geral, essas palavras são
tudo o que a maior parte do público (especialmente, o brasileiro) já
ouviu falar a respeito da campanha no Pacífico, travada entre os Estados
Unidos e o Japão durante a Segunda
Guerra Mundial
.
Com os filmes “A Conquista da Honra” e “Cartas
de Iwo Jima
“, filmes dirigidos por Clint Eastwood, é provável
que um nome bastante familiar para os públicos norte-americano e japonês
se torne também familiar para o público brasileiro: Iwo Jima (cuja
pronúncia correta é “Ivo Jima”).

Iwo Jima é uma ilha com apenas cerca de sete quilômetros de comprimento
e seu terreno é dominado pelo monte Suribachi, na verdade, uma montanha
vulcânica, com cerca de 180 metros de altura.


Imagem aérea de Iwo Jima, datada de 1967

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em parte essa pouca familiaridade com o assunto se deve ao fato de que, durante
a Segunda Guerra Mundial, o Brasil se envolveu diretamente com o conflito na
Europa e não com o conflito no Pacífico. Os pracinhas da FEB (Força
Expedicionária Brasileira) e os pilotos da FAB (Força Aérea
Brasileira) lutaram na Itália contra o exército da Alemanha nazista
e não contra o exército japonês em ilhotas do Pacífico.

Pearl Harbor: o começo

A campanha do Pacífico teve início com o ataque japonês
à base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro
de 1941, e terminou em agosto de 1945 com as bombas atômicas lançadas
pelos Estados Unidos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Nesses quase quatro anos de conflito, japoneses e norte-americanos se enfrentaram
numa série de batalhas, a maioria delas navais ou travadas em ilhas.
Ao se enfrentarem nessas ilhas, tanto os combatentes norte-americanos quanto
os japoneses estavam quilômetros longe de seus respectivos lares.

Milhares de pessoas de ambos os lados morreram por causa desse conflito e um
número ainda maior de pessoas participou dos combates. Foi uma guerra
que mudou para sempre a história tanto dos Estados Unidos quanto do Japão.


Cruzador dos EUA afundando durante o ataque a Pearl Harbor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma ilhota que sequer estava nos planos

Quando teve início a guerra com o Japão, o que nenhum estrategista
do Pentágono, como é conhecido o prédio onde funciona o
comando das forças armadas dos Estados Unidos, em Washington, poderia
imaginar é que uma ilhota vulcânica e inóspita seria palco
de uma batalha decisiva.

Iwo Jima, cujo nome em japonês significa “ilha de enxofre”
(uma referência ao odor de enxofre que impregna a ilha, exalado pelo seu
terreno vulcânico), sequer constava nos planos elaborados pelos estrategistas
norte-americanos durante os primeiros anos da guerra. Durante muito tempo, o
principal objetivo nos planos traçados pelos estrategistas era Formosa
(nome pelo qual a ilha de Taiwan era mais conhecida no Ocidente, o nome “Formosa”
foi dado pelos navegantes portugueses, numa referência à beleza
da ilha).

Taiwan estava sob ocupação japonesa e havia se tornado o principal
objetivo dos estrategistas norte-americanos tão logo o general Douglas
Mac Arthur reconquistou as Filipinas para os Estados Unidos (na época,
as Filipinas eram uma possessão norte-americana, que durante a guerra
foi invadida e ocupada pelos japoneses).

No entanto, Taiwan apresentava sérios obstáculos para as forças
norte-americanas: era uma ilha grande, estava fortemente defendida pelos japoneses
e uma grande distância ainda a separava do Japão,o que não
a tornava o local mais adequado para servir de base para aviões norte-americanos
partirem para bombardeios contra as cidades japonesas. Foi então que
o nome “Iwo Jima” foi cogitado e passou a constar nos planos.

Pistas de pouso

A idéia dos estrategistas norte-americanos era transformar a ilha,
então ainda ocupada pelas forças japonesas, numa base para aviões
bombardeiros. Os japoneses haviam construído pistas de pouso em Iwo Jima.
Essas eram usadas pelos aviões japoneses (tanto bombardeiros quanto caças).
O plano dos militares norte-americanos era tomar a ilha (o que já se
sabia uma tarefa difícil) e reaproveitar as pistas construídas
pelos próprios japoneses.

Construir uma pista de pouso é uma tarefa árdua e demorada, por
isso,os norte-americanos não tinham interesse em destruir as pistas de
pouso construídas pelos japoneses. Além disso, Iwo Jima estava
exatamente no meio do caminho entre as ilhas Marianas e o Japão.

No final de 1944, muitos aviões B-29 (bombardeiros norte-americanos)
que partiam das ilhas de Saipan e Tinian foram abatidos próximos de Iwo
Jima. Os Estados Unidos perderam mais aviões B-29 em ataques inimigos
vindos de Iwo Jima do que em fogo lançado pelas eventuais defesas anti-aéreas
situadas no Japão.

Todos esses fatos foram usados como argumento pelos estrategistas norte-americanos
para justificar uma invasão à ilha. Assim, em outubro de 1944,
Charles W. Nimitz, almirante da marinha norte-americana,começou os preparativos
para uma invasão norte-americana em Iwo Jima, a ser realizada ainda no
início do ano seguinte.

Preparativos da invasão

Diferentemente de operações anteriores no Pacífico (Ilhas
Salomão, Ilhas Marshall, Ilhas Marianas), a invasão norte-americana
em Iwo Jima ia focar-se em uma única ilha. Mais uma vez, os fuzileiros
navais norte-americanos, os marines (chamados erroneamente de “marinheiros”
nas traduções brasileiras de muitos filmes), participariam dos
combates em terra. Nos Estados Unidos, os fuzileiros navais constituem uma força
armada à parte, separada da marinha norte-americana.

Antes da invasão propriamente dita,uma série de ataques aéreos
norte-americanos foi feita contra Iwo Jima. Esses ataques tiveram início
em dezembro de 1944, mas apesar da grande quantidade de bombas lançadas
pelos aviões nesses ataques, eles se mostraram ineficazes. Isso levou
a inteligência norte-americana a concluir que não era uma questão
de quantidade, mas de precisão: o mais importante não era lançar
muitas bombas, mas que elas acertassem os alvos. Em Iwo Jima, os soldados japoneses
construíram uma rede de abrigos e túneis que os protegeu muito
bem da maioria desses ataques aéreos.

Os profissionais da inteligência norte-americana estimavam que o número
de combatentes japoneses em Iwo Jima não seria superior a 13 mil homens.
Eles estimavam esse número porque concluíram que os japoneses
não deveriam dispor de água potável em quantidade suficiente
para um número maior de homens. Nisso, podemos identificar dois erros
estratégicos, um do lado norte-americano, outro do lado japonês.

O erro norte-americano foi o serviço de inteligência não
saber ao certo quantos soldados japoneses estavam de fato na ilha. Além
disso, o número de soldados japoneses na ilha era muito maior que o estimado:
mais de 20 mil. O erro japonês: não havia de fato água potável
suficiente para essa quantidade de homens e semanas antes da invasão
norte-americana os japoneses já enfrentavam a escassez, consumindo ínfimas
quantidades de água racionada.

O inferno, literalmente

As forças norte-americanas já esperavam que os combatentes japoneses
que defendiam a ilha ofereceriam violenta resistência. Já havia
sido assim em batalhas anteriores travadas em outras ilhas e não havia
motivos para crer que seria diferente em Iwo Jima. Mesmo assim, os estrategistas
norte-americanos acreditavam que a vitória seria rápida, que os
Estados Unidos assumiriam o controle da ilha em pouquíssimo tempo, que
a batalha duraria poucos dias.

Eles estavam enganados: a batalha foi acirrada e durou cerca de um mês,
que pareceu interminável para sobreviventes de ambos os lados. Eles vivenciaram
um verdadeiro inferno: imagine o que deve ter sido a sensação
de lutar num lugar impregnado pelo cheiro de enxofre e de carne humana queimada,
acompanhado do som intermitente de tiros e explosões.

Um general sensato


Tadamichi Kuribayashi, general
da Armada Imperial Japonesa

O grande trunfo dos japoneses em Iwo Jima era a presença do general
Tadamichi Kuribayashi. Diferente de outros militares japoneses da época,
Kuribayashi era sensato e preferiu ignorar várias das táticas
e tradições militares adotadas pelos seus colegas. Muitos militares
japoneses acreditavam que o importante era que o máximo de soldados japoneses
sacrificassem sua próprias vidas em honra do imperador.

Kuribayashi pensava diferente: para ele o mais importante era vencer e por
isso orientou seus homens para que poupassem recursos e matassem o maior número
possível de norte-americanos. Assim, naquele momento, para Kuribayashi,
os homens sob seu comando eram mais úteis vivos do que mortos.

Essa mudança de estratégia não foi suficiente para evitar
a derrota japonesa, mas produziu um resultado até então inédito:
em Iwo Jima, foi travada a única batalha da campanha do Pacífico
em que os fuzileiros navais norte-americanos sofreram mais baixas do que as
causadas aos japoneses.

De modo geral, Kuribayashi estava preparado para a invasão norte-americana:
os combatentes japoneses na ilha dispunham de grandes estoques de armas, munições,
rádios para comunicação, ferramentas e mantimentos, exceto,
vale lembrar, de água potável. Kuribayashi também havia
levado para a ilha alguns dos melhores engenheiros militares que o Japão
dispunha.

Esses engenheiros eram experientes, e já haviam trabalhado para as forças
armadas japonesas na China e na Manchúria. A areia vulcânica encontrada
em Iwo Jima produzia uma espécie de concreto muito resistente a tiros
de canhão, vantagem essa que foi explorada na construção
de fortificações. Por isso, é comum afirmar que Iwo Jima
foi caracterizado pela luta da “carne e sangue norte-americanos contra
o concreto japonês”.

Além das fortificações, os japoneses construíram
abrigos escavados na rocha. Os soldados ficavam escondidos nesses abrigos subterrâneos,
nos quais estocavam comida e munições, e de onde disparavam tiros
de morteiro ou de canhão.

Finalmente, no dia 19 de fevereiro de 1945, três divisões dos
fuzileiros navais dos Estados Unidos, com pouco mais de 70 mil homens, desembarcaram
na ilha. Para transportá-los foram utilizados 68 veículos anfíbios.
Quase a metade dos fuzileiros dessas três divisões já tinha
experiência em combate.

Alguns deles, como, por exemplo, o sargento de artilharia John Basilone mais
conhecido pelo apelido “Manila John” (que ele ganhou por ter servido
o exército norte-americano nas Filipinas antes de se juntar aos fuzileiros),
já haviam lutado contra os japoneses na batalha de Guadalcanal (uma das
ilhas Salomão), travada em 1942. Ele recebeu a Medalha de Honra, em reconhecimento
a suas ações em Guadalcanal, mas se recusou a receber patente
de oficial e se apresentou como voluntário para voltar a lutar no Pacífico.

Outros eram bem mais jovens, caso do recruta Anthony Muscarella, que se alistou
quando tinha apenas 14 anos (ele mentiu na idade para poder se alistar). Dois
anos depois, ele já era um veterano que havia lutado nas ilhas Marianas,
apesar de seus apenas 16 anos de idade.

As praias da ilha

O primeiro obstáculo enfrentado pelos fuzileiros navais norte-americanos
em Iwo Jima foram as própria praias da ilha. A areia preta das praias
imobilizava veículos de quatro rodas, chegando a entupi-los.

Kuribayashi ordenou aos seus soldados que não disparassem durante os
primeiros momentos do desembarque. Assim, para não revelar suas posições,
a artilharia japonesa permaneceu em silêncio. Logo após o desembarque,
a maioria dos fuzileiros começou a seguir em direção ao
monte Suribachi. Os norte-americanos contavam com os pesados tanques M-4 Sherman,
mas subir a colina era tarefa para os fuzileiros a pé (o que significava
correr vários riscos).

Tão logo os norte-americanos avançaram uns 500 metros no interior
da ilha, eles foram surpreendidos quando os japoneses começaram a disparar
com força total usando morteiros e outras armas. Um dos que morreram
no ataque foi o sargento Basilone.

A tomada do monte Suribachi


Visão aérea do Monte Surabachi, datada de 2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto não conseguissem tomar o monte Suribachi, os norte-americanos
permaneceriam extremamente vulneráveis aos ataques inimigos. Para eles,
era de vital importância tomar o monte. Por sua localização,
a elevação oferecia uma vantagem estratégica para quem
estivesse no alto: de suas encostas era possível lançar fogo de
artilharia para qualquer direção.

Poucas horas antes do amanhecer do dia 23 de fevereiro daquele ano, os norte-americanos
tomaram o monte Suribachi. Escolheu-se esse horário para a tomada porque
daria uma dupla vantagem: a escuridão permitiria que os norte-americanos
passassem pelos inimigos sem ser vistos e logo depois poderiam enfrentá-los
à luz do dia. Naquela manhã, ocorreu o momento que seria imortalizado
numa das imagens mais famosas da guerra: o hasteamento da bandeira dos Estados
Unidos no topo do Suribachi.

Dois hasteamentos

Na verdade, ocorreram dois hasteamentos da bandeira, ambos registrados pelo
fotógrafo Joe Rosenthal, que faleceu em agosto de 2006. O tenente-coronel
em comando ordenou que fosse feito um segundo hasteamento, dessa vez com uma
bandeira maior, para que ficasse mais visível para todos. A segunda bandeira
tinha cerca do dobro do tamanho da usada no primeiro hasteamento.

A foto do segundo hasteamento acabou se tornando uma das imagens mais famosas
da Segunda Guerra Mundial e a mais bem explorada pela propaganda de guerra.
A cena foi reproduzida em inúmeros cartazes e selos comemorativos. Essa
foto rendeu um prêmio Pulitzer, o “Oscar” do jornalismo norte-americano,
para Rosenthal. Fato semelhante na Segunda Guerra Mundial ocorreria no dia 30
de abril daquele ano: durante a batalha de Berlim, os soldados soviéticos
hastearam duas vezes a bandeira da União Soviética no prédio
do Reichstag (foi feito um segundo hasteamento porque o primeiro não
havia sido fotografado).


Foto do segundo hasteamento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seis soldados participaram do hasteamento, mas na foto um deles não
está visível. Três dos soldados que participaram do evento
acabaram morrendo durante combates em Iwo Jima. Segundo relatos de veteranos,
a bandeira hasteada elevou a moral dos combatentes norte-americanos na ilha.
O fato foi comemorado, mas a batalha ainda estava longe do fim.

Espírito de samurai

Para atacar no terreno íngreme, os fuzileiros norte-americanos usaram
lança-foguetes, que eram colocados em jipes. Os norte-americanos recorreram
a tanques lança-chamas para penetrar nos abrigos de concreto construídos
pelos japoneses.

Muitos soldados japoneses que estavam nesses abrigos ao ouvirem o som dos lança-chamas
cometiam suicídio: era preferível tirar a própria vida
do que esperar ser queimado pelas chamas. Os norte-americanos também
chegaram a explodir cavernas onde estavam escondidos soldados japoneses.

Samaji Inouye, um capitão da marinha imperial japonesa, decidiu lançar
um ataque “banzai” em 9 de março. Um ataque “banzai”
consistia em uma última tentativa de resistência, um ato de desespero.
Esse tipo de ataque era fiel ao espírito samurai, segundo o qual era
melhor morrer lutando a passar pela humilhação de uma derrota
(a rendição era considerada um ato de covardia). “Banzai”
é uma expressão japonesa, cuja tradução literal
é “dez mil anos”, no sentido de “vida longa”.

Durante esse ataque “banzai”, os japoneses conseguiram matar dezenas
de fuzileiros norte-americanos, mas perderam cerca de 800 homens. Apesar da
resistência violenta, o esforço foi em vão. Os combates
continuaram intensos.

Em fins de março, não se sabe com certeza a data exata, o general
Kuribayashi cometeu suicídio em seu posto de comando. Desde o início,
ele sabia que morreria na ilha. Diante da derrota iminente, no dia 26 de março,
os japoneses lançam um novo ataque “banzai”. Cerca de 300 soldados
japoneses participaram dessa última grande investida. Mais uma vez, em
vão. A vitória foi dos norte-americanos. Poucas horas depois,
um general dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, Harry Schmidt, declarou
que a operação militar em Iwo Jima havia sido concluída.

Saldo final

Os Estados Unidos saíram vitoriosos da batalha de Iwo Jima, mas a vitória
custou muitas vidas humanas. Mais de 5 mil norte-americanos morreram na ilha
(os historiadores divergem quanto ao número exato, alguns hoje falam
em mais de seis mil). O número de baixas (que inclui os feridos) entre
os norte-americanos foi ainda maior: passou de 24 mil.

No lado japonês, as perdas foram ainda maiores: cerca de 20 mil japoneses
morreram. Os norte-americanos não conseguiram fazer muitos prisioneiros:
apenas pouco mais de mil japoneses foram capturados vivos.

Quatro dias depois da tomada de Iwo Jima, teve início a invasão
norte-americana à ilha de Okinawa. Os caças norte-americanos já
estavam utilizando as pistas de vôo conquistadas, que se tornou também
um local para reabastecimento. Com a tomada de Iwo Jima, pela primeira vez,
todas as ilhas que compõem o arquipélago japonês estavam
sendo bombardeadas pelos aviões norte-americanos.

O número de civis japoneses que morreram em bombardeios aéreos
foi superior ao número de vítimas dos bombardeios aéreos
da força aérea alemã sobre a Grã-Bretanha. Durante
ataques aéreos noturnos, os aviões norte-americanos lançavam
bombas incendiárias. A maioria das casas japonesas era de madeira, o
que fazia o fogo se espalhar mais depressa.

Violência crescente

Na época, as notícias sobre a carnificina em Iwo Jima geraram
muita repercussão entre o público norte-americano. O elevado número
de mortos e feridos na batalha levou parte da opinião pública
norte-americana a questionar sobre a real necessidade de se invadir a ilha.
Durante a campanha do Pacífico, uma coisa pareceu ficar clara: conforme
os norte-americanos iam avançando de ilha em ilha, os combates iam se
tornando cada vez mais violentos e o número de baixas em cada nova batalha
era sempre maior do que a da anterior.

Em Iwo Jima haviam morrido mais norte-americanos que nas batalhas anteriores.
A batalha seguinte, travada na ilha de Okinawa, custou a vida de cerca de 13
mil norte-americanos. Já existia um plano de invasão ao Japão,
uma operação militar que seria mais ambiciosa do que o Dia D.
A vitória norte-americana já estava garantida, mas os estrategistas
norte-americanos estimavam que, caso a invasão ocorresse, o número
de mortes em ambas os lados, seria ainda maior que os registrados nas batalhas
de Iwo Jima e Okinawa.

No final, a invasão não foi necessária, pois, numa decisão
polêmica, o governo dos Estados Unidos ordenou os lançamentos das
duas bombas atômicas contra o Japão, que acabou se rendendo.

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