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Viroses: 10. Herpes

by Lucas Gomes



Eletrocaptação de partículas do vírus
varicela zoster

O herpes zoster é geralmente decorrente da reativação
do vírus da varicela que permanece em latência, reativando na idade
adulta ou em pacientes imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas,
neoplasias, aids e outras.

O herpes zoster tem quadro pleomórfico, causando desde doença
benigna até outras formas graves, com êxito letal. Após
a fase de disseminação hematogênica, em que atinge a pele,
caminha centripetamente pelos nervos periféricos até os gânglios
nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida.
Causas diversas podem levar a uma reativação do vírus,
que, caminhando centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele,
causando a característica erupção do herpes zoster. Excepcionalmente,
há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato com doentes
de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a
possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente
imunizado. É também possível uma criança adquirir
varicela por contato com doente de zoster.

Varicela
É uma infecção viral
primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento
de exantema de aspecto máculo-papular e distribuição
centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui
rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3
a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A principal
característica clínica é o polimorfismo das lesões
cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas
de prurido. Em crianças, geralmente, é uma doença benigna
e auto-limitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico
é mais exuberante.

Sinonímia –

Catapora.

Agente etiológico – É um vírus RNA. Vírus
varicella-zoster (VVZ), família Herpetoviridae.

Reservatório – O homem.

Modo de transmissão – Pessoa a pessoa, através
de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação
aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através
de contato com lesões de pele. Indiretamente é transmitida através
de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas
mucosas de pacientes infectados.

Período de incubação – Entre 14 a 16
dias, podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato. Pode ser mais
curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização
passiva.

Período
de transmissibilidade –
Varia de 1 a 2 dias antes da erupção
até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas.
Enquanto houver vesículas, a infecção é possível.

Suscetibilidade e imunidade – A suscetibilidade é
universal. A infecção confere imunidade permanente, embora, raramente,
possa ocorrer um segundo episódio de varicela. Infecções
subclínicas são raras. A imunidade passiva transferida para o
feto pela mãe que já teve varicela assegura, na maioria
das vezes, proteção até 4 a 6 meses de vida extrauterina.

Herpes Genital

O herpes genital é causado pelo vírus Herpes simplex.
existem dois tipos desse vírus, o tipo l e o tipo ll. Ambos podem causar
o herpes genital, mas geralmente o culpado é o tipo ll. O tipo l afeta
a região da boca provocando lesões quando a pessoa tem febre ou
quando toma sol. Através do sexo oral, pode-se transmitir o herpes oral
para a região genital e o herpes genital para a região da boca,
lábios e garganta, pelo contato direto da pele com pele da região
infectada com a região de contato. Uma vez que você foi infectado
o vírus permanece no seu corpo para sempre. Entretanto, só causa
sintomas nas crises ou reativações do vírus.

Sinais e Sintomas – Manifesta-se através de pequenas
bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis.
Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa
pode romper a bolha, causando uma ferida.

Formas de contágio – O herpes genital é transmitido
por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) desprotegida
(sem uso da camisinha). Essa doença é bastante contagiosa e a
transmissão ocorre quando as pequenas bolhas, que se formam durante a
manifestação dos sintomas, se rompem, ocasionando uma ferida e
eliminando o líquido do seu interior. Esse líquido, ao entrar
em contato com mucosas da boca ou da região ano-genital do parceiro,
pode transmitir o vírus. Raramente a contaminação se dá
através de objetos contaminados.

As feridas desaparecem por si mesmas. Após algum tempo, porém,
o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. Enquanto persistirem
as bolhas e feridas, a pessoa infectada estará transmitindo a doença.
Na presença dessas lesões, a pessoa deve abster-se de relações
sexuais, até que o médico as autorize.

Prevenção – Uso de preservativo em todas as
relações sexuais, vaginais, orais e anais.

Tratamento – A herpes é altamente transmissível.
Por isso, a primeira orientação aos pacientes sempre diz respeito
aos cuidados locais de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto
com outras pessoas e não furar as bolhas sob nenhum pretexto são
recomendações importantes.

O tratamento é feito com medicamentos antivirais, por via oral e tópica,
e tem como objetivo encurtar a duração dos sintomas, prevenir
as complicações e diminuir os riscos de transmissão, pois
o vírus não pode ser completamente eliminado.

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