1.
(UFJF) O desfecho de O conto da ilha desconhecida, de José
Saramago, revela que na relação entre o homem do barco e a mulher da limpeza
há:
a) complementaridade entre ambos.
b) desequilíbrio entre ambos.
c) superioridade da mulher.
d) aspereza do homem.
e) dependência da mulher.
2. (UFJF) Releia, de O conto da ilha desconhecida, de José Saramago,
a seguinte passagem, que apresenta um paradoxo:
Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.
A idéia dessa passagem rompe com um padrão comportamental bastante comum nas relações
afetivas. A MELHOR forma de compreender esse paradoxo é a que propõe:
a) a dissociação entre afeto e posse.
b) um modo feminino de pensar a relação.
c) a impossibilidade de se gostar em liberdade.
d) a construção de uma vida sem vínculos.
e) a mudança radical nas formas de viver.
3. (UFJF) O conto da ilha desconhecida, de José Saramago, é uma
narrativa de ficção cujo objetivo principal é:
a) mostrar a ingenuidade das pessoas sonhadoras.
b) estimular a imaginação das pessoas solitárias.
c) criticar a perseverança dos que têm objetivos.
d) incentivar atitudes de conformismo diante dos poderosos.
e) discutir questões como liberdade e poder político.
4. (UFJF) Leia, com atenção, o fragmento abaixo, retirado da obra
O conto da ilha desconhecida, de José Saramago (São Paulo: Companhia das
Letras, 1988, p. 5).
Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco. A casa do
rei tinha muitas mais portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava
todo o tempo sentado à porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe
faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se
desentendido, e só quando o ressoar contínuo da aldraba de bronze se tornava, mais
do que notório, escandaloso, tirando o sossego à vizinhança (as pessoas começavam a
murmurar, Que rei temos nós, que não atende), é que (…)
Pode-se afirmar que há, nesse fragmento:
a) uma metáfora, que valoriza a democracia como a melhor forma de se
manter o poder.
b) uma ironia, que mostra uma tendência de se usar o poder político
em benefício próprio.
c) uma contradição, que revela os principais traços do sistema monárquico.
d) uma fábula, que mostra o rei como mendigo que sempre queria receber
favores.
e) uma analogia, que coloca a casa do rei como um palácio sempre aberto,
acessível.