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Usina, de José Lins do Rego

by Lucas Gomes

Usina

, de José Lins do Rego,
possui narrativa
descritiva do meio de vida nos
engenhos de açúcar
e nas plantações de cana do
Nordeste.
Em 1936, após a publicação dessa obra, José Lins do Rego decretou o fim
do “ciclo da cana-de-açúcar”.

A obra é excessivamente descritiva, parecendo mais uma aula
de economia do que uma obra ficcional. Neste último romance, José Lins retrata a
decadência dos engenhos por força do processo industrial das usinas, que
suplantam a produção artesanal.

Enredo

Usina retoma a história do Moleque Ricardo, a partir de sua prisão com os
companheiros grevistas em Fernando de Noronha até o seu retorno ao engenho.

Com pouco mais de
estariam no velho Santa Rosa, que Ricardo deixara há oito anos, fugido, como de
um presídio, de uma ilha de trabalhos forçados. escapara de lá para não ser
alugado e fora pior que isso. Tivera dores que os alugados não sofriam nunca.

É na segunda parte do
livro que começa propriamente Usina, quando são narrados os
acontecimentos que envolvem o Santa Rosa depois que Carlos Melo, fugindo dos
problemas que envolviam o engenho, entrega seu patrimônio a parentes.

O Santa Rosa
transforma-se na Usina Bom Jesus. O Dr. Juca sonha com o prestígio, negociando
com Zé Marreira, proprietário da Fazenda São Félix, deixa-se levar pela ambição
e faz a sua primeira operação desastrosa. As hipotecas contraídas e a pressão da
Usina São Félix, na figura do Dr. Luís, terminam por forçar a venda. A enchente
do Rio Paraíba, destruindo a antiga propriedade, simboliza o fim de um ciclo. O
usineiro retira-se com a família em meio à destruição física dos seus antigos
domínios.

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