O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma iniciativa do Governo Federal para ampliar o acesso ao ensino superior. Voltado para quem não tem condições de bancar todos os custos de uma faculdade particular, o FIES já teve diversos modelos de funcionamento.
Até 2015, por exemplo, praticamente todo candidato que preenchesse os requisitos conseguia esse crédito estudantil a juros baixos, em qualquer época do ano. No entanto, houve um corte orçamentário do Ministério da Educação (MEC), as regras mudaram e agora está mais difícil conseguir o benefício.
Se por um lado as novas regras deixaram muita gente de fora, por outro o FIES está dando preferência a regiões e estudantes que mais precisam de ajuda, privilegiando candidatos mais dedicados e cursos prioritários para o Governo Federal. Ou seja, ficou mais complicado, mas não impossível!
Se você não passou na universidade pública e precisa de uma forcinha para pagar seus estudos, confira o guia a seguir que preparamos com as regras do novo FIES!
Quem pode pedir o FIES?
Pode pedir o FIES quem tem renda familiar bruta mensal de até 2,5 salários mínimos por pessoa e fez alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com desempenho de pelo menos 450 pontos na média das provas e nota maior do que zero na redação.
Quem já tem um diploma de nível superior também pode entrar na disputa, desde que atenda aos requisitos de renda e desempenho no Enem. No entanto, a prioridade vai para quem ainda não se formou.
Por que está mais difícil conseguir o FIES?
Com a mudança das regras de financiamento, ficou mais difícil conseguir o benefício do Governo para pagar a faculdade privada. É que, na prática, diversos fatores fizeram com que menos pessoas sejam elegíveis ao FIES.
Confira alguns:
- Inscrições duas vezes por ano (antes era possível pedir o FIES o ano todo).
- Limite de vagas.
- Processo seletivo que leva em conta o desempenho no Enem. Todos são obrigados a apresentar uma nota mínima, mas só os melhores conseguem vaga nos cursos mais disputados.
- Prioridade para microrregiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que tenham demanda por ensino superior.
- Prioridade para cursos bem avaliados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).
- Distribuição de vagas priorizando áreas da Saúde, Formação de Professores e Engenharia. Essas áreas têm recebido mais da metade das vagas do FIES – a porcentagem pode mudar a cada edição.
- Critério de renda: antes era necessário comprovar renda familiar total de no máximo 20 salários mínimos e o cálculo levava em conta o comprometimento dessa renda com a mensalidade do curso. Agora o limite da renda familiar bruta mensal é de 2,5 salários mínimos por pessoa.
Quando acontece o FIES?
O FIES agora acontece duas vezes por ano: no primeiro e no segundo semestre. As datas de inscrição mudam a cada edição e são divulgadas com antecedência pelo MEC.
Como funciona o FIES?
Podemos dividir o funcionamento do FIES em três grandes etapas:
- Seleção
- Contratação
- Pagamento
Seleção
O primeiro passo para pedir o FIES é fazer a inscrição no site FIES Seleção, no período definido pelo MEC para aquele semestre. O processo é gratuito. Na inscrição é necessário informar alguns dados pessoais e escolher uma opção de curso entre as vagas disponíveis.
Contratação
Caso passe no processo seletivo, é preciso se cadastrar em outro sistema, o SisFIES, depois comprovar a documentação na faculdade onde conseguiu a vaga e levar os documentos necessários à agência bancária para assinar o contrato do financiamento. É importante ficar de olho nos prazos: o MEC determina alguns dias úteis para realizar esses procedimentos.
Pagamento
O pagamento do FIES acontece em três fases:
- Utilização: Enquanto estiver fazendo o curso superior financiado, o estudante só paga parcelas trimestrais, de valor acessível, referentes aos juros do FIES.
- Carência: Ao se formar no curso, o estudante continua a pagar somente as parcelas trimestrais por alguns meses. Enquanto isso, pode encontrar um emprego na área e se organizar financeiramente.
- Amortização: A dívida do FIES começa a ser paga após o período de carência (que pode variar de acordo com as regras vigentes na época de assinatura do contrato). O total é dividido em parcelas mensais e o prazo é de vários anos. O cálculo é baseado na duração do curso financiado: quanto mais longo, maior o prazo para pagar a dívida.
Faculdades que participam do FIES
A cada edição do FIES, muda a lista com a disponibilidade de cursos e faculdades. Mas uma coisa é certa: somente instituições reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC podem participar!
Conheça algumas universidades que costumam participar do FIES:
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
- Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
- Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
- Universidade de Franca (UNIFRAN)
- Faculdade Nordeste (FANOR | DeVry) – em Fortaleza
- Faculdade Boa Viagem (FBV | DeVry) – em Recife
- Faculdade Ruy Barbosa (Ruy Barbosa | DeVry) – em Salvador
Veja também:
Quantos pontos preciso tirar no Enem pra conseguir o FIES
Vai tentar um financiamento do FIES? Para qual curso? Conte para a gente aqui nos comentários!