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Peru: 04. Cultura

by Lucas Gomes


Incas

Dos 24,2 milhões de habitantes peruanos, 47,1% são quíchuas, 12%, aimarás,
12%, mestiços – apenas 12% são brancos.

O relacionamento entre o hispânico e as culturas índias determina muito da expressão
cultural da nação. Durante a época pré-colombiano, o Peru era um dos centros
principais da expressão artística na América. As culturas Pré-Incas, tais como
Chavín, Paracas, Nazca, Chimú, e Tiahuanaco, desenvolveram uma cerâmica de qualidade
elevada, têxteis e escultura.

Os Incas continuaram a manter estes ofícios alcançando realizações ainda mais
impressionantes na arquitetura. A cidade de Machu Picchu e os edifícios em Cuzco
são exemplos excelentes do desenvolvimento da arquitetura Inca.

O Peru passou por vários estágios intelectuais – da cultura colonial hispânica
ao romantismo europeu após a independência. O princípio do século trouxe o “Indigenismo”
expressado em uma consciência nova da cultura indígena. Desde a II guerra mundial,
os escritores, os artistas, e os intelectuais peruanos participaram em movimentos
intelectuais e artísticos ao redor do mundo, influenciados especialmente por
tendências americanas e da Europa.

Durante o período colonial, o barroco espanhol fundiu-se com a rica tradição
Inca para produzir o arte mestiça. A escola Cuzquenha seguiu a tradição barroca
espanhola com influência das escolas italianas, flamengas e francesas. O pintor
Pancho Fierro fez uma contribuição distinta com suas pinturas de eventos, de
maneiras e de costumes típicas do Peru de meados do século XIX. Francisco Lazo,
precursor da escola indígena de pintura, conseguiu também a fama por seus retratos.
A arte peruana do século 20 é conhecido extensamente por sua variedade extraordinária
de estilos e originalidade.

Na década após 1932, “a escola indígena” de pintura dirigida por José Sabogal
dominou a cena cultural no Peru. Não obstante, uma reação entre os artistas
peruanos originou à pintura peruana moderna. A renúncia de Sabogal como diretor
da Escola Nacional de Belas Artes em 1943 coincidiu com o retorno da Europa
de diversos pintores peruanos que revitalizaram os estilos “universal” e internacionais
de pintura.

Durante os anos 60, Fernando de Szyszlo, um artista peruano internacionalmente
reconhecido, transformou-se no principal representante da pintura abstrata e
empurrou o arte peruano rumo ao modernismo.

O Peru continua a ser um centro produtor de arte com pintores tais como Gerardo
Chávez, Alberto Quintanilla, e José Carlos Ramos, junto com o escultor Víctor
Delfín, ganhando estatura internacional. Novos artistas promissores continuam
seu desenvolvimento, entretanto a economia peruana permite na atualidade mais
promoção das artes.

RELIGIÃO

A maior parte da população é Católica, mas a constituição do país permite qualquer
religião. Os índios freqüentemente misturam o Catolicismo com suas crenças tradicionais.

As influências são muitas. Há, por exemplo, as Linhas de Nazca (gigantescas
figuras gravadas na superfície do deserto peruano, representando peixes, aranhas,
figuras geométricas e outras figuras não identificadas que só podem ser vistas
de cima). Há resquícios do antigo Império Inca na cidade de Cusco e a misteriosa
cidade perdida de Machu Picchu. Há ainda a influência da Pacha Mama, Mãe Terra,
que é considerada, até hoje, uma importante fonte de energia com poder de cura
(índios católicos a identificam com a Virgem Maria).

Conta a lenda que quando os incas chegaram pela primeira vez a Cusco, os pulmões
cheios de ar de um lhama foram erguidos acima da cidade como símbolo da deusa.
Depois disto, os lhamas passaram a ser sacrificados à Pacha Mama. Uma outra
forma de agradar à deusa é oferecer folhas de coca para garantir que os campos
produzam boas safras e para trazer sorte aos que constroem suas casas pela primeira
vez.

A bruxaria é muito popular e está espalhada por toda parte do país. É muito
comum encontrar pessoas que combinam estas duas religiões. Há mercados especiais
que vendem poções mágicas e ervas. Os curandeiros ou bruxos, como são chamados,
usam os poderes de cura de Pacha Mama para curar seus pacientes. Eles curam
também doenças mais complexas como mal de amor, problemas de falta de sorte
e males da alma. Ervas especiais e poções são combinadas com rituais em lagos
que, acreditam, têm poderes curativos.

Pessoas das mais diversas classes sociais e do mundo todo vêm se tratar com
os curandeiros.

Os peruanos se consideram “Filhos do Sol”, uma mitologia herdada pelos seus
descendentes incas. Para os Incas, Inti, o Deus Sol, enviou para a terra seu
filho Manco Cápac, que se tornou um rei e passou a ensinar a arte da civilização
às pessoas. Todos os reis incas posteriores se diziam descendentes de Manco
Cápac e eram também adorados como parte da família do próprio sol.

Fonte: Embaixada do Peru

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