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Albert Eckhout

by Lucas Gomes

Nasceu em Groningen, Holanda, em 1612, e faleceu em 1665.

Pintor e desenhista, Albert Eckhout veio com Frans Post para Pernambuco, a chamada
Nova Holanda na época, na comitiva do governador-general Johan Maurits, conde
de Nassau-Siegen, conhecido em nossa história como Maurício de Nassau. O plano
era retratar o Brasil Holandês para os investidores europeus saberem a importância
das terras ocupadas.

Sobrinho do pintor Gheert Roeleffs, Eckhout trabalhava em Amsterdã como ilustrador,
aos 26 anos, quando foi convidado para a missão artística de Nassau. De 1637
a 1644, documentou frutas, flores, animais e pessoas do Nordeste brasileiro
com desenhos e telas. Ficou fascinado pelo que encontrou no Brasil. A maioria
das telas tinha mais de dois metros de altura. Foram pintadas para o Palácio
de Friburgo, a residência de Nassau no Recife e foram levadas pelo governador
quando os holandeses foram expulsos.

Há referências quanto ao fato de ter iniciado sua formação artística com Gheet
Rocleeffs, seu tio. é provável que tenha trabalhado com o arquiteto e pintor
Jacob van Campen, que pode ter sido o responsável por sua indicação para a comitiva
de Maurício de Nassau.

Esteve no Brasil entre 1637 e 1644, onde fez pinturas da fauna, da flora e de
tipos étnicos brasileiros. Passou por Pernambuco e Bahia.

A missão de Eckhout era retratar os habitantes do Brasil, animais, vegetação
e as coisas brasileiras. A Frans Post caberia as paisagens e a geografia e outros
pintores de menos fama, ainda contribuiriam. Eckhout fez verdadeiros estudos
sobre frutas como a pitanga, mamão e o coco. E pintou os 26 quadros que retratam
os habitantes da região de Recife e Olinda, naquela época, 1.600 e pouco mais
que isso.

De volta à Europa, Eckhout viveu em Amersfoort e Dresden, onde, trabalhando
para o príncipe George II, teria sido encarregado de decorar o teto da sala
principal do pavilhão de caça Hofflõessnitz, em Rabedenl, cujas pinturas de
pássaros brasileiros são a ele atribuídas. Supõe-se que teria se utilizado de
esboços feitos no Brasil.

Na Saxônia, pintou dez grandes quadros para decoração do castelo de Pretzch,
em Elba, mais tarde transferidos para o castelo de Schwedt Oder e destruídos
durante a Segunda Guerra Mundial. Um conjunto de oito retratos etnográficos,
uma cena indígena e doze naturezas-mortas doadas por Maurício de Nassau ao rei
da Dinamarca, atribuídas a Eckhout, encontram-se hoje no Nationalmuseet, em
Copenhague. Há ainda desenhos seus de tipos etnográficos no Statliche Museen,
de Berlim. Além disso, algumas obras do Theatri Rerum Naturalium Brasiliae ou
Libri Picturati, conservadas na Jagiellonbiblithek, na Cracóvia, são atribuídas
ao artista.

Conheça
as obras do artista

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