As questões de múltipla escolha do novo modelo do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) poderão ter pesos diferentes conforme
o nível de dificuldade dos testes. De acordo com o Ministério
da Educação (MEC), a questão deve ser debatida na quarta-feira
(13) em encontro do comitê de governança do Enem, composto por
reitores de universidades federais e pelo MEC.
Se a proposta for aprovada, a nota do Enem não seria mais a soma dos
testes acertados. As questões receberiam um tratamento estatístico
e os testes teriam pesos diferentes.
O novo Enem terá 200 questões de múltipla escolha e uma
redação. As provas serão aplicadas em dois dias, em 3 e
4 de outubro deste ano. Entre as áreas abordadas estão linguagens
(50 testes e redação), ciências humanas (50 testes), ciências
da natureza (50 testes) e matemática (50 testes).
Da reunião, que contará com a participação do ministro
Fernando Haddad, espera-se que saia um desenho da prova, com as linhas do que
se cobrará do aluno. Mais tarde, devem ser formadas comissões
técnicas para discutir o conteúdo em si.
Para garantir a segurança na aplicação do exame, o comitê
também deve debater a possibilidade de o Enem possuir mais de uma versão.
As versões teriam enunciados diferentes, mas com o mesmo nível
de dificuldade. Isso seria possível a partir do uso do chamado teste
de resposta ao item.
Vestibular unificado
As universidades federais terão até o dia 20 de maio
para manifestar o seu interesse em participar do vestibular unificado proposto
pelo MEC. O prazo, que terminaria na semana passada, foi prorrogado.
Até o final de maio, o ministério anunciará quais instituições
adotarão o novo Enem como critério de ingresso.