Home EstudosSala de AulaBiologia Sistemas humanos – Sistema Reprodutor: 3. Aparelho Reprodutor Masculino

Sistemas humanos – Sistema Reprodutor: 3. Aparelho Reprodutor Masculino

by Lucas Gomes

O aparelho reprodutor masculino é formado pelos testículos, ductos
excretores (genitais) , glândulas acessórias e pênis.

Os órgãos constituíntes contribuem para a formação
primária, a reprodução. E ainda para a produção
e o transporte de espermatozóides, a secreção de fluídos
e a deposição de sêmen no trato feminino. O órgão
copulador também transporta urina para o ambiente externo.

Os testículos são dois e localizam-se fora
da cavidade abdominal, pois precisam ser mantidos a uma temperatura inferior
(aproximadamente 2°C) à temperatura corporal. Alojam-se dentro da
bolsa escrotal, que é uma estrutura revestida por pele com uma camada
rica de músculo liso. Os testículos são envolvidos por
uma cápsula chamada albugínea, de tecido conjuntivo, rico em fibras
colágenas. Cada testículo se divide em 250 lóbulos testiculares.
Cada um destes apresenta de um a quatro túbulos seminíferos imersos
em tecido conjuntivo frouxo, contendo vasos sanguíneos e linfáticos,
nervos e células intersticiais, também conhecidas como células
de Leydig. Os testículos têm a importantíssima função
de produzir espermatozóides e hormônio sexual masculino.

Espermatozóide é a célula reprodutora
masculina formada por uma cabeça e uma cauda ou flagelo. A fecundação,
principal objetivo do espermatozóide, ocorre no momento que esse
entra no óvulo, formando o embrião.
A cabeça forma o maior volume do espermatozóide, essa constitui
o núcleo, onde se encontra o material genético. Esse material
faz com que as características do filho sejam semelhantes às
do pai. A cauda ou flagelo proporciona ao espermatozóide a capacidade
de locomoção.

Os ductos genitais e as glândulas acessórias
fabricam secreções que, juntamente com a contração
da musculatura lisa, impelem os espermatozóides para o exterior. Além
disso, essas secreções auxiliam na nutrição dos
espermatozóides. Em conjunto, essas secreções e os espermatozóides
compõe o sêmen ou esperma.

Os túbulos seminíferos consistem em uma túnica
de tecido conjuntivo, uma lâmina basal e uma camada interna, constituída
pelo epitélio seminífero ou germinativo, que é onde ocorre
a espermatogênese e a espermiogênese. Neste epitélio germinativo
é que se encontram as células de Sertoli e as células da
linhagem espermatogênica.

As células de Sertoli têm forma piramidal; são
alongadas; apóiam-se sobre a membrana basal do túbulo seminífero;
possuem citoplasma claro, pouco delineado, e muito irregular; apresentam núcleo
alongado, com cromatina finamente dispersa e nucléolo bem distinto. Essas
células têm a função de produzir um fluido que, através
de sua correnteza, leva os espermatozóides; de dar suporte e coordenar
a nutrição dos espermatozóides em formação,
por meio da regulação da passagem dos nutrientes trazidos pelo
sangue; e de fagocitar e digerir os restos de citoplasma que se desprendem das
espermátides.

Durante a puberdade, no testículo, as células de Leydig ou células
intersticiais, que estavam quiescentes, tornam-se arredondadas ou poligonais,
com núcleo central e citoplasma com gotículas de lipídios.
Essas células são responsáveis pela produção
da testosterona, o hormônio sexual masculino.

Os espermatozóides produzidos nos testículos são transportados
pelos ductos epididimário e deferente. Internamente, o ducto epididimário
é revestido por epitélio pseudo-estratificado, formado por células
basais arredondadas e por células prismáticas. Tal epitélio
é apoiado numa lâmina basal envolvida por tecido conjuntivo frouxo
e fibras musculares lisas. Essa musculatura lisa, através de contrações
peristálticas, ajuda no transporte dos espermatozóides em direção
ao canal deferente, e também auxilia no processo da ejaculação.

O ducto deferente é um túbulo reto que liga
o epidídimo à uretra prostática. Possui uma mucosa pregueada
e revestida por epitélio pseudo-estratificado prismático com estereocílios;
uma lâmina própria de tecido conjuntivo, com muitas fibras elásticas;
uma camada muscular bastante desenvolvida, formada por uma camada média
circular e duas camadas longitudinais (interna e externa); e uma camada adventícia
de tecido conjuntivo. Em sua porção terminal, o ducto deferente
apresenta uma dilatação, a ampola, onde o epitélio fica
mais espesso e onde desemboca a vesícula seminal. Na porção
intra-prostática esse ducto denomina-se ducto ejaculatório e apresenta
mucosa igual à da ampola sem, no entanto, a camada muscular.

As vesículas seminais, a próstata e
as glândulas bulbouretrais constituem as glândulas
acessórias do aparelho reprodutor masculino.

A função das vesículas seminais é de secretar
substâncias ativadoras dos espermatozóides, como diversas proteínas,
prostaglandinas, frutose, inositol e citrato. Elas são em número
de dois e apresentam uma mucosa pregueada, com um epitélio simples ou
pseudo-estratificado prismático, com células cheias de grânulos
de secreção. Possui uma lâmina própria abundante
em fibras elásticas e é circundada por uma camada muscular lisa,
que apresenta uma lâmina interna de fibras circulares e outra externa
de fibras longitudinais. As secreções das vesículas seminais
são acumuladas dentro da glândula e expelidas na ejaculação,
graças à contração da musculatura lisa. A quantidade
de secreção dessas glândulas varia conforme a testosterona.

A próstata produz e armazena o líquido prostático, que
é expelido na ejaculação. Ela é formada por 30 a
50 glândulas tubuloalveolares ramificadas, cujos ductos desembocam na
uretra prostática. Envolvendo a próstata, existe uma cápsula
fibroelástica rica em músculo liso, que envia septos que entram
na glândula. Na próstata identificamos três zonas distintas.
A zona mais interna apresenta um epitélio pseudo-estratificado e é
formada pelas glândulas da mucosa. Na zona intermediária ou de
transição encontram-se as glândulas da submucosa, onde freqüentemente
ocorre a maioria dos processos de hiperplasia benigna, causando dificuldades
na micção. E, a zona periférica é a mais volumosa
e é formada pelas glândulas principais, apresentando um epitélio
mais regular. Esta zona, no entanto, destaca-se por ser o maior local de origem
dos tumores malignos (câncer) de próstata. Sem significado conhecido,
muitas vezes encontram-se dentro da luz prostática diversos pequenos
corpos esféricos de menos de ¼ de milímetro de diâmetro
que, em geral, se calcificam. A testosterona influencia também nas secreções
da próstata. A falta desse hormônio causa a regressão da
glândula.

As glândulas bulbouretrais são formações pares,
situadas atrás da uretra membranosa, onde desembocam. Elas têm
o tamanho de uma ervilha e são glândulas túbuloalveolares
com células do tipo mucoso. Entre os septos que separam seus lóbulos,
há músculo liso e esquelético. Sua secreção
é clara e funciona como lubrificante.

O pênis é formado principalmente por três
massas cilíndricas de tecido eréctil e pela uretra, envolvidas
externamente por pele. Dorsalmente localizam-se duas dessas massas, que são
os corpos cavernosos do pênis. A outra massa envolve a uretra peniana
e, por isso, chama-se corpo cavernoso da uretra. Em sua porção
terminal, ele dilata-se para formar a glande. A túnica albugínea
do pênis, uma resistente membrana de tecido conjuntivo denso, envolve
os três corpos cavernosos. Estes são formados por espaços
venosos revestidos por endotélio.

O prepúcio é uma prega retrátil da pele do pênis
que contém tecido conjuntivo e, em seu interior, músculo liso.
Glândulas sebáceas podem ser encontradas na pele que reveste a
glande e na dobra interna do prepúcio. As glândulas mucosas de
Littré são encontradas ao longo da uretra peniana.

Posts Relacionados