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MEC pune quatro cursos de medicina por baixa avaliação

by Lucas Gomes

O Ministério da Educação (MEC) anunciou punições
para quatro cursos de medicina que foram avaliados durante uma supervisão
feita pelo órgão. Elas terão que suspender vestibulares
ou reduzir vagas enquanto não se adequarem aos padrões exigidos
pelo ministério.

As medidas afetam quatro faculdades particulares: Universidade Iguaçu
(Unig), campi de Nova Iguaçu (RJ) e de Itaperuna (RJ), a Universidade
Luterana do Brasil (Ulbra) e a Universidade de Marília (Unimar).

Foram avaliados 17 cursos de medicina de todo o país – quatro deles
de universidades federais – que tiveram conceitos 1 e 2 no Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD), índices que medem o desempenho
de instituições de ensino superior.

Outras 11 instituições avaliadas firmaram um compromisso com
o MEC para sanar as deficiências apontadas no prazo máximo de um
ano. Caso não cumpram o termo, o ministério pode aplicar sanções,
que podem chegar ao descredenciamento da faculdade. Duas faculdades foram retiradas
da avaliação por terem melhorado a qualidade de seus cursos.

Os cursos devem se adequar às diretrizes currículares estabelecidas
pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). “As disciplinas
oferecidas, o perfil do corpo docente, o campo de prática médica,
o internato, tudo isso tem que estar adequado às diretrizes nacionais,
sob pena do curso não poder ser mais oferecido”, disse o ministro
Fernando Haddad.

Faculdades

A Unig vai ter que suspender o vestibular de medicina no campus Itaperuna por
pelo menos um ano. No campus de Nova Iguaçu, a instituição
vai ter que reduzir o número de vagas. Nos dois campi, o MEC encontrou
problemas na aplicação dos currículos, nas avaliações
e falta de laboratórios.

A Unimar também vai ter que suspender o vestibular até que os
leitos do hospital universitário da instituição sejam ativados.
A faculdade terá três meses para se adequar à solicitação
do ministério. O MEC também detectou que a Unimar tem atividades
práticas “insuficientes” para o curso.

Segundo nota da Unimar, a suspensão do vestibular “não pode
retroagir a um fato já consumado. O vestibular foi realizado no dia 9
de novembro; as vagas já foram preenchidas e os alunos já estão
matriculados”.

A instituição afirma ainda que não há prejuízo
para os acadêmicos já matriculados. De acordo com a instituição,
as medidas apontadas pelo ministério serão resolvidas até
o final do mês. O número de leitos, diz a Unimar, foi ampliado
no dia 30 de novembro.

A Ulbra terá que reduzir de 70 para 65 o número de vagas pelos
próximos 12 meses ou até que sejam sanados os problemas encontrados
pelo MEC. O ministério considerou a qualidade do curso “insatisfatória”
e disse que houve uma redução no número de leitos dos hospitais
da instituição.

O pró-reitor e coordenador de vestibular da Ulbra, Osmar Rufatto, disse
que a universidade ainda não decidiu se irá acatar ou contestar
a decisão do MEC. Ruffato confirmou que houve redução no
número de leitos, mas afirmou que os alunos não são afetados.

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