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Educação – Aumenta índice de reprovação entre alunos de Medicina

by Lucas Gomes

O índice de reprovação de alunos do sexto ano de medicina que foram avaliados pelo Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cresceu 25% de 2005 para 2007. Na comparação de 2006 e 2007, o
porcentual de reprovados foi de 18%. Participaram do exame, estudantes de 23 das 31 escolas médicas em
atividade no estado, somando 2.200 alunos.

Diante das notas, o Cremesp considerou o resultado da avaliação “preocupante”. O Exame Cremesp 2007, como
é conhecido (esta é a terceira edição), foi realizado em setembro, nas cidades paulistas que têm curso de
medicina. A prova não é obrigatória, mas serve como termômetro de como está sendo ministrado o ensino em
São Paulo.

Em apenas oito, das 23 escolas avaliadas, o porcentual de graduandos aprovados na primeira fase foi igual
ou superior a 50%. As três instituições melhores colocadas foram: a Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP), com 90,8% de aprovados para a primeira fase; Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), com 85,7%; e a Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, que teve 61,4%.

Segundo o conselho, na avaliação deste ano, apenas as áreas de saúde pública e obstetrícia tiveram ligeira
melhora com relação à nota obtida. A disciplina saúde pública teve a maior pontuação: média de 72,33% de
acertos, contra 67,50% em 2006 e 40,56% em 2005. A pior cadeira foi ginecologia, em que os alunos tiveram
média de 49,09%. Nos anos anteriores, as notas foram 64,82% (em 2006) e 65,19% (em 2005).

O Cremesp voltou a demonstrar preocupação quando observou notas baixas nos cursos de clínica médica e
pediatria, consideradas áreas básicas da medicina. As médias foram, respectivamente, 50% e 50,4%.

O estudante aprovado no Exame Cremesp recebe um certificado que pode ser anexado ao seu currículo
profissional e ser um instrumento a mais na inserção no mercado de trabalho. A próxima avaliação deve ser
feita no segundo semestre de 2008.

Denúncias

O alerta contra os cursos de qualidade duvidosa se refletem em números. Para o conselho, há relação entre
os dados referentes às escolas de formação dos médicos que respondem a processos ético-profissionais e as
instituições cujos alunos têm baixo desempenho no exame. O número de médicos denunciados no Cremesp
aumentou 75% entre 2000 e 2006.

Por isso, o conselho informou que condena a abertura, pelo Ministério da Educação, de novos cursos de
medicina no estado. De 2002 a 2007, oito novas instituições de ensino do tipo foram abertas, cinco delas
só na capital.

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