Home Vestibular Testes coreanos podem ser tema de prova do vestibular

Testes coreanos podem ser tema de prova do vestibular

by Lucas Gomes

Motivo de preocupação para diversas nações pelo
mundo, os testes nucleares feitos pela Coreia do Norte nos últimos
dias podem inspirar questões em diferentes provas no vestibular. Conteúdos
como o contexto histórico coreano e as relações diplomáticas
com outros países podem aparecer em História e Geografia. Questões
envolvendo reações nucleares ou elementos radioativos como o Urânio
são candidatas às provas de Física e Química.

Veja alguns pontos importantes da história recente

A Coreia foi dividida logo após o final da Segunda Guerra Mundial.
As tensões resultantes da divisão do país levaram a invasão
da Coreia do Sul pela Coreia do Norte em 1950. A Guerra da Coreia
durou três anos, no fim dos quais milhares de coreanos morreram, americanos,
soviéticos e chineses envolveram-se no conflito que não teve vencedor,
pois a linha de fronteira permaneceu a mesma de antes.

Os dois países traçaram caminhos diferentes de lá para
cá. A Coreia do Sul, após um período titubeante,
lançou-se ao desenvolvimento (um dos chamados Tigres Asiáticos).
Muitas empresas sul-coreanas fazem parte do nosso cotidiano, sobretudo nos ramos
eletroeletrônico e automobilístico. A Coreia do Norte, por
sua vez, fechou o seu regime e investiu pesado na reforma agrária, energia
elétrica e sobretudo na área de defesa. O país tem uma
população de aproximadamente 30 milhões de habitantes e
um exército considerado o quarto maior do mundo, consumindo grande parte
dos recursos nacionais. O seu programa nuclear é hoje um fator de conflito
no Extremo Oriente.

Os Estados Unidos mantêm mais de 30 mil soldados permanentemente na Coreia
do Sul, mas isto seria insuficiente no caso de um ataque norte-coreano. Com
a queda da URSS, o regime de Pyongyang isolou-se ainda mais. Desde sua fundação,
a Coreia do Norte teve apenas dois governantes, Kim Il-Sung, e seu filho,
atualmente no poder, Kim Jong-Il.

Fissão e fusão nuclear

Para compreender o princípio das bombas nucleares em si, é fundamental
entender a famosa equação de Einstein, E=mc2,
que diz que é possível converter matéria em energia e vice-versa
– algo que ocorre diariamente nas centrais nucleares e no nosso Sol, por fissão
e fusão nuclear, respectivamente. Existem na natureza materias radioativos,
como o Urânio.

Esses materiais têm um núcleo que chamamos de instável,
ou seja, o núcleo atômico pode se dividir (fissionar) em núcleos
atômicos menores, dando origem a subprodutos, que são novos elementos
químicos e partículas alfa, entre outras coisas. Esse processo
de fissão pode ocorrer espontaneamente ou pode ser estimulado, bombardeando-se
o núcleo com nêutrons. Como a massa do Urânio original é
maior que a soma das massas dos seus subprodutos, a massa “perdida”
no processo transforma-se em energia.

O princípio da bomba-atômica é basicamente este: produz-se
uma fissão estimulada de um grande número de núcleos de
Urânio (ou Plutônio, outro material usado em bombas), produzindo
uma grande quantidade de energia. O efeito destrutivo inicial vem da liberação
desta grande quantidade de energia que destrói tudo ao redor. Durante
a fissão são produzidas grandes quantidades de subprodutos (partículas
alfa, raios-x e raios-gama) que também são conhecidas como radiação
ionizante pois interagem fortemente com matéria viva (tecidos animais)
produzindo uma série de efeitos letais. Dentro do mesmo conteúdo,
está a fusão nuclear.

Na fusão, ocorre o processo inverso: combina-se dois núcleos
de Hidrogênio, formando um núcleo de Hélio. Neste caso,
a conta de massa é inversa: a massa dos dois Hidrogênios juntos
é maior que a do Hélio resultante. A massa que “sobra”
é transformada em energia. Assim é que o nosso Sol produz sua
energia e o fato de ser considerada limpa é pelo fato que não
existem subprodutos, por assim dizer. Os físicos dizem que trata-se de
uma energia limpa. E por que não utilizamos ainda se ela é tão
limpa? Porque para que dois núcleos se fundam, são necessárias
altíssimas temperaturas, da ordem de milhões de graus, e isso
ainda não foi conseguido de maneira satisfatória em laboratórios
para que pudéssemos utilizar fusão como fonte limpa de energia.

Posts Relacionados