Começo de um novo ano, novas metas… E com toda a certeza o leitor deste artigo tem como objetivo ingressar em um curso superior, no meio ou no final deste ano, seja através do Enem ou de um vestibular, e está em dúvida se fazer um cursinho antes disso seria bom para melhorar seu desempenho nas provas.
A primeira coisa que devemos dizer é que entre 3º ano e cursinho existem algumas diferenças. E uma delas é o fato de no 3º ano o aluno ser cobrado para ter notas satisfatórias para concluir o Ensino Médio, enquanto que no cursinho o aluno é cobrado para ter responsabilidade em levar a sério as aulas para que possa passar no vestibular que pretende prestar.
E sabendo que a maioria dos candidatos almeja ingressar em uma universidade pública, é importante ter em mente que seja qual for a instituição que escolha ingressar, enfrentará concorrências e dependendo do curso, estas concorrências são muito grandes (no vestibular 2014 da FUVEST, o curso de medicina, em Ribeirão Preto, tem 62,91 candidatos para uma vaga!). Então para ter maiores chances, é fundamental ter uma boa preparação. E é nesta hora que entra o cursinho, seja o intensivo, semi ou o extensivo. É ali que o candidato poderá revisar as matérias, melhorar a capacidade de aprendizagem. E é estando dentro da sala de aula de um cursinho que o aluno perceberá qual(is) a(s) matéria(s) que ele tem mais dificuldades.
Vejamos como funciona cada um deles.
Intensivo – É aquele que dura em média dois meses e tem uma carga muito grande de informação. O conteúdo visto é o mesmo do extensivo, mas trabalham-se mais o conteúdo que comumente cai nas provas. Optam por ele os candidatos que já têm certa preparação e apenas querem, antes do vestibular, revisar o que aprenderam.
Semi-extensivo – É aquele que dura em média quatro meses. O conteúdo abrangido é o mesmo do extensivo. Também é voltado para aqueles que já estão mais preparados e desejam apenas uma revisão.
Extensivo – É aquele que dura em média dez meses e é opção dos candidatos que pretendem ingressar em um curso mais difícil ou àqueles que estão afastados da escola há muito tempo.
É possível fazer esta modalidade de cursinho integrado com o 3º ano do Ensino Médio – o “terceirão”. É interessante pelo fato de encurtar o tempo de se prestar o vestibular: o candidato pode fazê-lo assim que concluir o Ensino Médio.
Os candidatos que optam por fazer cursinho em concomitância com o 3ª ano, em horários diferentes, também têm a oportunidade de prestar os exames assim que concluem o Ensino Médio. Neste caso específico, o candidato deverá levar em conta a carga de estudos que terá pela frente e o cansaço que isso poderá acarretar.
Existe ainda o chamado “aulão”, que é uma única aula, geralmente nas vésperas do exame (que pode ser o Enem ou um vestibular concorrido), onde os professores comentam sobre questões dos exames de anos anteriores, seus enunciados, dão dicas etc.
Podemos citar ainda os cursinhos que ministram aulas por área – turmas de humanas, exatas e biomédicas -, e aqueles que são específicos para quem vai prestar exames para escolas técnicas como os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF).
Lembrando ainda que algumas universidades promovem cursinhos específicos para a graduação que o candidato pretende, sem falar dos cursinhos comunitários, bem mais baratos ou até gratuitos.
Todas as modalidades que mencionamos auxiliam o aluno a melhorar o desempenho nas provas, portanto, basta verificar com atenção qual seria a que melhor se encaixa no perfil do candidato.
Uma dica: antes de matricular-se em um cursinho pré-vestibular, o candidato deve procurar conhecê-lo através de ex-alunos, sabendo qual a opinião deles sobre os professores e as aulas.
Enfim, seja qual for o tipo de cursinho que optar, é importante que uma vez na sala de aula, o candidato saiba que tem à sua disposição, profissionais competentes, cada um em sua área, dando-lhe todas as oportunidades de orientar-se e esclarecer as dúvidas. Portanto, é imprescindível que o candidato faça também a sua parte, ficando o mais atento possível às aulas, para que os resultados, ao final, sejam satisfatórios, culminando em seu ingresso ao curso e instituição escolhidos.