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Número de inscritos na Fuvest é o menor desde 1997

by Lucas Gomes

O número de inscritos na Fuvest é o menor desde 1997, segundo
dados da fundação que aplica o maior vestibular do país.
No processo seletivo 2009, 138.242 candidatos estão inscritos – há
12 anos, foram registradas 129.095 inscrições. A Fuvest seleciona
candidatos para a Universidade de São Paulo (USP), para a Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa e para a Academia de Polícia
Militar do Barro Branco (APMBB).

Na seleção deste ano, 125.707 candidatos disputam o processo
seletivo a valer. Outros 12.535 são treineiros – ou seja, estão
no vestibular, mas ainda não concluíram o ensino médio
nem vão concluir até o final do ano.

O recorde de procura do vestibular aconteceu no vestibular 2006, quando 170.474
efetuaram sua inscrição para as provas.

Pela série histórica do número de inscritos, é
possível observar uma queda praticamente contínua no total de
treineiros que realizaram a inscrição na Fuvest. Já a procura
de candidatos com reais chance de concorrência oscilou ao longo do tempo;
porém, desde 2006, vem decaindo.

EVOLUÇÃO DOS INSCRITOS NA FUVEST DE 1997 A 2009

Motivos da diminuição

No dia 16 de setembro, quando a Fuvest divulgou que o número de inscritos
girava em torno de 135 mil.

Segundo nota da assessora da Pró-Reitoria de Graduação,
Maria Amélia de Campos Oliveira, o motivo do decréscimo de estudantes
pode estar relacionado à instalação de novas universidades
públicas e ao interesse de estudantes pelo Programa Universidade para
Todos (ProUni), do governo federal, que oferece bolsas de estudo no ensino superior
para alunos da rede pública.

“Dentre as possíveis hipóteses para explicar a diminuição
do número de candidatos no vestibular das universidades públicas
paulistas, em especial os oriundos do ensino público, estão a
criação de novos campi da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), em Guarulhos e Diadema, a criação da Universidade Federal
do ABC (UFABC) e, principalmente, a corrida dos alunos de ensino médio
público ao programa de bolsas para o ensino superior privado concedidas
pelo governo federal (ProUni)”, diz a nota.

“A essas explicações soma-se a cultura de auto-exclusão
dos estudantes do ensino médio público em relação
aos vestibulares das mais concorridas universidades públicas”,
acrescenta a nota.

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