Home Vestibular Redação abordou Orkut, Twitter e blogs; proposta exigiu originalidade

Redação abordou Orkut, Twitter e blogs; proposta exigiu originalidade

by Lucas Gomes

Com o tema “A tecnologia e a invasão da privacidade”, a Unesp
(Universidade Estadual Paulista) encerrou, nesta terça-feira (7), as
provas do vestibular de meio de ano 2009.

Apesar de ser um assunto próximo da realidade dos estudantes, para
a professora Maria Aparecida Custódio, do laboratório de redação
do Curso e Colégio Objetivo, o tema desafiava o candidato a buscar argumentos
diferentes dos apresentados na coletânea. “Não sobrava muito
para o candidato ser original”, diz.

Os estudantes tiveram de fazer uma dissertação com tamanho entre
25 e 35 linhas, que discutisse o interesse pela vida alheia e o gosto pela invasão
de privacidade.

Segundo a professora, uma vez que os textos oferecidos pela banca examinadora
já apresentavam os argumentos possíveis para a construção
da redação, o que se esperava do candidato era que ele apresentasse
um posicionamento fundamentado sobre os dispositivos eletrônicos citados
na prova (Twitter, Orkut, blogs). “A banca esperava que o vestibulando
mostrasse seu julgamento sobre o assunto, sua análise crítica
e as perspectivas em relação ao futuro”, diz a professora.
“Se o candidato se revelou um bom leitor e um bom manipulador de dados,
ele atendeu às expectativas. Aqueles que se limitaram a fazer uma colagem
de trechos dos textos de apoio, sem imprimir sua marca de autoria na redação,
não se saíram bem”, opina.

Português

A prova de português, segundo o professor de língua e literatura
portuguesa e brasileira, Laudemir Guedes Fragoso, privilegiou o domínio
da linguagem e o repertório cultural do candidato: “O candidato
que soubesse ler bem, entender bem e redigir uma resposta, conseguia fazer a
prova”, diz.

A prova apresentou três textos longos, dois literários e um jornalístico.
De acordo com Fragoso, a prova e a redação foram “casadas”,
pois os trechos tinham ligação com o tema da redação.

Para ele, o exame não estava mais fácil do que as dos anos anteriores,
mas estava “mais justa”: “Não tinha segredos nem pegadinhas.
Lógico que havia questões sobre gramática, mas saber só
isso não adiantava; [o candidato] devia saber aplicar seus conhecimentos
de português”.

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