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Marrocos: 15. Principais cidades

by Lucas Gomes


As muralhas de RabatRABAT

Capital do Reino de Marrocos, possui uma população de 1.344.000
habitantes (incluindo Salé). Situada junto ao mar, na foz do Bu-Regreg,
é a capital administrativa e política do Marrocos.

No local hoje ocupado por Rabat existiu a localidade de Chella, designada Sala
Colonia pelos Romanos. No século XII, foi a capital do império
almorávida. Nesta cidade ergue-se o Palácio Real. É a sede
do governo, dos ministérios e da administração central.
A cidade é dominada pela torre Hassan, com cerca de 44 metros de altura.

 


Medina de Fèz

FÈZ

É a mais antiga das cidades imperiais e é considerada por muitos
o coração de Marrocos. A medina de Fèz el-Bali (a antiga
Fèz) é uma das maiores cidades medievais do mundo e as portas
e muros que cercam a cidade fazem desta uma das melhores atrações
de todo o país.

Com a chegada dos alauitas (1664), voltou a ser capital até o ano de
1912, quando começou o protetorado francês. Nesta data Rabat virou
a capital administrativa do país.

A cidade se divide em dois lados totalmente distintos. Fèz el-Bali ou,
“Cidade Velha” e Fèz el-Jedid, “Cidade Nova”.

Dentro da cidade velha, no meio das cerca 9.400 ruas e vielas, encontra-se a
Medersa Bou Inania, universidade de Teologia construída em 1350, a mais
antiga do mundo árabe-islâmico. Nas proximidades fica o souk de
hena, um mercado especializado na tinta extraída desta planta, que as
mulheres usam para colorir o cabelo e tatuar as mãos e os pés.
A poucos metros da cidade murada fica Fèz el-Jedid, que abriga a comunidade
judaica da cidade e alguns magníficos edifícios.


A torre da Mesquita de Koutoubia, em
Marrakesh

MARRAKESH

Fundada em 1062 pelo Sultão Almoravid Yousef Ibn Tachfin, foi no reinado
de seu filho, Ali, que foram construidos os túneis que servem para irrigar
os inúmeros jardins da cidade.

Marrakesh é uma das quatro cidades imperiais do Marrocos, que fascina
os visitantes por suas cores contrastantes: o vermelho das casas, o verde das
palmeiras, e o branco das montanhas do Alto Atlas.

Teve o privilégio de dar o seu nome a todo país. A cidade nasceu
de uma “Kasbah” (acampamento) estabelecido pelo rei Almorávides
Abou Bekr em 1070 num oásis entre as cordilheiras Atlas e perto do Sahara.
Foi capital das dinastias dos Almorávides, dos Almohades (1146-1268)
e dos Saadianos (1520-1668). Em 1912 foi ocupada pelas tropas francesas. A nova
cidade foi fundada à 3 km da Medina em 1913.

Marrakech, devido à sua situação geográfica e pelos
monumentos que tem, é um dos pontos turísticos mais importantes
do Marrocos.

No centro do bairro antigo ergue-se a torre da mesquita Koutoubia construída
em 1153, que é o símbolo da cidade. A torre tem uma altura de
77 metros.


Bab Mansour, em Meknès

MEKNÈS

A cidade de Meknès foi transformada em capital imperial pelo sultão
alauita Moulay Ismael nos séculos XVII e XVIII. Ele mandou construir
portas majestosas, estábulos, fontes, jardins, mesquitas, kasbashs, palácios
e 25 km de muralhas ao redor da cidade. Ele também pessoalmente participou
em algumas obras. Transformou a cidade numa autêntica maravilha. A cidade
chegou a ser conhecida como “A Versalles do Marrocos”. Com sua morte
começou a decadência. Os seus sucessores levaram a capital para
Fèz ou para Marrakech. E um terremoto, em 1755, fez muitos estragos na
cidade.

Nove portas grandiosas, chamadas em árabe de “babs”, cada uma
com quatro grandes torres, dão acesso à velha cidade. A mais bela
destas portas, Bab Mansour, foi concluída em 1732.


Vista aérea da cidade de Casablanca

CASABLANCA

Situada entre Fèz e Marrakech é a maior cidade do Marrocos. 10%
dos habitantes do Marrocos moram nela. É a capital financeira, industrial
e econômica do país.

A cidade foi destruída duas vezes pelos portugueses em 1468 e em 1515.
Sessenta anos depois, os lusitanos reconstruíram a cidade com fortalezas
e batizaram com o nome de Casa Branca.

Sidi Mohammed Bem Abdellah, sultão alauita, iniciou a sua reconstrução
dando-lhe o nome de Dar el Beida. Os espanhóis que moravam desde o final
do do séc. XVIII batizaram a cidade como Casablanca.

Esta cidade portuária esteve em sério declínio, até
que os franceses decidiram fazer uma remodelação, construindo
grandes avenidas, jardins públicos e imponentes edifícios mouriscos.

 


Vista parcial da cidade de Tânger

TÂNGER

Situada no ponto de encontro do Oceano Atlântico e o Mediterrâneo,
Tânger domina o Estreito de Gibraltar. A sua proximidade da Europa, cerca
14 Km, permitiu-lhe ter, desde a Antigüidade, laços privilegiados
com o continente.

Tânger já foi uma das metrópoles mais cosmopolitas do Mediterrâneo.
Muitos europeus ainda vivem lá.

Entre 1923 e 1956, a cidade foi colocada em regime de administração
internacional.

Tânger é a zona franca mais importante do Marrocos e a ponte de
ligação da África com o continente europeu.

Por essas razões, Tanger mantém um forte influência internacional,
tal como a sua fama de cidade de comerciantes desonestos e exilados estrangeiros.

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