Home Vestibular Três faculdades de São Paulo trazem mudanças em seus vestibulares

Três faculdades de São Paulo trazem mudanças em seus vestibulares

by Lucas Gomes

Três dos principais vestibulares de instituições particulares
da cidade de São Paulo acontecem a partir deste fim de semana. Os processos
seletivos da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e da Faap
(Fundação Armando Álvares Penteado), neste domingo, oferecem,
juntos, 8.087 vagas – 7.055 do vestibular unificado da PUC-SP (sendo 4.700 da
PUC e 2.355 das outras instituições participantes do processo)
e 1.032 da Faap.

A prova do Mackenzie, no dia 8 de dezembro, selecionará candidatos para
4.640 vagas em 25 cursos da instituição.

O formato das provas continua o mesmo – na Faap, 60 testes e uma redação;
na PUC-SP, 45 testes, uma redação e três questões
dissertativas; e, no Mackenzie, 60 questões tipo teste e uma redação
-, mas as instituições fizeram algumas mudanças nesta edição.

A Faap criou a bolsa por mérito. Os dez candidatos que forem melhor
no vestibular ganharão uma bolsa para o curso escolhido. “O objetivo
da bolsa é qualificar a nossa prova e o nosso aluno”, diz o professor
Antonio Carlos Capobianco, diretor do processo seletivo.

O benefício vale para todo o curso, mas com algumas condições:
o aluno tem que se manter entre os dez melhores da sala e não pode ser
reprovado. “As turmas da Faap têm de 35 a 40 alunos, então,
não é difícil manter a bolsa”, diz Capobianco.

Outra mudança foi na distribuição das questões,
causada pela nova lista de filmes e livros obrigatórios, segundo o curso.
O número de questões de história, geografia e atualidades,
que antes era de 13, foi para dez. As de inglês diminuíram de sete
para cinco. Segundo Capobianco, a mudança vinha sendo discutida há
cerca de um ano. “Agora vamos incrementar a bibliografia para as próximas
provas”, diz. “Como ninguém estava acostumado a tê-la
na Faap, fizemos uma lista mais leve [que está em www.faap.br/processoseletivo.

No Mackenzie, a mudança principal foi a possibilidade de o candidato
escolher uma segunda opção de carreira no ato da inscrição.
“Havia o candidato que queria administração mas que também
gostava de comércio exterior”, afirma Milton Pignatari Filho, membro
da comissão do vestibular. “Assim, fomos adaptando o nosso processo
às vontades e necessidades dos vestibulandos.”

Mas a escolha ainda não é totalmente livre. A primeira e a segunda
opções devem ser do mesmo grupo – há seis, divididos por
áreas afins, como profissões ligadas a humanas ou a biológicas.
Com os grupos, houve uma reestruturação do peso das disciplinas.
Só a redação continua valendo o mesmo para todas as carreiras
– peso quatro. O peso das outras disciplinas variam conforme o grupo escolhido
(de 1 a 4).

Além disso, a prova do Mackenzie terá peso dois sobre a nota
da prova objetiva do Enem (a redação não conta) – antes,
a diferença era menor. “O vestibular passa sempre por remodelações,
a gente vai tentando atender aos vestibulandos”, afirma Pignatari.

Na PUC-SP, houve um aumento nas vagas. No ano passado, 4.324 vestibulandos
foram chamados na primeira lista. Neste ano, serão 4.700. Segundo a assessoria
de imprensa da instituição, o aumento se deve à criação
dos cursos de teologia e matemática a distância -que terão
vestibular específico em fevereiro.

Aline Oliveira de Brito, 17, sonha em ser advogada. Aluna do cursinho da Poli,
sua primeira opção é direito na USP, mas, se não
conseguir passar na Fuvest, cuja prova foi no último domingo, ela quer
PUC ou Mackenzie. “Sempre soube do prestígio das duas, então,
ficarei muito feliz se entrar em uma delas.”

A vestibulanda Fernanda Meireles, 17, ouviu falar do prestígio da PUC
lá em Belém (Pará), onde morava até o começo
do mês. “Vim para São Paulo para fazer as provas”, conta.
“Mas já pretendo ficar [para iniciar a graduação]”.

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo

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