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Curso superior é mais vantajoso em Portugal, aponta estudo

by Lucas Gomes

Portugal é um dos países da OCDE (Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) onde é financeiramente
mais vantajoso formar-se em um curso superior, de acordo com um estudo internacional
divulgado em Lisboa.
De acordo com o documento “O Ensino Superior na Sociedade do Conhecimento“,
realizado pela OCDE, uma mulher com diploma, em Portugal, ganha, em termos líquidos,
10% a mais do que uma mulher que só tenha concluído o ensino médio.
No caso dos homens, a diferença não é tão acentuada,
mas, ainda assim, ronda os 8%.

Freqüentar o ensino superior é altamente rentável
do ponto de vista individual
“, salienta o estudo, que aponta Portugal
como um dos países onde é mais rentável ter um “canudo”,
a par do Reino Unido, Irlanda e Finlândia.

O relatório, realizado em 24 países ao longo de três anos,
indica que, no caso das mulheres com habilitações superiores,
a porcentagem de retorno face ao investimento feito num curso é superior
à dos homens. No caso delas, o valor fica acima dos 13%, o segundo mais
elevado da OCDE, enquanto no deles não vai além dos 11%, o quarto
melhor registro.

Segundo a Organização, a diferença nos salários
entre diplomados e não diplomados reflete-se não só à
entrada no mercado de trabalho, mas de toda a carreira.

Os benefícios não são só financeiros nem individuais.
O estudo aponta benefícios sociais, como uma melhor saúde individual
e familiar, um desenvolvimento cognitivo dos filhos mais elevado e melhores
condições no local de trabalho, apesar de estes fatores serem
mais difíceis de quantificar.

Os países também lucram, pois elevadas taxas de diplomados ajudam
indiretamente à diminuição da mortalidade infantil, aumento
da esperança de vida e redução da pobreza, assim como na
diminuição da taxa de crimes e maior estabilidade política
e democratização.

O estudo completo será apresentado quinta e sexta-feira em Lisboa, em
uma conferência internacional que contará com a presença
do ministro do Ensino Superior, Mariano Gago. Com mais de 300 participantes,
a conferência vai analisar as reformas implementadas em Portugal nos últimos
dois anos.

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