Home Vestibular Saiba tudo sobre o novo Enem

Saiba tudo sobre o novo Enem

by Lucas Gomes

1. Qual a principal diferença entre o Enem tradicional e o novo
Enem?

Até 2008, o Enem era uma prova clássica com 63 questões
interdisciplinares, sem articulação direta com os conteúdos
ministrados no ensino médio, e sem a possibilidade de comparação
das notas de um ano para outro. A proposta é reformular o Enem para que
o exame possa ser comparável no tempo e aborde diretamente o currículo
do ensino médio. O objetivo é aplicar quatro grupos de provas
diferentes em cada processo seletivo, além de redação.
O novo exame será composto por perguntas objetivas em quatro áreas
do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação);
ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas
tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes será
composto por até 50 itens de múltipla escolha, aplicados em dois
dias.

2. Por que mudar o Enem?
A grande vantagem que o MEC está buscando com o novo Enem é a
reformulação do currículo do ensino médio. O vestibular
nos moldes de hoje produz efeitos insalubres sobre o currículo do ensino
médio, que está cada vez mais voltado para o acúmulo excessivo
de conteúdos. A proposta é sinalizar para o ensino médio
outro tipo de formação, mais voltada para a solução
de problemas. Outra vantagem de um exame unificado é promover a mobilidade
dos alunos pelo País. Centralizar os exames seletivos é mais uma
forma de democratizar o acesso a todas as universidades.
3. Por que fazer o Enem 2009?
A média de desempenho obtida no Enem será imprescindível
para pleitear uma vaga nas instituições de ensino superior que
adotarem o exame como ferramenta de seleção, de maneira integral
ou parcial. Além disso, o Enem continua a servir como referência
para uma auto-avaliação sobre o ensino médio e qualidade
do ensino, e sua nota continuará a ser critério de seleção
de bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni).

4. Quem poderá participar do Enem 2009?
O Enem é voluntário, e podem participar alunos que concluem o
ensino médio em 2009 ou aqueles que concluíram em anos anteriores.

5. É recomendável aos alunos que ainda não vão
concluir o ensino médio neste ano fazer o Enem 2009?

Não. O Enem foi criado especificamente para os estudantes que estão
no último ano ou que já concluíram o ensino médio.
O Ministério da Educação aconselha que os alunos prestem
o exame no período mais adequado, que é o ano de conclusão
desse nível de ensino. Alunos de outras séries sempre terão
oportunidade de se preparar para a prova analisando as edições
anteriores do exame, que ficarão disponíveis na página
do Inep/MEC imediatamente após sua aplicação.

6. Como serão as inscrições para o Enem 2009?
A logística de inscrições para o Enem 2009 ainda não
está definida. A proposta inicial para o período de inscrições
é de 15 de junho a 17 de julho.

7. Qual a taxa para inscrição no Enem 2009?
Alunos concluintes do ensino médio em escolas públicas se inscrevem
ao Enem gratuitamente. Também são isentos de pagar taxa estudantes
carentes da rede privada e estudantes que finalizaram os estudos em anos anteriores,
desde que declarem situação de carência. Nas demais situações,
o valor da taxa de inscrição é 35 reais, como no ano passado.

8. Qual o cronograma do Enem 2009?
As datas inicialmente previstas são:
Inscrições: 15 de junho a 17 de julho
Realização da prova: 3 e 4 de outubro de 2009
Divulgação dos resultados das quatro provas de múltipla
escolha: 4 de dezembro de 2009
Divulgação do resultado final, incluindo a redação:
8 de janeiro de 2010

9. Quem vai elaborar a nova prova do Enem 2009?
As provas do Enem sempre são elaboradas por especialistas do Inep, e
assim também será em 2009. A elaboração exige domínio
da tecnologia em avaliação educacional empregada, que é
especializada e complexa, e na qual o Inep possui experiência de mais
de dez anos – Teoria da Resposta ao Item (TRI). As diretrizes dessa prova
– isto é, objetivos, conteúdos, enfim, o desenho –
é que serão definidas pelo Comitê de Governança.

10. O que é o Comitê de Governança e quais suas
atribuições no novo Enem?

A pedido da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (Andifes), foi criado um Comitê de Governança.
O Comitê tem entre suas responsabilidades discutir e acompanhar a elaboração
do novo Enem e seu impacto no currículo do ensino médio. Fazem
parte do Comitê de Governança representantes do Inep, do Ministério
da Educação, da Andifes e do Conselho Nacional de Secretários
de Educação (Consed). As principais dúvidas e sugestões
sobre o Novo Enem estão sendo estudadas em reuniões desse Comitê.

11. Como será a prova?
O novo exame será composto por testes em quatro áreas de conhecimento:
linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação);
ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas
tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes será
composto por no máximo 50 itens de múltipla escolha, aplicados
em dois dias. O Inep/MEC já divulgou o conjunto de habilidades exigidas
em cada área de conhecimento e os conteúdos específicos
do currículo associados a elas. Veja aqui.

12. Qual será o tempo de duração das provas?
A proposta inicial é de até duas horas e meia para a realização
das provas objetivas de cada área, e uma hora e meia para a redação.

13. As disciplinas abordadas pela prova do Enem terão pesos
diferentes?

A prova do Enem trará quatro notas diferentes, uma para cada área
do conhecimento avaliada. Não haverá diferenciação
dos pesos. O que pode ocorrer é que, nos processos seletivos, as instituições
utilizem pesos diferenciados entre as áreas para classificar os candidatos,
de acordo com os cursos pleiteados.

14. As questões da prova terão pesos diferentes?
A nova prova do Enem será estruturada na metodologia da Teoria da Resposta
ao Item (TRI), que garante a comparabilidade das notas entre diferentes edições
a partir da calibração do grau de dificuldade das questões.
Dessa forma, diferentemente dos anos anteriores, as questões da prova
do Enem serão distribuídas em graus diferenciados de complexidade.
Isso significa que, no cálculo final da nota em cada área, as
questões mais difíceis valem mais que as questões menos
complexas.

15. Haverá questões regionais na prova do Enem?
Não. Nenhum exame do Inep/MEC contempla questões regionais. Todas
as avaliações, como a Prova Brasil / Saeb, Enem etc., têm
caráter nacional e devem garantir iguais condições de participação
entre estudantes de qualquer lugar do País. Conteúdos regionais
poderiam prejudicar estudantes entre as regiões diversas.

16. O Enem sempre foi uma avaliação diferenciada por
priorizar a interpretação dos alunos em vez da chamada “decoreba”.
Essa característica será mantida?

Sim. A prova do Enem se diferencia das demais por ser estruturada em habilidades,
incentivando o raciocínio e trazendo questões que medem o conhecimento
dos alunos por meio de enfoque interdisciplinar. A nova prova vai manter essa
característica, agregando às habilidades medidas um conjunto de
conteúdos formais mais diretamente relacionado ao que é ministrado
no ensino médio. Mas sem abandonar as questões contextualizadas,
que exigem do estudante a aplicação prática do conhecimento,
e não a mera memorização de informações.

17. Uma pessoa que não for bem no Enem 2009 terá a chance
de fazer outra prova e melhorar a sua nota?

Sim, o aluno pode fazer o Enem quantas vezes quiser, mesmo que tenha concluído
o ensino médio já há alguns anos.

18. Haverá mais de uma edição do Enem por ano?
A proposta inicial é a de que o Enem seja oferecido duas vezes por ano.
O Enem 2009 será aplicado nos dias 3 e 4 de outubro, e uma nova edição
deverá ser aplicada em março ou abril de 2010.

19. Como estudar para o novo Enem? Alunos que já estão
se preparando para o vestibular tradicional serão prejudicados?

O novo Enem é estruturado levando em conta os conteúdos ministrados
no ensino médio. A inovação é na forma de abordagem
desses conteúdos, com foco no conjunto de habilidades que o aluno deve
ter ao final do ensino médio, e não na mera acumulação
de fórmulas e informações desvinculadas da aplicação.
Ou seja, uma prova que valorize mais o raciocínio e não a chamada
“decoreba”. Portanto, quem vem se preparando para uma prova tradicional
de seleção e para o antigo Enem está preparado para o novo
Enem.

20. A nova prova do Enem vai trazer questões sobre língua
estrangeira?

O Comitê de Governança definiu que o Enem 2009 não trará
questões de língua estrangeira. A partir da próxima edição
da prova isso será abordado, e já consta da matriz de habilidades
e conteúdos associados do Enem 2009.

21. O Inep/MEC vai disponibilizar um simulado com questões do
novo Enem?

Sim. A previsão é que sejam disponibilizadas questões-modelo
do novo Enem antes da aplicação da prova, em data a ser definida.

22. O Inep/MEC continuará a divulgar os resultados do Enem por
escola?

Sim. Não está prevista nenhuma alteração na divulgação
dos resultados dos alunos no Enem por escola.

23. Para fazer o Enem o interessado já deve ter decidido o curso
ou instituição onde pretende prestar o vestibular?

Não. As inscrições para o novo Enem devem começar
já em junho, e a prova será realizada em outubro. Os processos
seletivos das instituições de ensino superior só devem
iniciar-se em meados de dezembro. Na inscrição para o processo
seletivo é que o aluno decide a qual curso quer concorrer.

TUDO SOBRE O NOVO ENEM
O SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA

24. Como será o sistema de seleção unificada?

O candidato a uma vaga no ensino superior poderá concorrer a cinco cursos
ou instituições, mas apenas naquelas universidades que adotarem
o Enem como única forma de ingresso. As instituições que
optarem utilizar o Enem como única avaliação para selecionar
os ingressantes participarão de um Sistema de Seleção Unificada,
informatizado e online. Nesse sistema, as universidades informarão quantas
vagas têm disponíveis para cada curso, e qual é o peso que
cada uma das grandes áreas do conhecimento terá na nota final
do aluno – linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação
e língua estrangeira); ciências humanas e suas tecnologias; ciências
da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. O aluno
que participou do Enem 2009 se inscreve no sistema, que calculará sua
nota final, já com os pesos estabelecidos, e o aluno poderá simular
inscrição em até cinco cursos ou instituições,
durante todo o período em que o sistema ficar disponível na Internet.
Caso a universidade decida utilizar o Enem como segunda fase ou com a nota do
Enem agregada à nota de um vestibular próprio, a instituição
deverá decidir e publicar as regras de inscrição e participação
em seus editais. O Sistema de Seleção Unificada só será
utilizado pelas instituições que escolherem o Enem como única
forma de seleção.

25. A universidade que optar pelo Enem apenas na primeira fase da seleção
pode participar do sistema de vestibular unificado?

Não. O Sistema de Seleção Unificada, informatizado e online,
será aberto apenas às instituições/cursos que optarem
por usar o Enem como fase única ou para preencher as vagas remanescentes
ao fim da sua seleção.

26. Todas as instituições federais utilizarão
o novo Enem como forma de seleção?

A expectativa do MEC é que todas instituições federais
adotem de alguma forma o novo Enem como seleção. Esse processo
está sendo construído em parceria pelo Ministério da Educação,
universidades, comunidade acadêmica e os gestores estaduais, sempre levando
em conta a autonomia das universidades e das redes. O Comitê de Governança
do novo Enem definiu o prazo de três anos para a consolidação
do processo de seleção unificada. Nesse período, as instituições
poderão compatibilizar o novo formato de seleção com as
políticas afirmativas já adotadas pelas universidades e com outras
modalidades de seleção. São quatro as possibilidades de
se utilizar a nota do Enem: como fase única; como primeira fase; como
fase única para as vagas remanescentes, após o vestibular; ou
combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último
caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado
para a construção de uma média junto com a nota da prova
do vestibular. Cada IES divulgará em seus editais em qual formato participará
em cada curso. O Comitê também definiu que, durante o período
de implementação do sistema, um grupo de pesquisa constituído
pelo Inep monitorará a migração das instituições
federais de ensino superior para o novo processo seletivo. A proposta é
avaliar as mudanças ocasionadas pelo novo método de ingresso dos
alunos e, nos casos em que for necessário, propor adequações
e aperfeiçoamentos ao sistema.

27. As Universidades são obrigadas a utilizar o novo Enem de
alguma forma?

Não. As universidades têm total autonomia para escolher qual é
a ferramenta de seleção para acesso a seus cursos.

28. Tecnicamente, as mudanças na prova do Enem garantirão
a comparabilidade das notas entre diferentes edições. Por quanto
tempo valerá a nota do aluno para concorrer a uma vaga nos processos
seletivos?

Essa é uma decisão ainda pendente, a ser tomada em conjunto com
o Comitê de Governança.

29. Qual é o prazo final para as universidades federais decidirem
se vão aderir ao novo Enem para os processos seletivos do ano de 2009?

O MEC anuncia até o fim deste mês quais as universidades federais
adotarão o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério
de ingresso. As universidades que utilizarão o exame como fase única
de seleção deverão se manifestar até o dia 20 de
maio. Essa data foi estabelecida pelo Comitê de Governança. Vencido
o prazo, será realizada uma reunião entre os reitores dessas universidades
e o Comitê, para o aperfeiçoamento das regras do Sistema de Seleção
Unificada.

30. Quem já terminou o ensino médio há muito tempo
pode fazer o Enem e participar do vestibular unificado?

Sim, o Enem continua sendo uma prova voluntária, aberta a todos os concluintes
ou egresso do Ensino Médio.

31. Após o resultado do Enem, o vestibulando pode mudar a opção
de curso?

Em qualquer uma das quatro possibilidades de se usar o Novo Enem como ferramenta
de seleção para as universidades, o candidato só escolherá
o curso depois do resultado do Enem.

32. Por que aplicar o novo modelo em 2009, já que algumas instituições
já haviam inclusive elaborado o edital relativo ao próximo vestibular?

O MEC trata a implantação do novo Enem como uma ação
educacional prioritária, por isso programou a realização
do exame para o segundo semestre deste ano. As mudanças ocorrerão
de forma gradativa e as instituições foram convidadas para participar
da elaboração do novo sistema, inclusive, compondo o Comitê
de Governança, instância decisória em relação
à nova prova. E embora o novo Enem seja aplicado ainda este ano, as instituições
terão tempo hábil para optar pela forma de adesão, parcial
ou integral, sem que haja maiores prejuízos.

Fonte: INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira
(Ministério da Educação)

Posts Relacionados