Muitos críticos vêem no romance Sonhos D’Oro, de 1872, algumas passagens que consideram inspiradas na felicidade conjugal que Alencar parece ter experimentado ao lado de Georgiana.
Na obra o dinheiro representa o instrumento que permitiria autonomia de Ricardo e seu casamento com Guida; nos tempos do Segundo Reinado, as barreiras sociais impedem a plena manifestação do amor entre Ricardo, jovem bacharel provinciano, e Guida, uma moça da corte, educada à inglesa.
Alencar publicou no prólogo da obra o seminal artigo Benção Paterna, em que discorre sobre a literatura brasileira em geral e nela situa a sua produção. Neste prefácio, o romancista apresenta um plano que teria norteado toda sua produção ficcional. Demonstra que a sua obra objetivou retratar as etapas formativas pelas quais passara o país desde a vida primitiva dos selvagens até a instauração do Segundo Império.