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Vertebrados: 2. Sistema Nervoso

by Lucas Gomes

Nos vertebrados, o sistema nervoso é comandado por duas regiões contínuas situadas dorsalmente na porção
mediana do corpo: o encéfalo, protegido pelo crânio e a medula espinhal,
protegida pela coluna vertebral. Destas regiões partem nervos que possuem gânglios nervosos e se ramificam
até a periferia do corpo.

Sob um critério anatômico, baseado na posição relativa dos órgãos do corpo, chamamos de Sistema
Nervoso Central (SNC)
a parte formada por encéfalo e medula espinhal. E de Sistema Nervoso
Periférico (SNP)
a parte formada por nervos de gânglios nervosos.


O Sistema Nervoso Central (SNC)

O SNC recebe na forma de impulsos nervosos os estímulos do meio externo, trazidos pelos nervos que estão em
contato com as estruturas sensoriais que se espalham perifericamente pelo corpo. Então, processa tais
informações e elabora respostas que são enviadas – também na forma de impulsos – pelo SNP aos órgão
efetores – aqueles que executam as respostas como, por exemplo, os músculos. Assim, podemos comparar o SNC
à CPU de um computador e o SNP aos seus periféricos (mouse, teclado, monitor, impressora etc.).

O encéfalo é formado por três partes: cérebro, cerebelo e bulbo.

O cérebro é responsável por nossas atividades intelectuais, memória, controle de certas funções motoras,
sensações (fome, frio, sede etc.) e, em humanos, consciência e emoções. Sua camada superficial, o
córtex cerebral, é formada pela substância cinzenta, constituída
predominantemente por neurônios com axônios sem mielina (fibras amielínicas) e células da glia. Em seu
interior encontra-se a substância cinzenta, na qual há neurônios com axônios cobertos pela bainha de
mielina (fibras mielínicas) e células da glia.

Comunicado com o cérebro através da região denominada ponte, o cerebelo controla o
equilíbrio e o tônus muscular, realizando uma espécie de “ajuste fino” na coordenação dos movimentos.
Assim, animais que apresentam padrões de movimentação mais complexos, como os peixes ao nadarem ou as aves
ao voarem, têm o cerebelo bastante desenvolvido. Já os anfíbios, que vivem prostrados ao chão e se
locomovem aos saltos simples têm o cerebelo pouco desenvolvido. A doença humana chamada de Mal de
Parkinson, resulta da degeneração das células do cerebelo, resultando em dificuldades na realização de
certas tarefas como a de caminhar em linha reta ou manipular objetos.

O bulbo está na região entre o encéfalo e a medula espinhal. Atua no controle de atividades involuntárias e
vitais como velocidade dos batimentos cardíacos, o ritmo respiratório, a pressão sanguínea, os movimentos de
deglutição e regurgitação, os espirros, as tosses e a salivação.

A medula espinhal controla os atos reflexos. Dela emergem vários nervos cujos axônios são
provenientes de corpos celulares locais, do encéfalo ou de gânglios nervosos. Assim, pode ser entendida
como conexão nervosa entre os membros do tronco e o encéfalo.

Também é formada pelas substâncias cinzenta e branca que têm posições invertidas em relação ao cérebro.
Assim, a substância cinzenta da medula espinhal situa-se internamente e possui forma de “H”.


O Sistema Nervoso Periférico (SNP)

O SNP é formado pelos nervos e gânglios nervosos. Os nervos são feixes de
dendritos e axônios (fibras nervosas) revestidos por tecido conjuntivo. Poderiam ser comparados
funcionalmente aos cabos elétricos, sendo que as fibras nervosas fariam o papel dos fios de metal e o tecido
conjuntivo atuaria como material isolante ao invés de borracha ou plástico. Eles conduzem impulsos nervosos
da periferia do corpo ao SNC e vice-versa. Dependendo do ponto de inserção no SNC, os nervos podem
divididos entre:

Nervos cranianos: são 12 pares (nos mamíferos) ou 10 pares (nos demais vertebrados) de
nervos que emergem do encéfalo e inervam a cabeça, os pulmões, o coração e o tubo digestório. Podem ser
sensoriais – enviam impulsos dos órgãos ao SNC –, motores – enviam impulsos do SNC aos órgãos – ou mistos –
enviam impulsos em ambas os sentidos citados.

Nervos raquidianos (espinhais): são diversos nervos, todos mistos, que emergem da medula
espinhal, na qual cada um deles possui uma raiz ventral e uma raiz dorsal.
As raízes dorsais são os pontos onde os neurônios sensoriais penetram na medula espinhal, es
tando seus corpos celulares em gânglios nervosos próximos à mesma. As raízes ventrais são os pontos de onde
os neurônios motores saem da medula espinhal, que aloja na substância cinzenta seus corpos celulares. Cada
par de raízes se une em um único nervo misto.

Os gânglios nervosos são aglomerados de corpos celulares de neurônios localizados fora do sistema nervoso
central. Os gânglios aparecem como pequenas dilatações em certos nervos.

As meninges

O SNC é envolvido três membranas denominadas meninges que o isolam dos componentes
esqueléticos (crânio e coluna vertebral). De fora para dentro, são: duramáter,
aracnóide e piamáter. A piamáter secreta o líquido
cefaloraquidiano, que se distribui ao longo do espaço subaracnóideo, banhando
o encéfalo e a medula espinhal, fornecendo-lhes nutrientes importantes ao metabolismo
e protegendo-os de impactos.

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